Minha Explorer preta com a munhequeira veio do Metal. Isso é Freudiano e Hetfieldiano.”

Wikimetal (Daniel Dystyler) – O nosso programa de hoje é um programa muito bacana pra quem curte entrevista! A gente já entrevistou o Felipe Machado, entrevistou o pessoal do Korzus, entrevistou o Ricardo Vignini e o Zé Helder, que foi muito bacana, e agora temos mais um entrevistado, uma figura ilustre, uma figura conhecida tanto do mundo do Metal nacional, como mais ainda do mundo Pop/Rock nacional, na verdade um dos músicos mais conhecidos do país, é ou não é, Rafinha?

Wikimetal (Rafael Masini) – É, é isso, o Nando tá tendo o prazer de estrear agora esse episódio ao lado de um grande guitarrista, um grande amigo nosso, um cara espetacular como figura, como autoridade da guitarra brasileira: Yves Passarell.

Todos – Aê!

Yves Passarell – Ainda bem que só tô entre amigos.

WM (DD) – Bem vindo ao Wikimetal.

YP – Obrigado, pô, é mó felicidade estar com vocês aqui. É, eu conheço os três desde a minha infância.

WM (DD) – A gente vai falar de bastante coisa do passado, também bastante pergunta que a gente preparou pra você; a gente quer saber um pouco também do presente, né?

YP – Claro.

WM (DD) – …da sua vida no Capital, mas também a gente quer falar das velharias Heavy Metal.

YP – Metal, metal continua vivo, continuo ouvindo bastante Heavy Metal.

WM (DD) – Era isso que eu ia te perguntar: você ouve bastante ainda?

YP – Ouço, ouço muito. Tem algumas bandas que eu não consigo me desapegar, são as de sempre: Metallica, Iron Maiden. Outro dia fiquei ouvindo o primeiro disco Killers…

WM (DD) – São demais, né?

YP – São demais, o The Number, então…

WM (DD) – Aliás, galera, segura que o próximo episódio vai ser contagem regressiva pro show do Iron Maiden, a gente vai fazer um episódio só sobre o show que tá chegando.

WM (NM) – Exatamente.

YP – Isso o Nandão já conhece bem.

WM (NM) – É, todo mundo aqui já foi em vários shows do Iron Maiden. Já foi em quantos shows do Iron Maiden, Yves?

YP – Eu, na verdade, fui em um.

WM (NM) – Sério?

YP – Sério. Isso que é o mais louco, porque nos outros…

WM (DD) – Você foi na turnê do Fear of the Dark no Parque Antártica comigo.

YP – Não, então, fui em dois.

WM (NM) –E aí você vai lembrar do terceiro…

YP – Nesse último que tava mó…

WM (NM) – Em Interlagos.

YP – É.

WM (DD) – Lama no joelho.

YP – Eu voltei de viagem, saí de Guarulhos direto pro show.

WM (DD) – Que legal. Aproveitando que você falou do novo lance que você ainda ouve as bandas das antigas, tal, você sabe que no Wikimetal a gente rola músicas junto com a entrevista, então ao longo do programa a gente vai tocar alguns sons. O primeiro som tem a ver com o que você falou, quero que você escolha uma música que é o seguinte: quando você tá no iPod, aqueles milhões de músicas misturadas, que tá no shuffle, no randômico, cai uma música que você não consegue evitar de balançar a cabeça, de bater a cabeça, fala assim ‘essa música eu não consigo parar de agitar’, que música é essa?

YP – Bom, uma música que eu paro sempre quando tá no iPod, assim, é Killers do Iron Maiden.

WM (DD) Killers do Iron Maiden é demais.

WM (RM) – Demais.

YP – Ele começou arrasa quarteirão, então, puta eu sempre ouço, acho aquele disco especial, engraçado, é um disco que é o último do Paul Di’Anno, ele não é tão…

WM (RM) – Famoso.

YP – Famoso, até o primeiro que eu acho que é bem bom, tem os clássicos…

WM (NM) Prowler, Remember Tomorrow, Running Free.

YP – Aqueles negócios de guitarra, Running Free, mas ele ficou um pouco assim perdido no meio…

WM (DD) – Ele ficou encaixotado entre o primeiro e o The Number.

YP – Mas é um discaço, tem Murders in the Rue Morgue

WM (NM) Wrathchild, começa com Wrathchild, não, não, The Ides of March.

WM (DD) – Começa com e depois Wrathchild.

YP – Nossa, essa é demais.

WM (RM) Drifter.

WM (NM) Innocent Exile .

YP – Nossa, pode crer.

WM (DD) – Anuncia a música que…

YPKillers!

WM (DD) – Vamos ouvir Killers.

WM (NM) – A gente acabou de ouvir Killers, do segundo disco do Iron Maiden, um clássico total do Heavy Metal, estamos aqui com Yves Passarell. Qual foi o guitarrista que fez você ter essa profissão?

