Parecia que eles estavam realmente esperando por mim há muito tempo, quando eu fui para o palco, eu não conseguia ouvir nada além deles, não conseguia ouvir nenhuma música, só o ‘Uau da plateia, foi incrível.”

Wikimetal: Olá Tarja, aqui é o Nando do Wikimetal.

 Tarja Turunen: Oi, oi, como você está, Nando?

W: Bem, como você está?

TT: Eu estou muito bem.

W: Em primeiro lugar, deixe-me agradecê-la pela entrevista. É uma grande honra falar com você.

TT: Sem problemas.

W: Você poderia nos contar quem te inspirou a se tornar uma cantora? E como você começou a se envolver com música?

TT: Bem, desde que eu era criança, desde que eu nasci eu estava, de uma maneira ou de outra, cantando em todos os lugares. Minha primeira apresentação foi quando eu tinha três anos de idade, então era muito natural para mim ficar cantando por aí. Minha família é muito talentosa musicalmente. Mesmo que eu tenha sido a primeira a seguir a música profissionalmente, todos tem vozes muito boas, os meus pais e meu irmão mais velho. Então havia música na minha família, então quando eu comecei a tocar algumas melodias infantis no piano, ele me colocaram em aulas de piano quando eu tinha cinco ou seis anos. E o canto veio logo depois, mas o canto clássico um pouco mais tarde, porque se você é uma garota e está em fase de crescimento, o canto clássico pode ser muito perigoso se você começar muito cedo. Então eu comecei quando tinha quinze anos, mas acho que foi O Fantasma da Ópera que me fez perceber, de verdade, que eu queria me tornar uma cantora clássica. Eu queria aprender a usar a minha voz de uma maneira saudável.

W: E esse é o musical do Andrew Lloyd Webber… Você viu o musical ou só ouviu as canções?

TT: Eu só consegui ver o musical muitos anos depois, e eu chorei e chorei e chorei… Foi arrebatador, sabe, porque realmente era um sonho se tornando realidade. E eu já vi o “Love Never Dies”, a segunda parte do mesmo musical, e é fantástico. Então naquela época, quando eu era uma menina, eu sonhava com isso, é claro.

W: É fantastico, sim. São músicas muito boas. Mudando de assunto, Tarja, nós sabemos que a cena de rock na Escandinávia é muito forte, especialmente na Finlância, de onde você é. Sempre foi assim? Quais são as razões para isso acontecer e como é a cena lá nesse momento?

TT: É assim desde que eu me lembro. Desde que eu era uma menina, existem muitas bandas por lá. Não que todas essas bandas ficaram famosas internacionalmente, mas na Finlândia sempre houve essa cena de rock metal underground. E então quando começou a acontecer com bandas como  Stradovarius e Sentenced e Amorphis – essas foram, eu acho, as três primeiras que ficaram conhecidas no exterior – foi uma ajuda para que as outras fizessem o mesmo. E eu sei que… Eu não moro na Finlândia há muitos anos, eu não estou muito por dentro da cena mais, mas eu posso dizer que tem realmente muitas bandas, muitos clubes e festivais todo verão, quer dizer, o verão é muito curto na Finlândia, apenas três meses ou até menos, então há festivais em todas as cidades, todas as vilas, e a maioria são festivais de rock.

W: Eu sinto muita inveja quando você diz isso.

TT: É…

W: Podemos dizer que o hard rock e o heavy metal são predominantes na Finlândia?

TT: Sim, muitas bandas, muitas bandas grandes desse gênero estão atingindo o número um nas paradas da Finlândia.

W: Bom, isso é ótimo. Falando de estilo musical, como você compararia sua carreira solo com o Nightwish?

