Texto escrito pelo WikiBrother Gabriel Brandino, do @moshinhell

Vamos hoje explicar de onde surgiu a ideia para a música “Rime of the Ancient Mariner”, da banda, Iron Maiden.

A música, que é uma aula de técnica e maestria, com seus mais de 13 minutos, tem toda ideia de sua letra retirada de um poema escrito pelo inglês, Samuel Coleridge, entre os anos de 1797 e 1798. Esse é um dos poemas mais importantes de seu tempo, e marca o início da literatura romântica na Inglaterra.

O poema começa com um marinheiro parando uma pessoa que está se dirigindo para uma cerimônia de casamento, e então ele começa a contar sobre suas aventuras de uma antiga viagem, com uma série de eventos sobrenaturais e totalmente reflexivos junto a seus tripulantes.

“Ouça o conto do velho marinheiro
Veja seus olhos enquanto ele para um de cada três
Hipnotiza um dos convidados do casamento
Fique aqui e ouça sobre os pesadelos dos mares!”

O marinheiro está em seu barco, quando por conta de uma tempestade, o barco desvia o caminho e chega à Antártica.

“Rumo ao sul para a terra de neve e gelo
Para um lugar onde ninguém esteve
Pelo nevoeiro voa um albatroz
Aclamado em nome de Deus, esperando a boa sorte que ele traz”

Um albatroz aparece e guia os tripulantes para fora da Antártica e da tempestade. Os tripulantes ficam felizes ao ver o pássaro, porém, apesar de sua ajuda, o marinheiro atira e mata o animal.

“E o navio navega, de volta ao norte
Através do nevoeiro e gelo e o albatroz segue
O marinheiro mata o pássaro de bom presságio
Seus companheiros reclamam contra o que ele fez
Mas quando o nevoeiro desaparece, eles o perdoam
E acabam fazendo parte do crime”

O crime desperta uma maré de azar para os tripulantes, que culpam o marinheiro por ter matado aquele albatroz, inclusive amarrando o pássaro morto ao redor de seu pescoço como forma de fazê-lo se arrepender de seu ato.

“O albatroz começa a sua vingança
Uma terrível maldição, uma sede começou
Seus companheiros culpam o marinheiro pela má sorte
No seu pescoço, é pendurado o pássaro morto”

Eles acabam ficando parados há dias, sem vento, e o estoque de suprimentos acabando a cada dia que se passa, eles então encontram um barco fantasma pelo caminho.

“Veja, ela não tem tripulação
Ela não tem vida, espere…mas há duas!”

A bordo estão A Morte (um esqueleto) e O Pesadelo da Vida na Morte (uma mulher pálida), ambos jogando dados apostando as almas da tripulação.

A Morte ganha a vida da tripulação e A Vida na Morte ganha a vida do marinheiro.

Um a um, toda a tripulação morre, restando apenas o marinheiro, que vê por sete dias e noites a maldição nos olhos dos cadáveres de sua tripulação.

“A morte, e ela a vida em morte
Jogaram os dados para a tripulação
Ela ganhou o marinheiro
E ele pertence a ela agora
Então, a tripulação um a um
Caíram mortos, duzentos homens […]
Cada um virou seu rosto atormentado
E me amaldiçoou com seu olhar”

O destino do marinheiro é ter uma vida pior que a morte, como punição por ter matado o albatroz quando ele havia os ajudado.

Completamente desesperado pela sua maldição, o marinheiro reza, e começa a ver os belos animais que estão nadando ao redor do barco, e percebe como a natureza é bela.

Logo em seguida o albatroz morto que estava em seu pescoço cai, assim como sua maldição.

E os corpos dos tripulantes mortos são possuídos por bons espíritos, que guiam o barco para casa novamente, afundando em um redemoinho.

“Agora finalmente a maldição terminou
E o marinheiro avista sua casa
Espíritos saem dos corpos mortos a tanto tempo
Formam sua própria luz e o marinheiro é deixado […]
E o navio afunda como chumbo no mar”

O marinheiro é avistado por um cidadão em terra, que vai ao seu encontro em um barco e o salva.

Como pena por ter atirado no albatroz, o marinheiro é forçado a andar pelo mundo para contar sua história, e transmitir sua lição para quem encontrar pelo caminho.

“O marinheiro é destinado a contar sua história […]
A ensinar a palavra de Deus através de seu próprio exemplo
Que nós devemos amar todas as coisas que Deus fez
E o convidado do casamento é um homem triste e mais sábio
E a história continua, continua e continua”

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