YP – Eu ouvia Queen, então o Brian May, aí depois eu comecei a ouvir AC/DC e Iron Maiden, bem junto, assim, então…

WM (DD) – Angus.

YP – Angus, mas o Dave Murray… Eu ia lá na 25 de Março comprar calça azul. Então o Dave Murray, o Angus…

WM (NM) – Mas ele já falou uma trinca de áses Brian May, Angus Young e Dave Murray, pô.

WM (DD) – E tem mais alguma coisa?

YP – É, tá bom esses três. Mas aí é claro que tem outros guitarristas, depois você vai conhecendo a guitarra, mais tarde, Hendrix, depois o pessoal do Metallica, Kirk Hammett, um monte. Essa trinca pra mim é a que…

WM (DD) – Com Brian, Angus e Dave, realmente não precisa de mais nada. Legal. Já que você falou dessa época de ir na 25 de Março comprar calça, eu queria te perguntar um negócio: numa dessas idas do Centro você encontrou um cara que chamava Celso Barbieri e você conversou com ele, né?

YP – Conversei.

WM (DD) – Como foi essa história?

YP – Foi muito louca, porque a gente tinha uma demo, né?

WM (NM) – Aquela primeira demo clássica do Viper. Sensacional.

YP – “The Killera Sword”. E aí esse Celso Barbieri, que mora em Londres já há mais de 20 anos, faz muito tempo, 85, 86.

WM (NM) – 26 anos.

YP – É, 26 anos, tô velho. E o Celso já era mais velho, então ele deve tá, meu…

WM (NM) – Morto.

YP – Não, não, ele tá vivo que eu sei, eu mando um abraço pra ele.

WM (DD) – Ele tem um blog legal.

WM (NM) – Vou mandar o link pra ele ouvir o Wikimetal e a entrevista do Yves.

WM (DD) – Ele é até histórico nessa história do Heavy Metal no Brasil.

YP – Não, foi ele que começou o Heavy Metal, assim, fazer uma cena em São Paulo, pelo menos que eu me lembre. Ele e o Beto Peninha. De Metal, ele que fazia os festivais na Praça do Rock, na Aclimação.

WM (DD) – E fazia também comício político…

YP – Fazia, ele também era da política.

WM (NM) – Ele sempre colocava umas bandas de Heavy Metal pra tocar nos comícios.

YP – Sempre, e aí nessa época que ele fazia os comícios, fazia shows, ele fez o festival Lira Paulistana, foi o primeiro show em 85, só que antes disso, como eu já tinha visto ele lá na Aclimação fazendo esses shows na Praça do Rock que tocava Salário Mínimo, as bandas da época, Centúrias se eu não me engano, eu vi um dia ele lá no Largo do Arouche, tava eu, Felipe, meu irmão, tinha uma livraria, eu vi ele passando, aí eu falei ‘pô, falo ou não falo com ele’, aí falei ‘vou falar’, coisa de moleque.

WM (DD) – A oportunidade bate uma vez só.

YP – É, eu falei, ‘pô, eu tenho uma banda, eu queria saber como faz pra tocar’, ele falou ‘legal, tal, me deixa o release em tal lugar’, aí eu falei ‘release? Que que é release?’. Bom, e aí depois eu soube o que era release, a mini história da banda. E aí ele viu os nomes, a gente inventava os nomes.

WM (DD) – Você era Dan.

YP – Eu era o Dan.

WM (DD) – Você era meu chará.

YP – Eu era teu chará.

WM (DD) – Dan Passarell.

YP – É, era Dan Passarell.

WM (DD) – O Felipe?

WM (NM) – Black Riff.

YP – Black Riff. O Pit continuou Pit.

WM (DD) – Era o único que manteve e Andy McDye.

YP – Andy McDye. E tinha o Andrew Matthews, que era o André Matos. E a gente mandou o release com esses nomes, ele falou ‘pô, que porra é essa?’.

WM (RM) – Queima filme.

YP – É, mas ele achou interessante e a gente começando essa cena do Metal em inglês aqui, tinha uma banda que chamava Karisma, que cantava em inglês, mas o Celso Barbieri foi o primeiro cara que convidou a gente pra fazer um show no Lira Paulistana. Então eu devo, acho nós todos que estamos aqui…

WM (DD) – Devemos um pouco a ele.

YP – Eu, assim, pessoalmente muito, porque continuo tocando, começou lá meu primeiro show, aí depois teve o show do povo, né?

WM (NM) – Esse tá no DVD do Viper.

YP – Exato, tá no DVD.

WM (NM) – Grande Valder.

YP – Grande Valder, ajudando a pegar fogo no Heavy Metal. Mas o Celso foi o responsável e o Beto Peninha que era um cara que fazia um programa de rádio na época.

Eu falei, ‘Eu tenho uma banda, queria saber como faz pra tocar’. Ele falou ‘Legal, me deixa o release em tal lugar’. Aí eu falei ‘Release? Que que é release?!”