TT: Há muitas diferenças, se você considerar… Em primeiro lugar, eu diria imediatamente as letras das músicas, porque eu não escrevia as músicas no Nightwish, e eu escrevo as minhas próprias músicas, ou com alguém que eu goste de compor junto, é muito diferente, é claro, o que aparece. E é a minha paixão, como eu vejo a música atualmente e o que me influencia para escrever músicas. É claro que há filmes que eu adoro, e música clássica, até rock, rock puro e metal também. Então há todas essas coisas como impulso, mudanças dinâmicas na minha música, e você não pode… Se você ouvir os meus álbuns, você não pode dizer que são álbuns de heavy metal, eles não são – se você comparar bandas – eles não são álbuns de metal. Meus álbuns são… Eles são álbuns de uma artista, onde eu me senti muito livre para fazer as músicas, e dar todo o meu sangue, toda a paixão que eu tenho pela música e pelo amor. Então musicalmente há diferentes, é claro, os elementos são mais ou menos os mesmos, mas a produção é bem diferente, porque eu dou muito mais espaço para a minha voz como solista e para a orquestra e o coral. Eu sempre trabalho muito cuidadosamente com os produtores, eles tem que saber que deve haver um espaço para a orquestra brilhar na minha música.

W: Eu ia perguntar isso mais tarde, mas já que você mencionou, quão difícil foi para você começar a escrever suas músicas quando você começou sua carreira solo? E como você se sentiu quando seu primeiro álbum solo foi lançado e fez tanto sucesso e foi tão bem recebido?

TT: Todos os começos na vida, se você pensar bem, se você tiver que começar do zero, serão difíceis de um jeito ou de outro. Foi muito difícil para mim, porque eu não sabia se eu conseguiria fazer isso, em primeiro lugar. Foi preciso muita coragem, mas eu não fazia ideia nenhuma de que eu seria capaz. É claro que eu tive pessoas que me ajudaram, compositores profissionais, e eles tentaram desenterrar o que estava no meu coração e na minha mente e o que eu quero dizer, e foi uma grande experiência para mim começar dessa forma, porque como eu era respeitada e ouvida, pela primeira vez eu pude dizer: “Ok, eu quero fazer uma música sobre isso, e eu quero fazê-la desse jeito.” E foi a primeira vez que isso aconteceu, e foi incrível, uma benção. Agora já ficou mais fácil, já se tornou, de uma forma, algo praticamente normal. Nunca é fácil compor uma música, mas quando a música fica pronta, você sabe dentro de você se é uma música boa ou ruim, e todo o resto não importa. Há dias ruins, e algumas vezes você tem sucesso e algumas vezes não, mas há sempre um bom motivo para uma boa música no álbum.

W: E como você se sentiu depois desse desafio, que eu imagino que foi para você, ter um álbum tão bem recebido? Eu acredito que foi o que teve mais sucesso comercial na sua carreira, não foi? Ou estou errado?

TT: Sim, sim. Bom, se você considerar, eu só tenho dois álbuns, e o primeiro foi sim, é claro, e os tempos mudam, a indústria mudou, e eu tenho muita sorte de poder ter uma carreira internacional solo hoje em dia, porque isso é muito difícil. As bandas ficam na estrada, todo mundo está tentando sobreviver disso atualmente, já que os álbuns não estão vendendo mais, então é claro, definitivamente isso me deixa muito feliz, ter um monte de pessoas me apoiando e me amando em muitos países, em todo o mundo. E isso, é claro, é o que me faz continuar, o apoio.

W: Eu não tenho que te dizer que nós te amamos muito aqui no Brasil, você já deve saber disso, então…

TT: Eu fico muito feliz toda vez que eu ouço isso, acredite em mim.

 W: Eu acredito. De qualquer forma, nós nos encontramos brevemente quando você esteve no Rock in Rio no ano passado. Nós conversamos brevemente nos bastidores. Como foi essa experiência para você?

