Um dos mais importantes festivais de metal extremo no país, o Setembro Negro, volta com uma edição especial entre os dias 02 e 04 de setembro no Carioca Club, em São Paulo.

O evento, que chega em sua 14ª edição, trará mais de 30 bandas de metal extremo para a capital paulista e o Wikimetal teve a oportunidade de entrevistar o grupo norte-americano Skeletal Remains.

Formado em 2011 na Califórnia, o Skeletal Remains é um dos grandes nomes do death metal da atualidade. Suas letras falam sobre violência, morte e temas Gore – na época da primeira demo eles se chamavam Anthropophagy.

A formação do Skeletal Remains é Chris Monroy (guitarra e vocal), Mike De La O (guitarra), Brian Rush (baixo) e Pierce Williams (bateria).

Confira a entrevista com o guitarrista Mike De La O na íntegra!

Skeletal Remains tocará no domingo, dia 04, das 17:35 às 18:20. Os ingressos do Setembro Negro 2022 já estão à venda no site do Clube do Ingresso. Os valores vão de R$250 a R$1.400 – sendo o último um combo dos três dias no camarote.

Wikimetal: Olá, como vai? Primeiro quero agradecer por ceder seu tempo à essa entrevista. Segundo, para quem está conhecendo a banda agora, você pode falar um pouco sobre a banda, seu som e como vocês chegaram até aqui?

Mike De La O: Tudo bem e obrigado por nos receber no site! Somos uma banda de death metal baseada em Whittier Califórnia com membros de Portland, Oregon, e Washington. Tocamos um estilo old school de death metal semelhante ao Death, Cannibal Corpse, Morbid Angel etc. A banda está há 12 anos sem nenhum sinal de desaceleração, com certeza. Tem sido um longo caminho com muitas turnês e festivais ininterruptos pelos EUA e Europa/Reino Unido. Estamos ansiosos para finalmente expandir nossa cobertura na América do Sul, Austrália e Nova Zelândia este ano.

WM: Seu último álbum, The Entombment of Chaos, foi lançado durante a pandemia. Olhando para trás, como foi a experiência da banda? Você sentiu que perdeu o timing? E o que você aprendeu com a experiência?

MDLO: Com certeza foi muito diferente. A banda está acostumada a fazer tudo da maneira tradicional, então quando a pandemia chegou, tudo virou de cabeça para baixo. Tínhamos que fazer quase tudo em casa, o que, embora fosse um pouco chato, acabou funcionando muito melhor para mim e Chris [Monroy, guitarrista e vocalista] pois levamos o tempo que precisávamos. Para mim, pessoalmente, foi um alívio porque eu não gravava em um estúdio real há algum tempo. Eu estava definitivamente nervoso, então funcionou para melhor. Estamos muito empolgados com a forma como tudo saiu no final com Entombment.

WM: Quando você olha para trás em sua carreira, como você vê o black metal e a cena da música extrema agora?

MDLO: Eu sinto que ambas as cenas definitivamente cresceram nos últimos anos com tantas novas bandas surgindo a cada semana. Os festivais estão ficando maiores, as turnês são mais abundantes e as gravadoras estão assinando tantas grandes bandas underground. A cena está viva e bem!

WM: Quais são suas influências musical e liricamente hoje em dia?

MDLO: Ultimamente, eu diria que Morbid Angel tem sido nossa maior influência, mas Hate Eternal, Gorguts (a era Erosion), Deeds Of Flesh, Demolition Hammer e Cannibal Corpse ainda são muito presentes em nosso som e letras. Também nos inspiramos em filmes, história de guerra e videogames quando se trata de escrever letras.

WM: E o futuro de Skeletal Remains? O que você pode nos dizer sobre qualquer música nova que possa estar surgindo?

MDLO: Estamos escrevendo material novo sem pressa, mas começamos. Este ano tem sido corrido para nós em turnê, então queríamos esperar para tirar tudo do caminho antes de voltar a compor. Temos cerca de 3 músicas para o nosso próximo álbum com Pierce [Williams, baterista] e Brian [Rush, baixo] dando seus próprios toques, fazendo as músicas soarem tão matadoras. A direção é semelhante a Entombment, mas um pouco mais agressiva. Mal podemos esperar para lançar este novo material para o mundo ouvir!

WM: Você está vindo para o Brasil em setembro. O que as pessoas podem esperar do seu show no festival?

MDLO: Death metal rápido e pesado!

WM: Além disso, é sua primeira vez aqui. O que você espera do show aqui?

MDLO: Esperamos que a multidão seja barulhenta e selvagem! A América do Sul sempre teve os melhores shows, então esperamos nada menos que um local cheio de energia.

WM: Obrigada pela entrevista! Você tem alguma última palavra ou algo para acrescentar aos nossos leitores?

MDLO: Estamos muito empolgados com esse giro [da turnê]! Vamos quebrar tudo e fazer esse show ser inesquecível!

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Jornalista musical há 8 anos, é editora do Wikimetal, onde une suas duas grandes paixões: música e escrita. Acredita que a música pesada merece estar em todos os lugares e busca tornar isso realidade. Slipknot, Evanescence e Bring Me The Horizon não podem faltar na sua playlist.