WM (DD) – Legal. Deixa eu fazer uma pergunta que eu fiz pro Felipe Machado, fazer a mesma pergunta que eu fiz pra ele: hoje com a experiência que você tem, com tudo que você já viveu e tudo mais, olhando pra trás, se você pudesse voltar no tempo, 25 anos atrás, com toda a sua experiência, o quanto você faria de diferente?

YP – O disco em português eu acho que foi uma viagem, mas a gente já tava nesse final, a banda já meio que…

WM (DD) – Não sabia muito bem o que fazer.

YP – … o que fazer, já era meio que pra acabar e botou um foda-se geral e vai, vamos fazer um disco em português, Pop Rock, que não tinha nada a ver com a história da banda. Foi assim, eu acho que a gente teve um começo bacana, eu acho que no disco Coma Rage a gente começou a virar um pouco…

WM (NM) – Mas o Coma Rage é um disco que eu gosto bastante.

YP – Não, é um belo disco e pô, a gente vai gravar em Los Angeles um mês, tudo bem.

WM (NM) – Pra todo mundo é um disco excelente, mas não é um disco de Heavy Metal.

YP – Não é de metal. É uma Mangueira, viagem, nada contra a Mangueira. Tudo foi uma viagem nesse disco, não acho ruim, acho as músicas boas, a carreira Heavy Metal do Viper…

WM (DD) – Terminou no Coma Rage.

YP – Terminou no Coma Rage. Então acho que desse começo, meio e fim, tudo foi do jeito que tinha que ser, eu talvez escolheria Spreading Soul pra ser um dos singles na época do…

WM (DD) – Evolution.

YP – …Evolution. E é claro que é um mercado muito difícil, né? De Heavy Metal, você dependia muito das gravadoras, o Andre saiu da banda, o Evolution foi um disco que realmente fez muito sucesso, então são três discos que eu acho que marcaram o começo do metal melódico no Brasil. “Soldiers”, “Theatre” e “Evolution”. Evolution clássico, meu irmão cantando, diferente, o som já um pouco…

WM (DD) – Já que você tá falando desses discos da época dourada do Viper, vamos chamar assim, escolhe uma música pra gente ouvir, que música você quer ouvir agora?

YP – Bom, vamos ouvir Soldiers of Sunrise.

WM (RM) – Excelente escolha.

WM (DD) – A gente ouviu Knights e agora pra complementar, outra obra prima do primeiro disco Soldiers vai muito bem.

WM (RM) – Essa música ao vivo era de tirar o fôlego.

YP – Eu lembro só do Andre ‘Soldiers of, soldiers of’.

WM (RM) – ‘Soldiers of’ e a galera ‘Sunrise’.

WM (DD) – Que legal, boa.

YP – Vai de Soldiers, aí.

WM (DD) – Vamos de Soldiers.

WM (DD) – Bom, esse aí foi Soldiers of Sunrise do primeiro disco do Viper, também se chama “Soldiers of Sunrise”, escolha do Yves aí. Muito, muito boa, né?

WM (RM) – Muito bom, a gente tá lembrando várias histórias…

WM (DD) – Das antigas.

YP – Parece quando velho conta história.

WM (RM) – … e os caras do Korzus lembraram de uma viagem que fizeram com a gente pro Rio, você lembra disso, né?

YP – Lembro, claro.

WM (RM) – Que a gente jogou futebol com o pessoal das bandas também do Rio que acolheram a gente nas casas, que não tinha hotel.

YP – A gente viajou muito com o Korzus, que é uma banda, uma grande banda, até hoje é.

WM (DD) – Carrega a bandeira do Metal até hoje, eles tão na Europa.

YP – Tão na Europa agora. Eu acho que a gente fez viagens antológicas, pro Rio a gente foi junto.

WM (DD) – Você lembra de alguma coisa engraçada dessa viagem?

YP – A gente ficou na casa de algumas pessoas, então tinha o pessoal do Taurus, o pessoal do…

WM (NM) – Metralion, talvez, não?

YP – Metralion, e aí o pessoal tava morrendo de fome e aí, pô, invadiram a geladeira dos caras, pegaram frango, o cara ficou puto. Não sei quem que era lá no Rio que…

WM (RM) – André Smirnoff.

YP – É, acho que foi na casa dele, ele foi receber…

WM (NM) – Totalmente louco, né? Imagina a mãe do cara, você chega…

YP – Chega um monte de cabeludo.

WM (NM) – ‘Mãe, vim trazer aqui vinte caras pra fazer um show de Heavy Metal’, cabeludos.

YP – Não, uma vez o Viper foi tocar em Recife e a gente ficou na casa do Paulo André, que depois veio a ser o empresário do…

WM (NM) – Chico Science, organizador do Abril pro Rock.

YP – Abril pro Rock, só que antes o pessoal chamava Recife Festival. Bom, chegou um monte de cabeludo na casa, a mãe dele, meu, queria matar, pôs pra dormir lá, os quatro caras e ela ‘eu vou ter que fazer comida pra todo mundo aqui?’.

