Fã de Iron Maiden, uma diretora escolar quase foi transferida do emprego em uma escola após postar uma foto com o marido mostrando o amor pela banda e um Eddie mostrando o número 666 nas mãos. Agora aposentada, Sharon Burns falou sobre o caso.

Em recente entrevista ao canal The Metal Voice, a profissional da educação contou como tudo aconteceu. Na época, uma petição de uma mãe de um aluno matriculado no colégio cristão Eden High School, no Canadá, recebeu 525 assinaturas pela transferência de Sharon para outra escola. A surpresa chegou com uma petição em resposta ao pedido original, que recebeu mais de 24 mil assinaturas pela permanência da diretora no cargo e saiu vitoriosa. 

Sharon foi funcionária do colégio por cinco anos e conta que a Eden High School já foi uma instituição privada, mas agora é pública e receptiva de diferentes crenças, apesar da forte tradição cristã menonita permanecer importante para muitas famílias e motivo de escolha pelo colégio.

As mudanças necessárias para acolher pessoas de diferentes religiões, como a retirada da cruz do logo da escola, gerou insatisfação e a publicação da diretora se tornou um problema muito maior. Na visão de Sharon, não se tratava de perseguição ao metal, mas a consequência desse contexto.

Em outubro do ano passado, a diretora publicou uma foto ao lado do marido para mostrar o carro do casal completamente enfeitado com itens do Iron Maiden, incluindo um Eddie com “666” escrito dentro de um coração em um papel. O problema parece ter ganhado grande repercussão porque o perfil tinha o nome “Diretora da Eden” e era um canal de comunicação com estudantes, apesar de Sharon sempre colocar fotos pessoais para se conectar com os alunos. 

“Foi uma decisão ruim da minha parte postar a foto sem pensar. Eu deveria ter pensado melhor por trabalhar naquela escola por cinco anos. Esse número tem conotações bíblicas e religiosas. Eu meio que sabia disso, mas nem pensei quando postei”, disse. “Eu postei essa foto com 666 em uma escola onde estávamos tendo essa mudança do que [a comunidade] estava acostumada, como uma escola cristã particular se tornando uma escola pública. Por um lado, eu fui insensível e, por outro, ofensiva, então tirei o post do ar. Eu deveria estar ciente das sensibilidades em torno do número (666). Então, lição aprendida, não faria isso de novo, mas ainda continuarei gostando do Iron Maiden”. 

Apesar da petição pelo afastamento de Sharon, a ex-diretora recebeu “muito apoio silencioso” de famílias e estudantes, que começaram a usar camisetas do Maiden em eventos esportivos da escola ou por baixo do uniforme para mostrar apoio à continuidade da profissional do cargo, como aconteceu até a aposentadoria de Burns, em junho deste ano.

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