TT: Foi muito estranho, honestamente. Estranho em um sentido de que, em primeiro lugar, foi minha primeira vez no Rock in Rio, e foi a primeira vez do Angra, também, no Rock in Rio, se eu não estou enganada. Então foi muito empolgante para todos nós, e nós tivemos um ensaio no dia anterior e tudo deu certo, e então nós estávamos lá, e não fizemos passagem de som, e tudo estava atrasado, e a equipe estava se atrapalhando com os horários, e nós não cumprimos o tempo certo… Então houve muitos problemas, questões técnicas, mas nós tentamos fazer o nosso melhor, então mesmo que tenha sido muito difícil, eu me diverti muito com esses caras, foi um momento muito bom com a plateia brasileira. Parecia que eles estavam realmente esperando por mim há muito tempo, quando eu fui para o palco, eu não conseguia ouvir nada além deles, não conseguia ouvir nenhuma música, só o “Uau” da plateia, foi incrível.

W: E vai ser ainda melhor do que isso nos seus shows sozinha aqui.

TT: Sim, eu acho que haverá algumas lágrimas nessa noite.

Eu acho que tocar novamente com o Nightwish é muito difícil. Eu temo que seja quase impossível. Pelo modo que eu me sinto atualmente, o momento em que eu estou, eu realmente não estou procurando nada disso. Eu não poderia dizer nunca,  mas sinceramente, muito difícil.”

 

W: Mudando de assunto, Tarja, nós temos uma pergunta clássica no nosso programa, que nós fazemos para todas as pessoas que entrevistamos: imagine-se ouvindo música no seu ipod no modo aleatório, e uma música começa a tocar que você perde totalmente o controle, e começa a fazer head banging onde quer que você esteja. Que música seria essa, para que nós possamos ouvi-la no nosso programa agora?

TT: Uau, head banging…  Bom, tem uma música, “Bohemian Rhapsody”, quando a música cresce, quase no final, tem mudanças tão radicais. Desde que eu ouvi essa música pela primeira vez eu me apaixonei por ela imediatamente. É incrível, a letra, a interpretação do Queen, o Freddie Mercury, sabe, “a voz do universo”… Isso realmente traz uma energia muito boa ao meu dia.

W: Ok, então vamos ouvir “Bohemian Rhapsody” agora.

TT: Perfeito.

W: Você mencionou essa música, essa é uma das minhas favoritas de todos os tempos, eu acho que é uma das melhores músicas já escritas. Você falou do Freddie Mercury, quais são seus cantores favoritos?

TT: Eu fiquei muito triste quando soube da notícia da morte da Whitney Houston. Eu era muito jovem quando conheci a sua música e sua voz incrível. E ela foi uma grande inspiração para mim quando eu era pequena, eu cantava todas as suas músicas: “Didn’t we almost have it all” e “Greatest Love of All”, e todos esses hits que ela teve na época… E tanta potência com a voz, eu fiquei muito triste quando ela faleceu, há algumas semanas. Ela definitivamente foi um deles. Além disso, eu realmente adoro o Peter Gabriel, sua voz, seu carisma e sua personalidade também, todos esses anos de carreira, mesmo no Genesis ele era espetacular e ainda é. E ele é uma pessoa fantástica, eu tive a honra de encontrar com ele uma vez na vida, e eu nunca me esqueço disso. Esses dois cantores, pelo menos, com certeza foram muito significativos para mim.

W: Falando dos pontos altos da sua carreira, você cantou com tantas lendas do rock. Se você tivesse que escolher um momento especial na sua carreira, qual seria?

TT: Uau, essa é difícil. Eu fui muito sortuda, acredite em mim, eu tive muita sorte e foi abençoada por poder trabalhar com todos esses grandes artistas. E honestamente, hoje em dia eu vivo o meu sonho, eu vivo o meu sonho todos os dias sendo uma artista solo e fazendo a minha música. Todo dia é diferente, mas todo dia é como um sonho que se tornou realidade para mim. Mesmo que isso pareça muito ingênuo, é isso mesmo, porque todos os dias quando eu vou para o palco e vejo meus fãs lá, com lágrimas nos olhos e expressões felizes, me faz sonhar novamente, me faz viver, me faz acreditar no que eu faço. Então é muito difícil escolher apenas um dia do meu passado…

W: Bom, você preferiria falar algo que você ainda deseja que aconteça, ou um sonho que você ainda não alcançou?