WM (NM) – Agora conta uma coisa, eu…

YP – Mas eu lembro dessa viagem – só voltando a essa do Rio – que o André levou uma geral da polícia e pegaram o relógio dele.

WM (NM) – Roubaram o relógio dele?

WM (DD) – Um fusquinha, assim, subiu em cima da calçada, a gente tava andando na calçada, os caras subiram na calçada, mão na cabeça, geral e roubaram o relógio do André.

WM (NM) – Agora me conta uma coisa, vocês tocaram no Piauí nessa época, vocês foram como pra lá?

YP – Então, essa história é boa. A gente foi tocar no Piauí…

WM (NM) – No Piauí, logo ali, ali no Piauí.

YP – … com o Ivan, o Vodu e a grande banda da época que é Dorsal Atlântica, que foi a primeira, uma das primeiras, né? Tem um disco ótimo…

WM (NM) – Antes do Fim.

YP – Antes do Fim. E aí o cara lá falou assim, ‘ó, pode vir de ônibus, que a volta tá garantida de avião’. E a gente acreditou.

WM (RM) – Essa frase já tem cara de mentira.

WM (DD) – Se fosse verdade já era ruim.

YP – Já era ruim, só que a gente naquele espírito Metal…

WM (NM) – Quantas horas de viagem, Yves?

YP – Cinquenta e nove, sei lá. Quebrou o ônibus…

WM (NM) – Nada mais Metal que isso.

YP – Nada mais metal. A gente e o Vodu, e a gente chegou na rodoviária em Teresina, a gente tocou antes numa cidade da Bahia, Feira de Santana, depois foi pra Teresina, foram sete pessoas, oito… Nove, todo mundo em dois carros, todo mundo apertado, aí ele parou num supermercado, eu não entendi… Eu falei ‘ué?’. Aí ele veio com um monte de leite, Nescau, bolacha, eu falei, “não!”. Não era hotel, a gente foi ficar num sítio. Aquelas coisas que você vai na aventura.

WM (NM) – Como é a estrutura de produção, os amplificadores em Teresina – o show foi em Teresina?

YP – Não, então, aí que tá, tinha uma estrutura no festival, só que aí, claro, a gente fez um show, depois do show feito, ele falou ‘tenho uma notícia ruim’, o produtor lá.

WM (DD) – Aquela história do avião…

YP – Aquela história de todo mundo voltar de avião não vai dar.

WM (DD) – Aquela história do avião caiu.

YP – Caiu, é. Aí como assim? “Não, eu só consegui três” e tinham sete pessoas.

WM (NM) – E a guerra, como foi a guerra pra decidir quem iria?

YP – Foi na sorte, teve gente do Vodu.

WM (NM) – Ah, todas as bandas do festival? Era do festival?

WM (RM) – Você voltou de avião?

YP – É, eu voltei de avião, eu tive sorte. Juro.

WM (NM) – Como é que foi essa decisão, fala aí.

YP – Foi na sorte.

WM (NM) – Mas palitinho…

YP – Palitinho, eu não lembro, dois ou um. Meu, foi uma viagem maluca, mas foi divertido, só de sair de São Paulo, primeiro show do Viper fora de São Paulo foi em Atibaia.

Celso Barbieri foi o primeiro cara que convidou a gente pra fazer um show no Lira Paulistana. Então eu acho nós todos que estamos aqui devemos um pouco a ele”

WM (NM) – Na festa do morango?

YP – Festa do morango, dia sete de Setembro no feriado.

WM (NM) – Com o Virus? Eu tava nesse show.

WM (RM) – Do SP Metal.

YP – O Virus, que era uma banda que eu ouço até hoje.

WM (RM) – A “Matthew Hopkins”.

YP – “Matthew Hopkins”, essa eu lembro de cor: “Todo aquele que fosse acusado de ter um pacto com o
diabo era então perseguido e caçado e com torturas assassinado”
.

WM (RM) “Com um ódio cego que em si possuía tentou acabar…”

YP – E aí vai.

WM (NM) – Eu lembro que o baixista do Virus tinha um baixo igual ao do Steve Harris, você lembra disso? Espelhado.

WM (RM) – Acho que o Pit tocou uma vez no Black Jack com esse baixo emprestado.

YP – Black Jack é outro lugar antológico.

WM (DD) – E Garça?

YP – Garça foi uma experiência também nesse naipe. Quando você começa, você toca em tudo quanto é lugar e todo mundo ficou no mesmo quarto, em hotel… Hotel era o puteiro.

WM (NM) – Quem, os roadies?

WM (DD) – Tinha umas meninas que vendiam enciclopédia, né?

YP – É, vendiam enciclopédia. E aí qual que era o esquema, o esquema pra comer era numa padaria que ele já tinha feito o esquema do patrocínio, então o almoço e jantar era na padoca.

WM (DD) – Era uma padoca tipo no posto de gasolina, assim, você lembra?

YP – Era horrível, você lembra, Daniel?

WM (NM) – O Daniel foi nessa?

