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Entrevista com John McMurtrie

São quatro anos da minha vida que estão no livro. E a maioria é desse ano, nós fizemos a turnê com o Iron Maiden, e depois, quando eu voltei, eu passei  três, quase quatro meses montando tudo.”

Wikimetal (Nando Machado): Aqui é o Nando e o Daniel do Wikimetal, como vai você?

John McMurtrie: Eu estou bem, cara, sim. Vocês estão me ouvindo bem?

W (Daniel Dystyler): Sim, estamos ouvindo bem. Aqui é o Daniel, como você está John?

JM: Sim, eu estou bem, cara, estou bem, muito bem.

W (DD): Excelente. Em primeiro lugar, parabéns pelo livro incrível que você laçou “On Board Flight 666”, é uma obra fantástica.

JM: Obrigado, muito obrigado. Eu estou muito aliviado que finalmente foi lançado.

W (DD): E como está sendo a repercussão do livro até agora?

JM: Boa, cara. Está sendo muito bem recebido. O comentário que eu mais tenho recebido é “Uau, que livro grande!”, mas todos os comentários tem sido muito bons, o que é um grande alívio para mim, porque, obviamente, são quatro anos da minha vida que estão no livro. E a maioria é desse ano, nós fizemos a turnê com o Iron Maiden no começo desse ano, e depois, quando eu voltei, eu passei os próximos três, quase quatro meses montando tudo, então eu estou muito feliz que está dando certo.

DD): John, eu gostei muito do seu texto no começo do livro, quando você compara a turnê do Iron Maiden com um passeio de montanha russa. Você poderia falar um pouco sobre essa sensação com os nossos ouvintes?

JM: Sim, claro, sabe, no minuto que você pisa no Ed Force One, você sabe que vai ser uma jornada, e você nunca sabe onde você vai parar, o que você vai ver, então é muito empolgante. Quer dizer, às vezes o Ed Force One pousa durante a noite, e nós conseguimos sair escondidos e vamos para o hotel tomar uma cerveja. Mas na maioria das vezes nós pousamos e tem milhares de pessoas fora dos hotéis, e é isso todos os dias, nós pousamos, a equipe monta a aparelhagem do show, nós assistimos o show do Iron Maiden, e partimos novamente. E nós fazemos a mesma coisa de novo, e é uma jornada, realmente é. Então é como eu disse, é uma passeio de montanha russa, você se segura lá, e depois quando a turnê acaba você quer tudo de novo, sabe, você realmente sente falta, sente falta da camaradagem da equipe, você sente falta da excitação dos fãs e os shows… Sim, é bem parecido com um passei de montanha russa para mim, eu acho.

W (NM): E John, você já trabalhou com tantas outras grandes bandas, você também trabalhou para a revista Metal Hammer, e outras revistas. Além dessa tune do Iron Maiden, quais outras coisas você vai se lembrar para sempre, que são inesquecíveis?

JM: Fora do Iron Maiden?

W (NM): Sim.

JM: Ah, cara, sabe… Eu sou um fotógrafo, um fotógrafo freelance há vinte anos. Eu acho que eu posso dizer que já fotografei praticamente todos os grandes músicos de heavy metal e hard rock durante esses anos, mas um dos momentos mais memoráveis provavelmente foi com os Foo Fighters. Eu me lembro de estar sentado no estúdio, ouvindo “In Your Honor”, o álbum dos Foo Fighters com o Dave Grohl. O Dave Grohl meio que passou todas as músicas para nós… Eu diria que as fotografias que eu fiz com os Foo Fighters foram bem memoráveis. Mas eu não acho que haja nada tão histórico quanto a fotografia do Iron Maiden que eu fiz nesses últimos anos. Eu realmente capturava coisas muito especiais.

W (DD): E o seu trabalho recente com o Avenged Sevenfold também foi muito bom, certo?

JM: Sim, sim, foi muito divertido. Nós fizemos uma cena do filme “Sin City” e na sessão que nós fizemos, nós tiramos as fotos em um hotel em Atlanta, e nós tínhamos umas réplicas de armas e coisas assim, nós assustamos algumas pessoas fazendo aquela sessão. Mas ficou muito legal, sim.

