Marcus D’Angelo, vocalista do Claustrofobia, concorda com Fernanda Lira quando se trata da motivação de bandas brasileiras de metal para encontrar um som pesado e brutal: motivos para passar raiva no Brasil não faltam.
Em conversa durante o quadro The Wikimetal Happy Hour desta semana, Nando Machado pediu a opinião de D’Angelo sobre a afirmação da vocalista e baixista do Crypta, que atribuiu a brutalidade das bandas de metal locais às dificuldades coletivas enfrentadas no país.
“Concordo assim, isso não é agora”, começou o músico. “Já ouvi falar de amigos artistas (…), todo mundo concorda que nos momentos difíceis, de estresse, raiva e ódio, é quando você mais produz bem [sic], qualquer que seja, imagina o metal, que é uma coisa mais agressiva”.
Para além dos sofrimentos normais do cotidiano, o país também tem um dedinho de responsabilidade nisso, na opinião dos artistas. “Viver no Brasil tudo é difícil, tudo que você vai fazer é difícil, tudo é um estresse, claro, tem tudo a ver”, continuou. “Brasil é um país genial, amo o Brasil, é um lugar especial, as pessoas têm habilidade e capacidade para tudo, tem o sangue do planeta inteiro em um sangue só. Não é mais que ninguém, mas é especial, e sofre para caramba”.
De acordo com D’Angelo, “desde sempre tem banda boa” na cena nacional, mas atualmente o nível é ainda mais alto “[O sofrimento] faz as bandas serem geniais”, argumentou.
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