WM (DD) – Fui, eu tava. O mais engraçado foi que o cara que levou a gente lá, a gente todo dia comendo nessa porcaria dessa padoca, no posto, aí no meio do almoço o cara falou assim, ‘os caras do Korzus não querem vir, eles não sabem o que eles tão perdendo’.

YP – É essa que ficou, a frase, aí eu imaginei o pessoal do Korzus, e meu, ainda veio com essa frase.

YP – Ele falou ‘Você não sabe o que tá perdendo’.

WM (DD) – E no Paraná a gente tomou cerveja a tarde inteira, aí a gente foi na entrevista, o show era
à noite, aí umas 6 da tarde tinha uma entrevista na rádio, assim, aí a gente foi lá e a gente tava muito louco, aí chegamos lá e você falou assim, você me apresentou e falou assim ‘esse cara aqui é o saxofonista do Viper’.

YP – Não, então, agora eu lembrei. A gente tava bebaço.

WM (DD) – “Quais são as suas influências?”, ele perguntou pra mim, aí eu falei que era o John Barnes, ponta esquerda da Inglaterra.

YP – Ai, demais, meu.

WM (NM) – Eu não lembrava dessa história.

YP – Esse começo, pra qualquer banda, é meio… Você vai que vai, você quer tocar, você quer tocar fora de São Paulo.

WM (NM) – Mas é a época que você mais lembra e mais divertida de lembrar.

YP – É, aí você vai chamando os amigos pra te ajudar, pô, vamos fazer um show e aí vira uma balada. O show no Rio, o show que a gente ia lá pra Santos.

WM (NM) – Eu diria que o show do Viper sempre foi uma balada, né?

YP – Sempre foi.

WM (NM) – Porque sempre na equipe era só amigo, só os mais amigos.

YP – É, não, era só brother, e virava uma balada.

WM (RM) – Yves, é o seguinte, pra gente tocar agora esse som, pegando essas maravilhosas músicas que tem de Heavy Metal por aí, que música Yves Passarell gostaria de ter composto?

YPSabbath Bloody Sabbath.

WM (RM) Sabbath Bloody Sabbath, vamos ouvir?

WM (DD) – Muito legal. Vamos, vamos ouvir.

WM (RM) – Então anuncia aí.

YP – Tem até Bossa Nova no meio da música.

WM (RM) – Anuncia aí, Yves.

YPSabbath Bloody Sabbath.

WM (NM) – Black Sabbath!

WM (RM) – Bom, depois dessa sonzeira aí, Yves, uma curiosidade, você escreveu um livro.

YP – Dois.

WM (RM) – Ué, eu só li um, “Na Estrada”.

YP – Não, o “Temporada na Estrada” e um que chama “Os Últimos Dias Perfeitos”, que é uma ficção, mas eu não sou escritor.

WM (RM) – Não, esse eu não li.

YP – O “Temporada na Estrada” é sobre o Viper, sobre o começo, é sobre…

WM (DD) – Fala até de um show em Ludwigsburg, não fala?

YP – Fala.

WM (RM) – Esse livro ainda tem aí pra encontrar, pro pessoal?

YP – Tem, quem lançou foi uma editora do Rio que chama Gryphus, acho que deve dar para encontrar.

WM (RM) – É muito legal, porque fala bastante coisa do Viper. E você tem vontade de escrever ainda ou você não tem tempo, como que é isso?

YP – Eu tenho vontade, eu escrevi esse segundo, que já é uma ficção.

WM (DD) – Eu li o primeiro da ficção, achei demais, achei muito legal.

YP – Você gostou? Pô, legal.

WM (RM) – Eu não li esse.

YP – É, eu tenho vários em casa.

WM (DD) – Tô vendendo baratinho.

WM (NM) – Você podia dar um pra sortear no…

YP – Encalhou, entendeu?

WM (RM) – Eu quero um também, hein?

WM (NM) – Tem algumas histórias que você não conta lá, Yves? Censuradas, talvez, não?

YP – É, eu acho que sim, tem coisa que a gente deixa por lá.

WM (DD) – Pra uma edição dois, uma continuação.

YP – É, eu já pensei nisso. Mas tem muita história lá bacana.

WM (NM) – E Yves, posso fazer uma pergunta?

YP – Claro.

WM (NM) – Temporada na estrada com o Capital Inicial, que que você contaria de interessante?

YP – São fases diferentes, assim.

WM (DD) – Você deve ter uma experiência, assim, muito maluca.

YP – Não, tenho muitas histórias pra contar, bom, quem tá na estrada geralmente tem, né? Então…

WM (DD) – Como que é a sua rotina, você viaja direto?

YP – Viajo direto, que não são só os shows, você tem muita divulgação pra fazer, televisão, programa, pra coisa virar.

WM (NM) – Promoção?

YP – Promoção, você tem que gravar em tal lugar, então você passa um tempo fora, mas é bacana demais, tem um monte de história do Capital que daria também um livro, mas isso a hora que chegar a hora… O Dinho tá contando o começo da história do Capital, ele faz parte do começo, mas tem umas histórias muito boas a serem contadas.

