Texto escrito por Lucas David
Na semana passada, o Rock & Roll Hall Of Fame divulgou a lista de artistas que agora fazem parte do Hall da Fama. Essa lista de indicados sempre causou grande polêmica ao colocar nomes que, para muitos, não deveriam fazer parte de um Hall que serviria para trazer os melhores do rock para seu panteão.
O Rock and Roll Hall of Fame and Museum é um museu e uma instituição dedicado, como o nome sugere, a registrar a história de alguns dos mais conhecidos e influentes artistas, produtores e outras pessoas que tiveram grande impacto na indústria não só do rock, mas também do pop. Algumas das indicações que vemos – Madonna, ABBA e Jay-Z, introduzido esse ano – nos causam estranheza porque esses nomes que são colocados, e que por mais que contribuíram para a música de alguma forma, não são bandas que contribuíram para o rock, que tiraram ele do underground e apresentaram a grande massa.
Deixar de lado uma banda como Iron Maiden, que levou 50 anos para ser indicada a premiação, é negar que sua música tenha sido tão importante para a cena. Muitas bandas levaram anos para serem indicadas e introduzidas como Deep Purple, Alice Cooper e Kiss e isso parece demonstrar um certo descaso da instituição com essas bandas clássicas. O Heavy Metal tem sua base hoje graças a essas bandas, o Iron Maiden ajudou a definir um estilo que vive até hoje.
Em 2018 o vocalista do Maiden Bruce Dickinson disse que a banda já deveria ter sido incluída no Hall e completou dizendo “Na verdade, eu considero o Rock And Roll Hall Of Fame como uma completa e grandíssima besteira. É comandado por malditos americanos hipócritas que não saberiam o que é rock nem que os acertasse no rosto. Eles precisam parar de tomar Prozac e começar a tomar a porra de uma cerveja”. Lembrando também que bandas como Judas Priest e Motorhead também não fazem parte do grupo. Como diria o grande apresentador do extinto That Metal Show, Eddie Trunk, “esse é o Rock & Roll Hall Of Shame”.
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