Guns N’ Roses lançou nesta sexta-feira, 24, a segunda música inédita desde o retorno de Duff McKagan e Slash. Assim como “Absurd”, faixa responsável por quebrar o jejum de 13 anos sem novidades, “Hard Skool” é mais uma música reciclada das sessões para o controverso Chinese Democracy (2008).
A banda está seguindo uma fórmula antes dos lançamentos: primeiro, a música surge na turnê, seja na setlist ou passagens de som da turnê, e depois é lançada nas plataformas de streaming sem grandes anúncios ou promessas para o futuro.
Até o momento, não há informações reais sobre o próximo álbum da banda, apesar do projeto de um novo disco ser fato confirmado por integrantes e membros da equipe. Desde a reunião, em 2016, Duff e Slash seguiram produtivos em projetos paralelos – o baixista lançou o álbum solo Tenderness (2019) e a parceria do guitarrista com Myles Kennedy and the Conspirators rendeu Living The Dream (2018) e um álbum pronto para 2022 -, mas toda a inspiração do Guns N’ Roses parece estagnada no material restante de Chinese Democracy.
Não é possível saber os motivos para o retorno ao projeto eternamente adiado da banda. Seria um fechamento de ciclo, reencontro artístico ou questão de ego? Quem sabe o plano seja finalizar a trilogia deixada de lado no passado. Seja como for, fãs calculam que existam ao menos 24 faixas das sessões do disco entre descartadas, incompletas e instrumentais, com “Silk Worms” (atual “Absurd’) e “Hard Skool” citadas na lista, enquanto outras fontes citam . músicas que nunca viram a luz do dia
Se os próximos lançamentos continuarem nessa direção, o tão aguardado sétimo álbum de estúdio do Guns N’ Roses pode ser preenchido totalmente pelas invenções do passado, recicladas pelos integrantes atuais e com ares renovados, mas ainda assombradas pelo fantasma do passado que não volta – e nem precisaria.
Outrora conhecida como a banda “mais perigosa do mundo”, o momento atual é outro. A voz de Axl Rose mudou (e isso não é o fim do mundo), as relações entre os músicos amadureceram, existem novos integrantes na equação e milhões de fãs prontos para o próximo capítulo, já que nunca abandonaram o legado do grupo. Até mesmo a forma de se consumir música mudou. Não seria hora de seguir em frente?
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