WM (DD) – E vem cá, um negócio, aproveitando que você falou de Capital, eu vi o show do Capital agora, anteontem e duas coisas que eu queria te perguntar, uma coisa que eu queria falar pros ouvintes do Wikimetal, que obiviamente o Capital não é o tipo de som que normalmente o pessoal de Heavy Metal ouve, né? Mas eu queria te perguntar uma coisa em relação a isso, nesse show, o show abre com Nirvana, depois no meio do show o Dinho lembrou que era aniversário da morte do Bon Scott…

WM (RM) – Trinta e um anos de morte.

WM (DD) – …da morte e fez uma homenagem, mandou lá um Highway to Hell; no final do show, vocês tocam Led Zeppelin.

WM (RM) – Que levou a galera ao delírio.

WM (NM) – Tem uma influência grande de Rock pesado.

YP – Tem, é.

WM (DD) – Queria perguntar assim, isso é do Capital, isso é um pouco do Yves dentro do Capital, como que é isso?

WM (DD) – E aí?

YP – O Capital tem várias fases, eles vieram, na verdade, do Aborto Elétrico, que era mais punk.

WM (DD) – Que era com Renato Russo e os dois irmãos Flávio e Fê Lemos.

YP – Renato Russo. É, aí virou nos anos 80 um pouco mais Pop Rock, eu entrei, é claro que eu tenho, toda a minha base veio do Metal.

WM (NM) – Deu um peso pra banda.

YP – Ia ter um peso diferente, um tipo de pegada. Mas o que eu vejo é que o Dinho gosta muito desse som.

WM (RM) – Hard Rock, Heavy Metal.

YP – É, Hard Rock, Heavy Metal tipo AC/DC, Led Zeppelin, AC/DC.

WM (NM) – Deep Purple.

YP – Deep Purple.

WM (DD) – Ele falou da entrevista que ele quis fazer com o Robert Plant.

YP – É, Led Zeppelin, então essa base temos em comum, então acho que a partir dali, é claro que aí cada um ouve um pouco mais, eu puxo mais pro Metal e é claro que num show de rock você acaba, por mais que… é um show de rock.

WM (DD) – Tem peso, tem distorção.

YP – Tem peso, tem distorção, eu uso muito a distorção.

WM (RM) – E o wah-wah, também no solo, animal.

YP – Wah-wah direto.

WM (DD) – E aliás, isso também, tipo, que me chamou atenção, não vou falar que você ficou o dono da banda, mas assim, começa o show, e é você sozinho no palco já fazendo os efeitos meio Tom Morello.

YP – Eu enrolo, né? Enrolo bem.

WM (RM) – Tem uma coisa muito Heavy Metal que eu acho, que você troca os instrumentos, então aí você põe uma Explorer preta, duas Stratos, maravilhosa.

WM (DD) – Aquela Explorer preta é maravilhosa.

YP – Não, a Explorer preta com a munhequeira, isso veio do Metal. Isso é freudiano e hetfieldiano.

WM (DD) – Hetfield explica.

YP – É, Hetfield explica. Mas tem muita influência, a gente tocou, o Viper tocou, a gente abriu Motörhead, abriu Metallica, abriu Ramones, abriu um monte de banda e isso influenciou um pouco ali, tal, mas o som do Capital ele tem uma linha própria que não é, claro, Heavy Metal, é rock brasileiro.

WM (DD) – Mas ao vivo é bem mais pesado e você estando lá, realmente tá representando um pouco o Metal. Deixa eu te perguntar o seguinte: qual que é a música do Viper que você achava a mais, ou que você acha ainda, a mais desafiadora, a mais que você fala assim, porra, é difícil tocar essa música, que legal que eu toquei, que legal que eu gravei e em show você fala vixi…

WM (RM) – É, olha no setlist e fala, chegou.

YPTheatre of Fate é uma dessas. Theatre of Fate eu já falei, pô, Pedrão,
sacanagem.

WM (DD) – Cheia de impacto, cheia de peso.

YP – É e tinha que decorar o som, decorar as mil partes que tinham na música, teve várias vezes que…

O disco em português eu acho que foi uma viagem. Mas a gente já tava nesse final, a banda já meio que não sabia o que fazer”

WM (NM) – Mas eu lembro claramente, eu fui em muito show do Viper, a introdução de uma das maiores músicas do Metal nacional de todos os tempos era feita por Yves Passarell Living for the Night, era a guitarra de Yves Passarell.

WM (RM) – Uma galera cantando, não dava nem pro Andre cantar.

YP – Essa também no começo, chato pra fazer. No disco tem um teclado, mas no show tinha…

WM (RM) – Não podia errar nada ali.

YP – É, então, agora você lembrou bem, Nando, esse começo me irritava. Não, até que era legal, mas eu não curti, aí depois de um tempo você vai pegando as manhas, essa eu vou dar pra galera.

WM (NM) – Aí você dá uma paradinha.