TT: Bom, há muitos. Eu sou uma sonhadora, como eu disse antes, eu sou uma sonhadora – uma garota que sonha, e eu tenho muitos desafios na minha frente que eu já sei. Em primeiro lugar, o maior desafio é ser mãe – eu adoraria isso. É uma responsabilidade enorme e um grande sonho.

W: Bem, esse é mesmo um grande sonho. Eu não sou mãe, é claro, mas eu sou pai e isso foi um verdadeiro sonho para mim, eu vivo esse sonho todos os dias. Sendo uma mulher que canta, digamos, hard rock, heavy metal, que tipo de preconceito você já sofreu na sua carreira?

TT: Algumas vezes, se eu quero mostrar a minha música para algum promotor que ainda não ouviu falar de mim, ou se há uma possibilidade de fazer alguns shows em países que onde eu ainda não estive, ou onde não sou conhecida, mesmo que eu tenha alguns fãs, mas alguns promotores, se eles não me conhecem, eles gostam de descobrir como é a música que eu faço. E se você diz a palavra “heavy metal”, para alguns promotores é demais para lidar, porque algumas pessoas estão acostumadas com alguns tipos de artistas e outras com outros. Então já tive alguns problemas de conseguir fazer com que minha música seja ouvida pelas pessoas certas, de estar na estrada e fazer meus próprios shows. Mas fora isso, eu nunca tive nenhum grande problema. Por ser uma mulher, eu sou muito respeitada, principalmente porque eu sempre fui muito clara em relação a quem eu sou e de onde eu venho, de que eu não venho do heavy metal, e sim do canto clássico, que eu faço o que eu amo, as pessoas respeitam isso. Elas conhecem o meu passado, e sabem pelo que veem e ouvem. Fora isso, nunca tive nenhuma questão.

Eu só consegui ver o musical ‘O Fantasma da Ópera’ muitos anos depois, e eu chorei e chorei e chorei… Foi arrebatador, sabe, porque realmente era um sonho se tornando realidade.”

 

W: Mudando de assunto novamente, Tarja, não vou perguntar de uma reunião com sua outra banda, é claro, mas eu gostaria de saber se existe alguma chance de vocês dividirem o mesmo palco novamente, talvez em um “Jam session” ou em alguma turnê, há alguma chance de isso acontecer?

TT: Eu acho uma tarefa muito difícil, sinceramente. Eu acho que… Eu temo que seja quase impossível, sinceramente. Pelo modo que eu me sinto atualmente, o momento em que eu estou, eu realmente não estou procurando nada disso. Mas a vida é estranho, coisas estranhas e repentinas acontecem, então eu não poderia dizer nunca,  mas sinceramente, muito difícil.

 W: Sim, sim, eu só perguntei pensando no que aconteceu com o Metallica no aniversário de 30 anos deles. Mas eu não acho que nenhum deles jamais imaginou que isso poderia acontecer. Agora nós gostaríamos de ouvir uma música novamente. Eu gostaria que você escolhesse uma música que você sente muito orgulho de ter escrito.

TT: Uau… Na sua rádio, ok… Toque “Until my last breath”, porque essa música me passa uma energia boa e eu canto para os meus fãs até o meu último suspiro.

W: Voltamos da música, um dos nossos apresentadores, Daniel, está aqui.

W(Daniel Dystyler): Olá Tarja, como vai?

TT: Oi, como vai?

W(DD): Eu imagino que você não deve se lembrar, mas nós nos falamos brevemente no Rock in Rio, logo depois do seu show com o Angra.

TT: Ah, sim!

W (DD): Foi ótimo, você foi muito simpática. Deixe-me perguntar, como serão as set lists dos seus shows aqui no Brasil? Haverá músicas novas?