W (NM): Então John, deixe-me perguntar uma coisa: nós todos sabemos que os membros do Iron Maiden são muito… Eles gostam de manter a sua privacidade. Então como é para você, como fotógrafo, saber quando trabalhar e quando deixar os caras em paz? Há um limite claro? Como é isso para você?

JM: Sim, claro. Com o Iron Maiden é… Eles são bastante únicos, sabe, eles são muito genuínos. Muitas bandas de rock e heavy metal com as quais eu trabalho… Não estou dizendo que elas não são genuínas, mas há uma persona, um ego. Mas o Iron Maiden são pessoas muito naturais. E em relação à ser o fotógrafo, você meio que vai com a maré, sabe… O Bruce é um cara que está sempre muito ocupado, e praticamente tudo o que ele faz é passível de fotografia, o que é ótimo, porque uma momento ele está pilotando, depois ele este correndo, depois ele está lutando esgrima, e ele não tem problema. Mas eu acho que é uma questão de abordagem também, da parte da fotografia, nunca é bom ficar na cara de uma pessoa o tempo todo. Eu sei quando eu consegui a foto que eu preciso, e então eu dou um tempo e deixo-os em paz. Em relação aos outros, sabe, como eu disse, eles são pessoas genuínas, eles certamente fazem com que você perceba se eles não querem câmeras naquele dia. Mas em todos os anos que eu trabalhei com eles, esses últimos anos, eu nunca tive nenhuma briga. O Jannick é muito fácil de lidar, nós dois saímos para passear, ver o que tem pela cidade, e se há alguma coisa especialmente fotogênica… Há uma foto do Jannick em um templo na Coréia, e eu só disse para ele “Vamos, lá, vamos tirar algumas fotos aqui”, e ele é sempre muito legal com isso, ele é sempre fantástico. E sabe, o Nicko, se o Nicko está fazendo alguma coisa ele vem correndo até mim “Vem aqui, McMurtrie, vamos fazer isso” e nós vamos e tiramos fotos das coisas, e ele é muito bom em te encorajar a tirar fotos, “Ei, tira uma disso aqui”, e esse tipo de coisa. Mas novamente, é tudo uma questão da sua abordagem, eu nunca gosto de cruzar a linha, sabe, eu normalmente consigo perceber quando uma pessoa não quer uma câmera na sua cara, então eu não forço a barra. Mas em geral, a banda é tão fácil de lidar que é tudo muito simples, em relação à ficar com eles e tirar fotos.

W (NM): OK, então, mudando de assunto, nós temos uma pergunta tradicional no nosso programa, que nós fazemos a todas as pessoas que entrevistamos: digamos que você esteja dirigindo o seu carro com o seu ipod no shuffle, ou talvez ouvindo uma estação de rock no rádio, e de repente começa a tocar uma música que você tem que headbangear onde quer que você esteja. Qual música seria essa para que nós possamos ouvi-la agora?

JM: Ah, tem que ser “Raining Blood”, do Slayer, não é?

W (NM): Sabe, nós fizemos essa pergunta há pouco tempo para o Sam Dunn, e disse essa mesma música.

JM: Essa foi a última que vocês tocaram? Querem alguma coisa diferente?

W (NM): Não, não, nós temos que ser honestos, não é nenhum problema.

W (DD): Nós poderíamos tocar uma versão ao vivo da “Raining Blood” agora. O que você acha disso?

JM: Pode ser, ou vamos pensar… “Caught in a Mosh”, do Anthrax, ou “Indians”, essas também fariam isso comigo.

W (DD): Eu adoro as duas músicas.

W (NM): Excelente, do “Among the Living”.

JM: Sim.

W (DD): Você também já fez fotos muito boas com o Rise To Remain, a banda do filho do Bruce, e com a banda da Lauren Harris, filha do Steve. Há algum outro membro da família Iron Maiden que vai aparecer em breve?

