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Entrevista Neal Preston

Eu tive meu quarto semi-destruído pelo John Bonham um dia, ele fez um bom trabalho”

Neal Preston: Oi Nando!.

Wikimetal (Nando Machado): Oi Neal, bom falar com você!

NP: Oi, como você está, cara?

W (NM): Estou muito feliz em falar com você, é uma honra.

NP: Bom, muito obrigado.

W (NM): E parabéns no seu trabalho incrível, é lendário. Nós normalmente entrevistamos músicos e artistas, mas é incrível ter a oportunidade de falar com você.

NP: Ah, é? Isso é ótimo. Eu posso não ser um músico, eu não toco muito bem, mas eu tento ser um artista.

W (NM): Você é um grande artista. Nós tivemos a oportunidade de entrevistar outros fotógrafos no passado, como Bob Gruen e John McMurtrie, que é o fotógrafo oficial do Iron Maiden. É muito parecido com o Rock n’ Roll e o Hard Rock, são tipos de arte muito visuais.

NP: Eu diria que é quase a mesma coisa.

W (NM): Então, para começar: por muitos anos você foi o fotógrafo oficial do Led Zeppelin. Você se lembra da primeira vez que vocês se encontraram ou como você foi contratado para ser o fotógrafo da banda?

NP: A primeira vez que os fotografei foi em 1970, antes mesmo de tê-los conhecido e trabalhado para eles. Eu fotografei uma coletiva de imprensa que eles fizeram em Nova Iorque e também fotografei o show no dia seguinte no Madison Square Garden. Mas alguns anos depois, depois que me mudei para Los Angeles, comecei a fazer diversos trabalhos para a Atlantic Records e através da Atlantic Records comecei a fazer mais e mais trabalhos para o Led Zeppelin através da gravadora. E então, antes da turnê de 1975, o Danny Goldberg – que era representante de imprensa da banda na época – me chamou e disse: “Se você quiser fazer turnê com o Led Zeppelin, o emprego é seu”. Então eu disse sim.

W (NM): E quando você estava fotografando aquelas quatro lendas, você sabia quão grandes e importantes eles se tornariam? Você tinha alguma ideia de que você estava fazendo parte de momentos tão importantes na história do Rock?

NP: Não, eu não fazia ideia. Mesmo que eu tivesse parado e pensado nisso – o que eu não fiz – não teria sido real, você não consegue ver tão à frente assim. E além disso, eu estava ocupado demais trabalhando para pensar o que aconteceria com as fotos, se eles se tornariam famosos. Em muitos aspectos era só mais um trabalho – um trabalho muito bom, sem dúvida – mas era um trabalho, e eu trabalhei duro nele. Mas, você nunca pensa quando está fazendo, você nunca pensa em como essas fotos vão ser lembradas, ou se elas vão ser lembradas. Você não faz ideia.

W (NM): Então, falando sobre o livro que você está lançando agora, é um livro digital muito interessante com centenas de fotos do Led Zeppelin, com até algumas fotos não publicadas. Quais são as principais diferenças entre fazer um livro convencional, que você já fez no passado, e este livro, que é vendido exclusivamente pela iTunes Store?

NP: Bom, a principal diferença é que eu não posso autografar as cópias.

W (NM): Eu ia perguntar sobre isso agora, não haverá sessões de autógrafo, eu suponho.

NP: Não, apesar de que uma pessoa me mandou um e mail pedindo para eu assinar o seu iPad. Bom, veja, as diferenças são enormes. Em um livro tradicional você tem um diretor de arte trabalhando com você, que ajuda no layout e na organização. E então você olha a primeira versão e tem que se certificar de que a reprodução está boa e tudo o mais. E aí você imprime o livro e então espera ele chegar da China, ou Itália ou onde quer que seja impresso. Mas com o livro digital nós não temos um diretor de arte, temos um criador de software. Então é um processo bastante diferente. Os criadores de software que usei para este livro são de uma empresa chamada Brandwidth. Está no livro, você vai ver. E eles são da Inglaterra, então foi um longo processo ter que lidar com isso, também porque eu nunca tinha feito nada como isso antes; na verdade quase ninguém tinha feito isso antes, então fomos aprendendo no processo. Nós estavamos abrindo um novo caminho. Mas foi uma experiência muito, muito diferente de fazer um livro comum e levou muito tempo.