TT: Sim. Na verdade, eu tive muito cuidado com a escolha…. Eu escolhi as músicas com muito cuidado, porque, como eu me lembro, já faz três anos desde a última vez que eu estive no Brasil com a minha banda, então eu escolhi músicas para que os meus fãs possam ouvir, definitivamente, o maior número de músicas novas possível. Então é set list é muito rica, porque nós vamos filmar um DVD alguns dias antes, na Argentina, e vamos fazer isso pouco antes de estarmos prontos para arrebentar com vocês no Brasil, com uma set list muito rica combinando meus dois álbuns, com algumas músicas incríveis e algumas surpresas para a plateia brasileira, definitivamente.

W(DD): Eu tenho uma filha, ela tem treze anos. O nome dela é Amanda e ela te adora, e ela também ama O Fantasma da Ópera, ela ama as músicas. E ela sabia que eu provavelmente iria falar com você hoje, então ela pediu que eu te perguntasse: o que você diria para uma garota que acabou de decidir se tornar uma cantora de ópera, qual seria seu conselho? E também, como você se sente sendo um modelo para tantas jovens cantoras atualmente?

TT: Bem, como você disse, a sua filha ama O Fantasma da Ópera, essa foi a mais… Eu acho que uma das músicas mais importantes da minha juventude, foi o que me fez estudar canto clássico, me fez procurar um professor de canto clássico. E isso é algo que eu gostaria que você falasse para a sua filha: procure um bom professor, se divirta com o seu professor, ouça uma opinião profissional sobre você, veja quais as suas possibilidades dentro da música, porque é uma jornada, é uma aventura, é uma estrada pedregosa, de forma que não há apenas um caminho, há muitas pedras que vão atingi-lo, mas é uma aventura que te traz muito amor e bom humor. Mas confiar nos seus próprios instintos, e ser corajoso é, certamente, muito difícil na indústria atual, mas nunca perca a fé. Se você perde a sua fé, você perde os seus sonhos e então você se torna infeliz. E isso eu nunca sugeriria, quer dizer, há sempre soluções, há sempre portas abertas.

W(DD): Legal, muito legal. Nós estamos quase acabando nossa entrevista. Você já está trabalhando em um álbum novo?

TT: Sim, eu estou e já fiz bastante coisa, na verdade. Mesmo estando na estrada há muito tempo – essa tem sido a turnê mais longa da minha carreira até agora, eu estou falando com você agora da Cidade do México, e eu já estou na estrada há mais de quatro meses com a mesma bagagem, as mesmas cinco peças de bagagem, então tem sido difícil. Mas o álbum novo está ficando muito bom e eu tenho escrito muitas músicas e isso… A produção, espero, começara em junho, com a gravação da bateria e da guitarra na Argentina. Então quando eu voltar para casa na Argentina, em Buenos Aires, eu começarei a trabalhar no álbum muito rapidamente.

W: Ok, então Tarja, só para encerrar… Antes de terminarmos, eu gostaria de agradecê-la pelo seu tempo, mais uma vez. Você poderia deixar uma última mensagem convidando todos os seus fãs e todos os nossos ouvintes para seus shows no Brasil?

TT: Sim, é claro. Vocês são todos muito bem-vindos nos meus shows. Eu espero me divertir muito com vocês, senti muitas saudades, amo todos, e muito obrigada por todos esse anos que vocês estiveram comigo na minha jornada na música. Vocês estão trabalhando comigo, todos os brasileiros. Amo vocês. Vejo vocês em breve!

W(DD): Excelente, Tarja, muito obrigado pelo seu tempo, foi um prazer falar com você novamente..

 TT: Muito obrigada, vejo vocês em breve.

 W: Claro, nós estaremos lá em abril. Muito obrigado, Tarja.

TT: Obrigada, tchau!

W: Tchau tchau.

Categorias: Entrevistas

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