Em entrevista ao The Wikimetal Happy Hour, Hugo Mariutti falou sobre sua opinião em relação ao uso de Inteligência Artificial na música atual.

Cantores como Kurt Cobain e Freddie Mercury viraram notícia recentemente por terem suas vozes replicadas digitalmente e inseridas em músicas que eles mesmos nunca cantaram em vida, como “Everlong” e “Evidências”.

Alguns nomes do metal já comentaram o assunto e se mostraram contrários a essa prática. Andreas Kisser comentou especificamente o uso da imagem de pessoas já falecidas, opinando que acha “uma busca vazia” tentar trazer alguém de volta à vida usando a tecnologia. “Não entendo o objetivo disso. É um caminho muito esquisito esse da vida eterna”, explicou.

Já a vocalista Simone Simmons, do Epica, opinou que a prática de inserir vozes de artistas em músicas através da inteligência artificial, acaba criando um produto que “não tem alma” e que não é possível “fingir emoção”.

Hugo Mariutti partilha desse ponto de vista. “Música pra mim é uma coisa muito particular”, comenta em conversa com Larissa Catherine Oliveira. “Envolve sentimento, envolve emoção… Não tenho nada contra quem usa ou não usa, mas eu, particularmente, não tenho muita vontade de escutar essas coisas.”

O guitarrista fala que se recusou a escutar um disco não-oficial do Oasis produzido por inteligência artificial e também comentou brevemente o uso da voz de Andre Matos, saudoso amigo e colega de Shaman, por meio dessas ferramentas. “Coisas com o Andre também, pra mim, mexem com outras coisas que, como você falou, não é só o lado da música”, pontuou.

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