W (NM): Eu posso imaginar. Mudando de assunto, Neal, vou pedir para você escolher uma música. Nós temos uma pergunta clássica no nosso programa, que fazemos a todos que entrevistamos. Imagine que você está ouvindo ao seu iPod no shuffle ou a uma estação de rádio e de repente uma música começa a tocar, e você perde o controle, sente que precisa começar a balançar a cabeça, o que for, você perde o controle. Que música seria essa para ouvirmos no programa agora?

NP: Won’t Get Fooled Again, do The Who. Meus vizinhos sempre saber quando estou chegando em casa, porque eles ouvem essa música antes de ouvirem o carro.

W (NM): Já que você mencionou o The Who e você teve a chance de fotografar Led Zeppelin, The Who, Queen e todas essas bandas lendárias, o que você acha que era tão especial da performance do Led Zeppelin? Eu não tive a chance de ver essas bandas tocando ao vivo. Você acha que eles estão um passo à frente de qualquer outro espetáculo, ou você acha que existem outros tão bons quanto?

NP: Não sei sobre um passo a frente. Digo, você mencionou aquelas três bandas: Led Zeppelin, Queen e The Who… eles eram todos fantásticos, mas são todos diferentes. Com o The Who eu tendo a focar mais no Pete Townshend, porque eu sou um grande fã dele, então o fotógrafo dentro de mim e o fã dentro de mim queriam olhar para o Pete Townshend o show inteiro. Com o Zeppelin há um elemento de perigo, como “o que vai acontecer hoje?”, é difícil descrever. Mas, novamente, quando estou trabalhando não estou realmente pensando em nada desse tipo. Com o Queen é mais um espetáculo, mais como um carnaval.

W (NM): E falando de The Who e Led Zeppelin de novo, não sei se você teve a chance de viajar com o The Who como fotógrafo, mas quem destruía mais os quartos de hotel, o Led Zeppelin ou o The Who?

NP: Bom, acho que a pergunta seria: Keith Moon ou John Bonham?

W (NM): Exatamente.

NP: Bom, do pouco que eu vi, acho que teria que dar o prêmio para o Keith Moon.

W (NM): Sério?

NP: Em termos de longevidade e quantidade de quartos acho que provavelmente ele venceria… Não sei ao certo, mas essa é uma pergunta interessante. Talvez seja um empate.

W (NM): E quanto a coisas estranhas acontecendo na turnê?

NP: Tem algumas das quais posso falar e outras das quais não posso, se você me entende. Eu tive meu quarto semi-destruído pelo John Bonham um dia, ele fez um bom trabalho. Ele achou que o John Paul Jones tinha uma suíte maior que a dele, porque meu quarto era do lado do de Jonesy, então abrimos todas as portas e ao invés do Jonesy ter uma suíte dupla, parecia que ele tinha uma tripla. E quando o John Bonham chegou e viu aquilo decidiu destruir o terceiro quarto, que infelizmente era o meu. Então tive que dormir no sofá do Jonesy por 5 dias, a não ser que eu quisesse dormir com hambúrgueres e Coca-Cola na minha cama. Ou pior.

Assisti o Celebration Day e pensei que estava bom, mas era uma banda diferente. Não tinha a mesma vibração… era muito bom, mas não era Led Zeppelin.”

W (NM): E Neal, como você se tornou fotógrafo? Qual foi o início da sua carreira como fotógrafo?

