No final da década de 1970, Kiss passou pela difícil saída de Peter Criss da banda. Sem o baterista fundador, o grupo seguiu em frente com Eric Carr entre 1980 e 1991, quando o músico morreu vítima de um câncer.
Três décadas depois, a família de Carr trabalha em um documentário sobre o baterista. Na visão de Loretta, irmã do músico, a entrada dele foi essencial para a sobrevivência do Kiss naquela época, conforme contou em recente entrevista ao Vinyl Writer Music.
De acordo com Loretta, o músico nunca teve apreensão pelo papel de substituir um integrante original da banda. “Meu irmão tinha confiança suficiente para saber que ele era realmente bom. Ele fez o teste, eles se sentiram confortáveis no momento em que tocou”, contou (via Brave Words). “Ele não queria ocupar o lugar de ninguém. Ele queria ser ele mesmo – e era”.
A irmã de Eric Carr lembra que, no final do show do Kiss no The Palladium, em julho de 1980, alguns fãs gritavam o nome de Peter Criss, mas logo o coro mudou completamente. “Os gritos de ‘Eric!’ começaram a abafá-los até que se tornou apenas o nome dele. Com todo respeito a Peter, ninguém pode substituí-lo. A banda só precisava seguir para o próximo nível para continuar”.
Para além das inegáveis habilidades musicais de Carr, a personalidade do músico se enquadrou muito bem com as necessidades da banda naquele período. “Acho que foi ele que os manteve vivos. Não foi apenas o som, foi a sua personalidade. Um artista é mais do que a música. Se você vai ser um esnobe e se distanciar dos fãs, você realmente não merece estar lá”, analisou Loretta. “Meu irmão amava os fãs. Lembro-me dele saindo na frente da casa com os fãs, ao invés de ir a uma festa. Esse é o tipo de cara que ele era”.
LEIA TAMBÉM: Gene Simmons e o segredo da vitalidade na reta final do Kiss: “Não beber, não usar drogas e não fumar”