Max Cavalera deixou o Sepultura, banda que formou ao lado do irmão Iggor Cavalera, no auge do sucesso comercial do grupo, pouco tempo após o lançamento do icônico álbum Roots (1996).
Os bastidores dos conflitos que levaram a essa decisão, especialmente porque os demais integrantes pretendiam demitir Gloria Cavalera, então empresária da banda e esposa de Max até hoje, seguem tema recorrente de debate entre fãs de metal ao redor do mundo, principalmente entre os fãs de Sepultura.
Toninho Iron, fundador do primeiro fã clube oficial da banda, contou em entrevista ao podcast Colisão sobre a repercussão da notícia entre os seguidores mais dedicados ao grupo na época, do susto generalizado até reações mais extremas, conforme transcrição do Wikimetal.
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“Para nós, que não queríamos saber do lado pessoal deles, foi uma surpresa. [A gente] não queria aceitar, a gente tinha o Sepultura como um exemplo: ‘Essa banda vai até o final junto’. Unidos, acabavam sendo quatro irmãos”, comentou. “A gente ficava viajando que tudo era perfeito todos os dias e que todos os shows eram maravilhosos. Tivemos que aceitar que não é bem assim”.
Com maior interação com a banda, Toninho soube dos rumores antes da imprensa. “Foi crescendo esse monstro dessa notícia, foi se tornando realidade. (…) A gente queria que não tivesse acontecido”, continuou.
A decepção dos fãs foi geral, mas alguns consideraram atitudes mais extremas diante do anúncio. “A gente teve que pensar como ia lidar com a situação, foi aquele choque. Teve muito fã que prometeu fazer besteiras, teve um que queria se acorrentar no MASP [Museu de Arte de São Paulo] e fazer greve de fome, teve gente que raspou a cabeça”, contou Toninho. “[A banda] estava com uma legião de fanáticos, já tinha aqueles caras meio xiitas mesmo. Rolou muita ideia triste, mas a gente falava ‘não tem nada a ver isso aí’”.
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