Qual o segredo para a sonoridade agressiva do thrash e death metal brasileiro? Em entrevista ao The Wikimetal Happy Hour desta semana, Fernanda Lira, da Crypta, falou sobre a motivação por trás da potência do som produzido no país.
“Sempre que me perguntam em entrevistas na gringa assim, ‘Por que que o metal brasileiro é tão especial, o thrash, por que tem uma agressividade que ninguém mais consegue?’, e eu falo: ‘é raiva’”, contou a baixista e vocalista. “A gente vive todo dia (…) é um 7 a 1, uma desgraça, cara. Não dá para ter paz nesse país, principalmente ultimamente”.
Para a ex-Nervosa, esses sentimentos influenciam diretamente na sonoridade das bandas dos gêneros no Brasil. “Ainda bem que tem a música para dar uma desbaratinada, se não vai todo mundo morrer de nervoso”, continuou. “Acho de verdade que a gente fica tão impregnado no dia a dia, e a ferramenta que a gente tem é a nossa arte, então é a nossa melhor maneira de se expressar, acho que essa brutalidade no som e crueza, agressividade tem tudo a ver com inconformismo, talvez até subconsciente”.
Durante a conversa com Nando Machado, Fernanda também falou abertamente sobre a saída da Nervosa e como Crypta nasceu há dois anos, antes da decisão de tomar rumos diferentes e deixar a antiga banda.
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