JM: Algum outro membro da família, você diz?

W (DD): Sim. Qual é a sua relação com a família do Iron Maiden, em geral?

JM: É que eu conheço essas pessoas… Eu conheço essas pessoa, a Lauren e toda a família Harris, eles ficam com o Iron Maiden na estrada, então eu acabei conhecendo eles, especialmente a banda da Lauren Harris, na estrada. E o filho do Bruce, o Austin, ele também fica por aí. Mas sim, na verdade é bem engraçado, porque eu fui comissionado para fazer a fotografia do álbum do Rise To Remain, mas a comissão foi feita por um dos meus contratos regulares, através da EMI Records, e eu acho que eles provavelmente pensaram “Bem, ele deve conhecer o Austin, ele faria um bom trabalho.” Mas, sabe, com eles vindo nas turnês, eu faço sessões de foto da banda com eles e essas coisas, então… Eu tenho a oportunidade de conhecer essas pessoas, mas em relação à quaisquer outros mini Maidens aparecerem, eu não ser, nós teremos que esperar para ver, não é? Nunca se sabe.

Eu tive uma banda de thrash metal quando eu era bem mais jovem, mas nunca se sabe, nós podemos fazer uma turnê no Brasil um dia.”

W (NM): Excelente. Qual você acha que foi o trabalho mais difícil que você já fez até agora? E o mais emocionante, o que você pensou “Eu não acredito que eu estou tirando foto desse cara ou fazendo essa foto!”?

JM: Eu acho que isso era o caso quando eu era bem mais jovem, quando eu comecei a entrar para o mundo da fotografia de heavy metal e hard rock. Sabe, eu conheci os meus ídolos muito rapidamente, então, sabe, o Metallica e essas bandas, o Anthrax, eu cresci com essas bandas, o Slayer, então quando eu era bem mais jovem, eu ficava bastante intimidado, sabe, bastante impressionado. Mas conforme o tempo passa, e essa a parte triste de trabalhar com essas coisas, você se concentra mais na fotografia em si, então não importa tanto quem você está fotografando, obviamente isso é muito importante, então você fotografa a pessoa de um modo que seja verdadeiro para ela… Mas para mim, a coisa mais importante é, sabe, tecnicamente está tudo bem? Todo o equipamento está funcionando? Você só pensa no trabalho, então você se desliga. Mas depois você olha para as fotos depois de uma sessão, e você pensa “Uau, é o James Hetfield!”. É esse o momento em que você fica, não assustado, mas você percebe que você tirou fotos de uma pessoa de muita importância, seja o Ozzy Osbourne, ou quem for. Mas durante o trabalho, eu acho que você fica no modo fotógrafo, você se torna só o fotógrafo, você está fazendo um trabalho, e sabe, para mim, se eu não consigo as fotos, eu não recebo e não sou comissionado de novo, então eu fico nesse modo trabalho, mas não estou dizendo que eu não fico impressionado por essa pessoas, eu fico sim, eu acho que é incrível o que eles conseguiram, então, sim.

W (DD): No livro “On Board Flight 666” há um monte de fotos ótimas, como o Bruce pulando para todos os lados no palco, e há uma foto, em Buenos Aires se eu não me engano, tirada de dentro de um hotel, com uma multidão quase quebrando o vidro, e o gerente do hotel olhando de dentro, muito preocupado. Essa é uma das minhas fotos favoritas do livro. O que você se lembra desse momento?

