Entrevista por Bia Cardoso e Pedro Tiepolo

Texto por Bia Cardoso

Zakk Wylde é mundialmente conhecido como um dos maiores ícones da guitarra. Líder do Black Label Society, ele traz também em sua carreira a participação na banda de Ozzy Osbourne, além de sua mais recente entrada no Pantera.

Retornando ao Brasil para o festival Best Of Blues And Rock de 2024, que acontece entre os dias 20 e 25 de junho no Rio de Janeiro, em São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, o músico é presença garantida em todas as cidades, com seu projeto Zakk Sabbath, que toca músicas do Black Sabbath.

Durante entrevista exclusiva com o Wikimetal, ele falou sobre a indústria da música, seu trabalho mais recente Doomed Forever Forever Doomed (2024) e mais.

Recentemente, juntamente com seu projeto que traz músicas do Sabbath, Wylde lançou o álbum supracitado e falou sobre sua filosofia ao fazer esse tipo de trabalho. Questionado se a banda buscava recriar exatamente o que o grupo original fez, ele explicou: “Tentamos ficar o mais próximo possível do original, entende o que quero dizer? Adicionando seu próprio ‘toque’ aqui e ali.”

Zakk Wylde relembrou a sua adolescência, quando já tocava músicas do Sabbath: “Não há diferença nisso agora. Quer dizer, exceto quando eu tinha 15 e 16 anos, e tocávamos no porão dos nossos amigos nas cozinhas deles, e agora tenho 57 anos e ainda tocamos. Há apenas mais pessoas. Ainda é tão divertido agora quanto era quando eu era adolescente tocando.”

Ao ser perguntado sobre a indústria da música, como se manter atualizado e em constante evolução, o músico admite: “Você não pode controlar isso. Tudo o que você pode fazer, quero dizer, tudo com que o AC/DC precisa se preocupar é fazer ótimos discos do AC/DC.”

“E a mesma coisa com Led Zeppelin ou [Rolling] Stones ou qualquer uma das bandas clássicas que amamos. Quer dizer, não importa o clima da música, você só tem que continuar fazendo. Você sabe, vai lá e faz. Tentar fazer o melhor trabalho, sabe, em qualquer lado da cama que você acordou naquele dia. E tudo o que você escreve, é isso. Você sabe, há uma nova música”

Seguindo em uma temática semelhante, o guitarrista disse não se importar com o uso de inteligência artificial na música: “Nada pode substituir o que vem do artista que você ama.”

“É meio engraçado que se você quiser misturar o que o Led Zeppelin escreveria, você sabe, hoje em dia, se você pegasse um monte de riffs e coisas assim e a I.A. fizesse uma música do Led Zeppelin. É tipo, isso é legal, sabe? Quero dizer, é uma coisa divertida, mas nada substituirá a coisa real. Isso nunca acontecerá. Jamais.”

Com a sua vinda ao Brasil se aproximando, ele não poderia deixar de demonstrar seu carinho pelos fãs: “Cada vez que estou lá, sempre nos divertimos muito só porque o povo do Brasil tem muita paixão pela vida e por tudo mais.”

Outro detalhe que ele apontou gostar bastante de nosso país: “E não vamos esquecer das churrascarias brasileiras.”

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Fã de rock desde muito cedo, é estudante de jornalismo e trabalha, também, criando conteúdo para a internet. Já foi host de podcast e atualmente está completamente focada na área de jornalismo especializado. Apaixonada por música, é entusiasta, em especial, do hard rock e heavy metal.