Em 2013, o Black Sabbath lançou 13, o primeiro álbum com Ozzy Osbourne desde 1978. O trabalho foi produzido pelo icônico produtor Rick Rubin, apesar de, quase dez anos depois, o baixista Geezer Butler não entender qual foi o papel do produtor no disco.

Rubin, que já trabalhou com Slayer, Beastie Boys, Red Hot Chili Peppers, Nine Inch Nails, Johnny Cash, System of a Down, Metallica, Slipknot e muito mais, é conhecido por suas práticas não-ortodoxas e principalmente por não influenciar muito as decisões dos artistas.

Butler disse, durante uma entrevista ao Eddie Trunk (via Blabbermouth), que foi uma experiência estranha e que a direção de Rubin no disco foi “ridícula.” Ele explicou: “Foi estranho especialmente depois de ouvir que precisávamos esquecer que éramos uma banda de heavy metal. Foi a primeira coisa que [Rick] nos disse. Ele colocou para tocar nosso primeiro álbum e disse ‘Se coloquem de volta para um tempo em que não existia heavy metal ou nada parecido, e finjam que vão fazer o sucessor desse álbum’, o que era algo ridículo de se pensar.”

Trunk então disse que alguns artistas que já trabalharam com Rubin ficaram decepcionados com as práticas do produtor. Então Butler respondeu: “Eu ainda não sei o que ele fez. É tipo, ‘sim, isso tá legal’ ou ‘não, não faça isso’. E então você questiona o motivo e ele só fala ‘só não faça isso’.”

O baixista então continua contando que ele não foi o único que viu problemas na forma de trabalhar de Rubin. “Eu acho que um dia Ozzy surtou, porque ele já tinha gravado um vocal de 10 formas diferentes e Rick continuava dizendo ‘isso tá legal, mas faça de novo’. E então Ozzy perguntou ‘se tá legal, por que estou fazendo de novo?’ Ele surtou. E foi assim todo o processo”, disse.

Tony [Iommi] não estava feliz com algumas das coisas que Rubin estava fazendo ele tocar”, ele continuou, “Ele estava fazendo Tony usar amplificadores de 1968, como se isso fosse fazer aquilo soar como soava em 1968. É loucura. Mas foi bom para publicidade e para a gravadora. Se você tem Rick Rubin envolvido, então deve ser bom, é assim que funciona.”

Apesar do processo de gravação ter sido difícil para os integrantes da banda, o Black Sabbath não pode negar o sucesso comercial. 13 alcançou o topo da parada Billboard 200 nos Estados Unidos e muitos outros países.

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Jornalista musical há 8 anos, é editora do Wikimetal, onde une suas duas grandes paixões: música e escrita. Acredita que a música pesada merece estar em todos os lugares e busca tornar isso realidade. Slipknot, Evanescence e Bring Me The Horizon não podem faltar na sua playlist.