JM: Sim, claro, quer dizer, esses spreads… Quando eu montei o livro, eu queria muito uma coleção de fotos que realmente contassem uma história, mas há algumas que falam de momentos muito particulares, e essa é definitivamente uma delas, em Buenos Aires. Nós saímos do Ed Force One, e então, lentamente, quando nós chegamos no hotel, nós percebemos que havia milhares de pessoas do lado de fora, ou seja, demorou um tempo até que nós conseguíssemos passar, até que a banda chegasse no hotel. E foi incrível, eu me lembro que todos entrarem, eu passei, eu tirei algumas fotos enquanto a banda acenava para a multidão, e então eu coloquei minhas malas no chão e me virei e pensei “eu tenho que tirar uma foto disso”, e era como um filme de zumbi, haviam milhares de rostos contra o vidro cantarolando e cantando “Run to the Hills”, o que é bem irônico, porque a banda tinha acabado de passar correndo. E o gerente do hotal estava tentando manter a calma de todo mundo, e dava para ver o vidro cedendo. Eu estava um pouco preocupado, mas ao mesmo tempo eu pensei “Bom, eu vou tirar foto disso, porque isso é incrível”. E eu me lembro que o gerente se virou para mim e disse “Pare de tirar fotos”, porque estava meio que… Estava estimulando os fãs do lado de fora, mas sim, foi muito muito memorável, as pessoas da Argentina são muito apaixonadas pelo Iron Maiden. E os brasileiros também, é claro.

W (NM): Você tem alguma lembrança especial das suas visitas ao Brasil com o Iron Maiden?

JM: Ah, cara, toda vez que eu vou para o Brasil eu vejo alguma coisa diferente. Eu amo esse lugar. Eu acho que já disse antes, que o show que para mim se destaca de todo o livro, não só por ser o Brasil, é o show na pista de Interlagos em São Paulo, em 2009. Era simplesmente uma atmosfera fenomenal, sabe, 2009, toda a plateia, 70 mil pessoas cantando “Ole, ole, ole”. A atmosfera estava elétrica, eu me lembro de quando a banda estava saindo da rampa para o palco, sabe, eles olharam uns para os outros como que dizendo “Esse show vai ser especial”, e realmente foi, foi simplesmente incrível. Mas para mim, como fotógrafo, toda vez que eu vou para o Brasil eu vejo alguma coisa nova, quer dizer, nós sempre nos divertimos em Recife, nós fomos para Belém, nós fomos para Manaus, para a floresta Amazônica, isso foi incrível. Toda vez… Quer dizer, o Rio foi tão especial, nós fizemos a pré-estreia do “Flight 666” lá, e São Paulo. Para mim, eu acho que São Paulo é a cidade. Toda vez que eu vou para lá eu me divirto muito, e as pessoas são legais, sabe, não há nenhum outro lugar como esse no mundo todo, eu acho, com essa paixão.

W (NM): Obrigado, cara, isso é um grande elogio para nós.

JM: Sim, claro.

W (NM): Então deixe-me perguntar, mudando de assunto novamente, quem são seus fotógrafos de rock preferidos?

JM: Fotógrafos de rock… Bem, nossa, cara, sabe, o meu fotógrafo preferido é um fotógrafo de guerra chamado Don McCullen. Ele ficou famoso por fotografar a guerra do Vietnã e outras coisas, então eu gosto muito dele. Mas ele não é um fotógrafo de rock. O Bob Carlos Clarke, ele fotografou o Ozzy Osbourne nos anos 80, e o trabalho dele é impressionante, eu realmente adoro. Tem outro cara, um fotógrafo de retratos chamado Mark Seliger, que ficou famoso por fazer muitos trabalhos para a revista Rolling Stone, ele fotografou o Nirvana e outras coisas, ele é um fotógrafo muito bom. E tem um outro cara maluco, David LaChapelle, ele é muito legal. Mas ele tem uma verba de centenas de milhares de libras para as sessões, então eu acho que se você tem esse tipo de verba, você vai ter uma sessão de fotos incrível, então eu tenho um pouco de inveja desse cara. Mas esses são provavelmente os caras que eu gosto de ver as fotografias, definitivamente.

W (NM): Então John, mudando de assunto mais uma vez, o que nós podemos esperar do John McMurtrie como guitarrista?