NP: Bom, eu estava no colegial e costumava levar minha câmera para os shows de Rock. Naquela época ninguém ligava se você levasse a câmera ou não, você podia levar o que quisesse. Então, como qualquer outro garoto do meu bairro, eu tentei tocar em uma banda de Rock n’ Roll, mas eu não era muito bom. Acabei sendo melhor fotógrafo do que guitarrista, então comecei a levar a minha câmera para os shows no fim dos anos 60. E eu acabei conhecendo alguns caras que eram os promoters dos shows locais perto da minha casa. E eu lhes dava cópias e eles me deixavam entrar nos shows de graça e eu tirava fotos e acabei conhecendo as pessoas do ramo. Pessoas que começaram a fazer pequenas revistas de Rock n’ Roll, era uma sensação muito nova naquela época, e meio que aconteceu… eu ainda estava no colegial. Quando eu me formei no colegial já estava trabalhando no ramo por um ano e meio. E isso foi em 1970. Meu Deus, estou velho. E em 1971 me mudei para Los Angeles, que era meio que o centro de todo o ramo musical na época, pelo menos que eu soubesse, e eu morei em LA desde então. Mas foi assim que aconteceu, sem eu tentar fazer acontecer, se você me entende.

W (NM): Eu li uma entrevista em que você disse que você é um cara das antigas, que gostava de impressões de contato e das câmeras com filme. Você ainda usa elas? Quais são as vantagens e desvantagens da nova tecnologia na fotografia?

NP: Bom, sim, eu ainda uso filme sempre que possível, diria que provavelmente uso metade-metade, filme e digital. A úncia razão pela qual eu uso digital é se o cliente pede por uma questão de prazo. Eu prefiro o filme, gosto da aparência, prefiro o processo de edição do filme, acho que as câmeras digitais são uma ferramenta para se usar quando precisamos delas, geralmente pela rapidez. Mas não gosto particularmente de como as fotos ficam… elas parecem que vão quebrar, sabe? E eu realmente não gosto do processo de edição e do fluxo de trabalho com a fotografia digital, detesto ficar mexendo nas fotos em uma tela. Elas são uma ferramenta, mas quando posso escolher, uso filme. Com certeza, filme. Tenho minhas Nikon e minhas Hasselblad.

W (NM): Isso é ótimo.Falando do Led Zeppelin de novo, você tem memória de alguma foto do Led Zeppelin que você não tirou? Algum momento que você gostaria de estar com a câmera ou talvez estivesse trocando de filmes, algo assim, e pensou “queria ter tirado aquela foto”.

NP: Talvez um ou dois momentos pessoas – nada que gostaria de falar. Geralmente eu estava lá pra documentar qualquer coisa e eu realmente documentei. Teve uma vez em que fizemos uma capa para a Rolling Stone e infelizmente a câmera estava quebrada, então não saiu nada. E eu vou te dizer: ainda estou chateado por causa disso.

W (NM): Posso imaginar.

NP: Isso foi no Hotel Plaza e essa foi a primeira capa da Rolling Stone que o Cameron Crowe fez e era pra ter sido uma foto de grupo que fizemos, mas tivemos um problema na câmera, então…. C’est la vie! Ainda fico puto com isso. Porque você foi falar sobre isso?

W (NM): Qual é sua relação com os membros da banda hoje e o que você achou do show do Celebration Day em 2007, assim como do DVD que foi lançado no fim do ano passado?

NP:Bom, a relação é boa com eles, dei diversas fotos para o Jimmy para seu grande livro autobiográfico que saiu pela Genesis Publishing há dois ou três anos. Fiz fotos para o show de reunião, e eu meio que senti… eu estava lá vendo a coisa real, e eu queria que isso vivesse na minha memória do jeito que era, não para o show de reunião. Assisti os filmes e pensei que estava bom, mas era uma banda diferente, pensei. Não tinha a mesma vibração… era muito bom, mas não era Led Zeppelin.