YP – Aquele tan tan tan no disco o Andre fez o teclado e ficou bom, ficou legal, só que ao vivo a gente fazia isso na guitarra, então…

WM (RM) – Ficava bem legal.

WM (DD) – Vamos ouvir então Living for the Night?

YPLiving for the Night.

WM (RM) – Essa foi Living for the Night.

WM (NM) – Um dos maiores clássicos do Heavy Metal nacional em todos os tempos.

WM (DD) – Essa música todo mundo sabe, hein?

WM (RM) – Todo mundo sabe, com a participação do “The Night is Very Dark”, maravilhoso.

WM (DD) – Roy Rowlands.

WM (RM) – Ao vivo ficava um pouco mais longa a parte do Pit no baixo.

YP – Se eu não me engano o Andre ainda toca essa música nos shows.

WM (RM) – O Andre toca Moonlight.

WM (DD) – Ele mistura A Cry From the Edge com Living for the Night.

YP – Nossa, legal.

WM (DD) – Fica legal pra caramba, bem legal.

WM (NM) – O Angra a vida inteira tocou Living for the Night, o Shaman também.

YP – Também, é, eu lembro que eu fui no show.

WM (NM) – E não dá pra você não tocar uma música dessa, vai entrar no repertório pra vida inteira.

WM (RM) – Yves, como é com os caras do Metal, o público, que te vê ali agora, esse guitarrista que…

YP – Era Metal e foi pro Pop? Não tem problema nenhum, porque quando eu entrei o Viper já tinha acabado há muito tempo, então tinha mudado um pouco a geração. Hoje é até engraçado, porque…

WM (NM) – O cara gosta de Heavy Metal, ás vezes ouve também uma banda de rock, uma banda, né? É claro que a tríade axé, sertanejo e pagode, a gente tem que botar fogo, mas se for uma banda de Rock, uma banda, né?

YP – Não, mas sabe o que eu ia te falar? Eu já ia me fuder se fosse na época do Viper em português, que pô, os caras falam ‘pô, o que que vocês fizeram? Isso não é Viper’. E eu concordo com eles plenamente, com todos, né? Que não é, assim, é um disco bacana…

WM (DD) – O Felipe falou que esse disco vocês deviam ter lançado igualzinho vocês lançaram, só que com outro nome, não Viper. Víboras.

YP – É, botado Víboras, sei lá, Cerca Elétrica, qualquer coisa.

WM (RM) – Cerca elétrica. E escuta, a outra coisa é, depois da entrevista do Felipe, que bombou, todo mundo ouviu, a gente recebeu um monte de e-mail dizendo, “e aí? Um show de comemoração de trinta anos do Viper, uma volta?”

WM (NM) – Boa pergunta.

WM (RM) – Você topava essa empreitada? Porque o Felipe falou haja ensaio pra tirar os solos de novo, como seria essa empreitada na sua vida no Capital?

YP – Então, seria maior prazer, só que o Andre tá morando na Suécia, eu tenho show todo final de semana.

WM (DD) – O Wikimetal quer arquitetar o seguinte, com calma, dia 8 de Abril de 2015, tem três anos pra gente programar isso aí.

YP – Pô, com certeza, eu tô nessa, 2015 vai demorar muito.

WM (NM) – Rapidinho galera, então é o seguinte, 8 de Abril, anota na agenda, de 2015, reunião da formação original do Viper.

YP – Lembra, é depois da Copa e antes das Olimpíadas.

WM (RM) – Faltam três anos pesados, hein?

WM (DD) – É, 2014 vai ter a Copa, 2015 o Viper, 2016…

YP – Bom, mas tudo bem, eu tô nessa. O Andre que queria muito também fazer isso, eu queria, acho que todo mundo quer. Mas seria ótimo, ia ser legal fazer os vinte anos…

WM (DD) – Trinta.

YP – Trinta? Essa foi boa, tirando dez anos. Ai ai, vinte anos, trinta anos.

WM (RM) – Tentando se livrar.

WM (DD) – Trinta anos do Viper.

WM (NM) – Daqui a pouco vai fazer vinte anos do fim do Viper. É impressionante como uma banda depois de quase quinze anos que o Viper acabou, até hoje tem fã. As novas gerações gostam de Viper e falam sobre Viper.

YP – Mas sabe o que é legal? O público de Metal é demais.

WM (DD) – No dia que a gente colocou o episódio do Felipe o site saiu fora do ar, de tanto que bombou.

YP – Mas meu, vou te falar, o público de Metal é sensacional, o que eu mais sinto saudade, eu acho, de toda a parte do começo do Viper, pô a gente ia atrás de quem era, hoje, claro, a informação tá muito mais fácil, lá a gente tinha que ver a revista, saia o clipe, tinha que esperar passar um som pop.

WM (DD) – Mr. Sam.

