No início de 2024 a banda Lucifer lançou seu aguardado novo álbum Lucifer V, trazendo composições interessantes e representando uma evolução.
Agora, com alguns meses passados, a banda segue em turnê de divulgação do novo registro, vindo pela segunda vez ao Brasil durante o mês de outubro.
A passagem do grupo será rápida. A Satanic Panic Tour chega no Rio de Janeiro no dia 05, no Agyto e segue para São Paulo, no dia 06, no Fabrique Club e se encerra em Belo Horizonte, no dia 08, no Caverna Rock Pub.
Em entrevista exclusiva com o Wikimetal, a vocalista Johanna Sadonis comentou sobre a vinda ao país, além de sua carreira, o nome da banda e mais!
Lançado em janeiro, a cantora diz ser apaixonada pelas faixas do novo registro, mas há uma em especial que conquista seu coração e é sua favorita de performar ao vivo: “At The Mortuary”.
Um detalhe em especial que realmente chama a atenção dos ouvintes é a sua voz, principalmente neste trabalho, mas ela não acha que esta seja a marca registrada do grupo: “Eu acho que Lucifer em geral tem um pouco do seu próprio som. Sabe, eu acho que Lucifer não tenta soar como outras bandas.”
Ela já é uma veterana da cena. Estando na indústria musical há alguns anos, comentou sobre as vantagens deste fator: “Acho que talvez você não cometa mais tantos erros. Porque no começo do Lucifer, acho que eu era meio ingênua sobre muitas coisas, e aprendi algumas coisas da maneira mais difícil. Como, por exemplo, quando você assina um contrato com uma gravadora, você definitivamente deve ter um advogado para analisar o contrato. Eu não fiz isso no primeiro álbum, o que voltou para me atormentar.”
E ainda deu um conselho aos iniciantes: “Então eu sempre dizia, sabe, para bandas novas, ‘por favor, não assine nenhum contrato sem consultar um advogado.’ E, sim, você aprende muito com cada álbum, também sobre a indústria musical e outras coisas.”
Com relação ao nome, ele pode ser contraditório para alguns, mas não para Sadonis, mesmo que de início tenha ficado um tanto quanto receosa de usá-lo. “Mas então pensei, dane-se, não me importo com o que os outros dizem. Acho que é um nome muito bom. E posso me identificar muito com o anjo caído que Lúcifer é, porque nunca me senti pertencente.”
“Quando eu era criança e na escola e mais tarde e assim por diante, de alguma forma eu nunca realmente me encaixei em lugar nenhum. Eu sempre fui meio que uma outsider. E eu tenho a sensação de que é o mesmo ainda hoje com Lucifer, que Lucifer é meio diferente.”
“Por exemplo, nós frequentemente tocamos com bandas muito diferentes. Pode ser uma banda de doom, pode ser uma banda de death metal. Eles nos colocam em festivais de black metal onde somos a única banda que soa como o que fazemos. É tão diferente. E eu sempre sinto que eu realmente não me encaixo.”
Quanto ao Brasil, apesar de essa ser a segunda vez que a banda vem para cá, é a terceira de Sadonis, que já esteve aqui com o The Hellacopters.
Ela explicou que a última turnê foi cansativa e estressante, por ficarem um dia em cada país, mas quando chegaram ao Brasil, “tivemos alguns dias de folga, e isso foi muito legal porque pudemos simplesmente aproveitar e, tipo, caminhar até a praia. E eu peguei um coco na praia, claro, como você faz quando é Lucifer. Nós comemos muito bem e assim por diante e encontramos alguns amigos e tal, então eu realmente aproveitei a atmosfera bem relaxada.”
A artista também elogiou o público daqui, como sendo “aberto, e eles ficam animados. E então é, claro, muito mais divertido como uma banda tocar. E você tem meio que, tipo, faíscas voando entre o palco e o público.”
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