W (NM): Eu tive a oportunidade de ir à estréia em Londres e a banda estava lá. Eu senti que eles queriam fazer uma reunião que provasse quão bons eles eram, diferente de outras reuniões que eles tiveram depois que Bonham morreu, no Live Aid, por exemplo, em que o show não foi tão bom. Acho que eles queriam provar para o mundo que eles podiam fazer um show fantástico. É assim que me senti.

NP: Bom, é isso que eles disseram em entrevistas, que eles não gostaram nas reuniões anteriores. Eu estava na reunião 40th Atlantic em 87 ou 88, algo assim, eu estava lá. Não me lembro de ter sido muito bom. O Live Aid vi na televisão, porque estava em Londres trabalhando no show do Live Aid de Londres, e eles estavam na Philadelphia. Então eu vi na TV e pensei que estava bem ruim. E outros que eu não me lembro, fora o Celebration Day.

W (NM): Acho que esses foram os principais.

NP: Sem o John Bonham nenhum deles será o Led Zeppelin, ele era uma grande, grande parte da banda; e é engraçado, porque você pode dizer a mesma coisa do The Who sem o Keith Moon, mas tem algo… Acho que o Pete Townshend é tão forte que ofusca qualquer outro baterista que poderiam ter. Mas o John Bonham… não sei, é uma banda diferente.

Se você quer tentar sua vida na música, deveria escolher uma banda que ama e agarrar-se a eles. Se eles se tornarem um sucesso, então se torne o cara deles”

W (NM): Sim, eu ia te perguntar isso. Você trabalhou com diversos artistas talentosos, mas o que você acha que fez do Led Zeppelin uma banda tão única? Talvez eles sejam quatro artistas igualmente talentosos e carismáticos… O que você acha que os fez tão únicos?

NP: Não sei, não sou um crítico de Rock, então provavelmente sou a pessoa errada para se perguntar isso, mas dizem que as vezes você captura a luz em uma garrafa e parece que foi isso que aconteceu. Sabe, na minha infância e adolescência eu costumava ouvir todas as bandas inglesas e eu escutava mais a banda do Jeff Beck do que Led Zeppelin. Levei um tempo até, levei até o segundo álbum para realmente entrar no Led Zeppelin. Mas não sei, já me fizeram essa pergunta antes… e eu não consigo alcançar a resposta. É mais fácil eu falar de outras bandas e o que eles fizeram de especial… mas não sei. Eu me lembro quando tinha 18, 19 anos e eu tinha acabado de começar a trabalhar no ramo. Eu sou um grande fã, eu me lembro que todo mundo tinha que ir, você tinha que conseguir os ingressos. Era realmente importante e você morreria se não conseguisse ingressos para aquela banda. Acho que eles pertencem às pessoas.

W (NM): Sim, estas são coisas desconhecidas que fazem deles um grande mito. Como você acha que conseguiu a confiança deles?

NP: Bom, não sei, mas acho que eu tenho que agradecer o Peter Grant por isso, porque ele tinha um “feeling” em relação a mim, e é assim que funciona, ele era como um cara da rua, entende? Ele tinha as manhas da rua. Ele dizia que podia sentir o cheiro de uma pessoa, saber se eles eram legais ou não, e ele conseguia literalmente sentir o cheiro. Acho que eu estava cheirando bem aquele dia. Essa é uma das grandes perguntas que eu nunca tive respondidas: porque eu? E acho que devi dizer: porque não?

W (NM): Você está certo. Acho que é uma mistura de talento e sorte, talvez.

NP: Veja, se você tem um trabalho como esse nem preciso dizer, se você não tem talento não vai ser contratado, então isso é um dom. Mas acho que a outra coisa é tão importante quanto. Você tem que saber como se portar perto deles, tem que saber quando calar a boca. Você não pode agir como se fosse o quinto membro da banda ou vai ser mandado embora rapidamente. Acho que grande parte disso é senso comum. Como eu disse antes na entrevista, era um trabalho, e era um trabalho muito, muito importante, mas era um trabalho, então eu realmente não agi diferente com eles de como eu agiria com qualquer outra pessoa. Mas definitivamente tinha uma questão de confiança envolvida, sem dúvida.