YP – Mr. Sam, exatamente. Então, mas pô, até hoje o público é fiel, o público que vai no show, você pode ver que todos esses shows de Heavy Metal, todos estão lotados, então isso é o público que se renova, como disse o Bruce Dickinson, é que nem dente de tubarão. Você vê que as casas tão cheias, você vê o Twisted Sister agora lotou, parece que foi um dos melhores shows.

WM (NM) – E o cara compra cd original…

YP – Compra cd original, compra camiseta.

WM (NM) – …compra camiseta, vai no show, compra ingresso, vai em dois, três, quatro, cinco shows da mesma banda.

YP – Isso que eu acho que tem que deixar claro, o público de Metal também quer festa, vai lá se diverte, mas também é um público que conhece bem a banda, então acho legal.

WM (DD) – E a abertura do Twisted Sister, né?

WM (RM) – É, foi com o Salário Mínimo, banda também dessa época do…

YP – SP Metal.

WM (RM) – …SP Metal.

WM (DD) – E eles tão com disco novo, um som super legal.

WM (NM) – Podia chamar eles pra uma entrevista pro Wikimetal.

WM (DD) – Vamos, vamos chamar.

WM (NM) – O China Lee?

WM (RM) – China Lee.

YP – China Lee. Pô, tinha outro cara também que eu acho que é mó presença, o Paulão do Centúrias.

WM (NM) – Paulão do Baranga?

YP – Que é um cara que é…

WM (DD) – Muito Metal.

YP – Muito Metal, ele merece…

WM (NM) – Batalhador, batalhador, o Paulão é um batalhador.

YP – … batalhador pelo Metal e meu, aquela música Portas Negras.

WM (RM) – O Viper tocou, lembra?

YP – Outro dia eu ouvi Portas Negras no meu iPod.

WM (RM) – Animal, riff de baixo, é animal.

YP – Demais. Aquele riff de baixo… É muito bom relembrar essa época toda, porque o que tinha de banda bacana e ainda tem. Agora uma outra banda que eu acho que também merece aqui a nossa lembrança é o Vodu.

WM (DD) – Sem dúvida, hein?

WM (RM) – Grande Vodu.

WM (NM) – Teve algum show deles aí voltando, ano passado se eu não me engano?

WM (RM) – Vodu?

WM (NM) – Vodu. É, Serginho Facci na bateria que comandou a galera.

YP – Sergio Facci que gravou o disco Theatre of Fate.

WM (NM) – Gravou e é um grande bateirista, excelente músico.

WM (DD) – Ele tocava com o Volkana também, né?

WM (NM) – Também.

YP – Puta época, meu.

WM (DD) – Boas lembranças.

YP – Boas lembranças.

WM (RM) – Se o Viper era considerado o Menudo do Heavy Metal, você hoje, agora seria um Rick Martin?

YP – Em que sentido? Não, mas acho boa. Eu seria o Charlie.

WM (RM) – O Roy.

YP – O Roy.

WM (NM) – Posso pedir uma coisa?

YP – Pode.

WM (RM) – Não precisa ser a música inteira, qual o solo que você se orgulha de ter gravado só uma parte do solo, um pouquinho antes até o final do solo que você fala, puta, esse aqui eu acertei, me orgulho de ter feito esse solo?

YP – Agora eu vou ter que lembrar, né? Um solo é difícil, mas eu acho que se for pro Metal um solo que eu gosto bastante é o solo de Heavy Rock, que eu tava começando a tentar ver como que funciona, aí ouvindo anos depois, é meio tosco, mas é um solo que…

WM (DD) – Bacana.

YP – Bacana.

WM (NM) – Tem o seu valor.

YP – Tem o seu valor, histórico. Acho que não é o melhor, o mais bem feito.

WM (DD) – Vamos ouvir inteiro, é pequenininha a música e é uma música histórica, a primeira música que ele gravou pelo Viper.

YP – Essa foi a primeira música composta pelo Viper, aí começou o Viper com essa música.

WM (RM) – H.R., Heavy Rock.

YP – Tá ótimo esse programa, meu. Sabe o que tá me lembrando? Aquele programa de TV… That Metal Show!

WM (DD) – That Metal Show! Então tá na hora de terminar o programa, né Rafinha?

WM (RM) – É, vamos finalizar aqui com o Yves Passarell.

YP – Pô, primeiro eu quero agradecer participar desse programa maravilhoso, décimo primeiro se eu não me engano e agradecer, porque eu tô entre amigos, isso é melhor ainda, porque a gente lembra das histórias juntos e todo mundo aqui participou delas. Então, Wikimetal pra todo mundo e vamos continuar ouvindo Heavy Metal que sempre é bom, só faz bem, principalmente quem tá começando aí a tocar, vai ouvir os discos do Black Sabbath, Iron Maiden, Judas Priest, vai ter muita inspiração aí. Então um grande abraço a todos e valeu. Rafa, Nando, Dani, tamo junto aí.

WM (NM) – Valeu, galera, obrigado aí por terem ouvido e espero que vocês tenham gostado desse programa Wikimetal.

WM (DD) – Valeu, Yves. Próximo: Iron Maiden.

Categorias: Entrevistas

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