W (NM): Você acha que hoje há bandas que vão se tornar relevantes em 40 anos? Isso tem alguma coisa a ver com a revolução da tecnologia ou da mídia ou pode acontecer em qualquer época?

NP: Acho que pode acontecer em qualquer época. Boa música é boa música, e música merda é música merda. A única questão é: as pessoas vão ter a oportunidade de ouvir? Eu não escuto muita música. Se eu acabo ligando o rádio e acontece de estar tocando algo que eu tenha gostado, fantástico, então ouvirei ago novo. Mas eu não sento e digo “bom, hoje vou ouvir diversos álbuns que nunca ouvi antes e vou achar algo que gosto”. Não sou assim, gosto das coisas antigas e confiáveis, mas acho que você nunca sabe quando a próxima grande banda vai aparecer, nunca, nunca sabe e quando aparecer, é uma coisa muito boa. Acho que a música é uma coisa muito importante na vida das pessoas.

W (NM): Com certeza. Antes de fazer a última pergunta, gostaria de agradecê-lo, Neal, nós vamos falar para nossos ouvintes comprarem esse livro fantástico no iTunes. É inacreditável, é uma experência diferente para qualquer um que gosta de música e ouvir Led Zeppelin enquanto está lendo as histórias e vendo as imagens é incrível. E se conseguirmos seria fantástico trazê-lo para uma exposição no Brasil ou algo assim.

NP: Eu adoraria. Eu adoraria ir para o Brasil para uma exposição, uma mostra de galeria, algo assim. Eu já fui diversas vezes, fui para o Brasil com o Queen em 1981, e para o Amnesty International Tour em 1988 com o Bruce Springsteen.

W (NM): Eu fui nesse show.

NP: Ah, é? Foi um bom show, não? Em São Paulo, certo?

W (NM): Exatamente.

NP: Você está em São Paulo ou no Rio?

W (NM): Estou em São Paulo. Eu tinha 15 anos em 88, mas estava lá. Mas não pude ir ao show do Queen e ainda sou frustrado por causa disso, porque eu tinha 8 anos.

NP: Bom, foi demais, quando estávamos aí com o Queen foi como estar com os Beatles, foi gigante.

W (NM): Sim, eu tive a chance de ver o DVD que eles lançaram há não muito tempo, chamado Rock Montreal. Foi a mesma turnê, então foi a última turnê em que eles tinham quatro membros no palco, então foi inacreditável. Então me dê alguns conselhos para um garoto que quer se tornar fotógrafo.

NP: Bom, um conselho para qualquer um que quer entrar no ramo da música, as coisas são diferentes do que costumavam ser. E se você quer tentar sua vida na música, deveria escolher uma banda que ama e agarrar-se a eles e se eles se tornarem um sucesso, então se torne o cara deles. Ao invés de ficar pulando de banda em banda… agarre-se a uma banda, um artista, o que você quiser, e ponha as cartas na mesa. E continue trabalhando om a sua arte, porque você nunca pára de aprender. Eu ainda estou aprendendo sobre fotografia e eu tenho feito isso por dois anos. Você sempre pode aprender e às vezes não é a luz que você adiciona e sim a luz que você tira.

W (NM): Muito bem, Neal Preston no Wikimetal, muito obrigado, um dos grandes fotógrafos do mundo, espero vê-lo muito em breve. Foi muito bom falar com você, Neal.

NP: Sempre que precisar, você também. Diga “oi” a todos em São Paulo e espero ir logo para aí.

W (NM): Ótimo, muito obrigado.

NP: Tchau, tchau.

Ouça aqui o episódio inteiro:

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