JM: Como guitarrista? Como você descobriu isso? Ah, cara, sim, eu tive uma banda de thrash metal quando eu era bem mais jovem, mas nunca se sabe, nós podemos fazer uma turnê no Brasil um dia, eu duvido muito, mas nós tínhamos um cantor que era um Hell’s Angel, e ele só conseguia escrever sobre motocicletas, todas as músicas eram sobre motocicletas. E era muito divertido, eu adorava, e foi assim que nasceu a minha paixão pelo heavy metal, eu costumava tirar as fotos da banda, sabe, no self timer, e foi assim que eu conheci esse outro lado das coisas, e adorei, todas as coisas da banda. Mas depois você começa a trabalhar como todas as pessoas, e não sobre tempo para fazer as coisas que a banda precisa, mas eu adoraria fazer isso de novo. Quem sabe um dia.

W (NM): Bom, eu tenho uma sugestão, talvez você devesse formar uma banda com o Sam Dunn – ele toca baixo, você toca guitarra, e vocês fazem as melhores fotos e melhores documentários de todos os tempos.

JM: Ah, olha só! Eu só preciso encontrar um baterista, você toca bateria?

W (NM): Não, eu toco baixo também, mas tudo bem.

JM: Bom, é isso aí, nunca se sabe, nunca se sabe. Nós devíamos fazer isso, isso seria incrível, não seria?

W (NM): Bom, da próxima vez que vocês estiverem no Brasil nós podemos organizar uma Jam session, e isso vai ser incrível.

JM: Seria demais, não seria?

W (DD): John, nós estamos encorajando todos os nosso fãs a comprar o seu livro na pré venda na Amazon e todos os outros locais onde está disponível. E se você tivesse que dizer a eles “Quando você comprar o livro, abra nessa página e olhe essa foto”, que foto seria essa?

JM: Ah, cara! Isso é muito difícil! A forma como eu montei esse livro, para ser honesto, é uma jornada, e quando você comprar o livro, abra no começo e leia o prólogo do Bruce, e ele dá todas as informações sobre como foi o processo de montar o Ed Force One. E então quando ele começa, começa em Londres, onde nós estamos no hangar, estamos esperando o avião, e depois disso, cada página é uma nova etapa, então para mim o livro foi montado como uma jornada, então comece pelo começo e vá em frente. Mas os pontos altos, cara, sabe, São Paulo em 2009 provavelmente, Interlagos, eu gosto muito das fotos de lá. Equador é muito legal. Uma das minhas fotos favoritas é uma do Ed Force One em São Paulo, rodeado por militares e você pode vê-los indo embora em fila, e esse foi um momento que durou literalmente um minuto depois que nós chegamos, e eu fiquei muito feliz que eu consegui tirar as fotos antes de os militares irem embora.

W (DD): É uma foto em preto e branco, certo?

JM: Sim, quer dizer, eu fiquei muito muito feliz que eu consegui a foto, porque aquele momento só durou um instante, e eu acho que é uma das fotos mais memoráveis realmente, ela resume bem o que é estar um turnê. As montanhas estão no fundo e os militares e o Ed Force One… Sim, essa é a foto que está na minha parede em casa.

Eu normalmente consigo perceber quando uma pessoa não quer uma câmera na sua cara, então eu não forço a barra. Mas em geral, a banda é muito fácil de lidar.”

W (NM): E John, por quantas fotos você teve que passar para escolher as que entraram no livro?

JM: Muitas. Demais. Esse é o meu problema, eu tiro fotos demais nessas turnês. Eram mais ou menos 130 mil fotos, então eu tinha 10 terabytes de hard drives na minha frente quando eu comecei a escolher as fotos do livro, e eu poderia ter facilitado a minha vida se eu tivesse feito esse livro em outro estilo, como um anuário da banda, isso teria sido muito mais fácil. Mas eu queria que o livro fosse uma jornada, sabe, para que o fã que abrir o livro sinta que ele está na estrada com o Iron Maiden. E por isso eu tive que colocar essas fotos específicas que contam uma história. Mas eu tive que passar por 130 mil fotos, e sim… Eu não me senti tão bem no final, devo dizer, meus olhos tinham ficado quadrados, foi uma loucura.

W (DD): Então já que nós já ouvimos “Caught in Mosh”, podemos ouvir “Indians” agora?

JM: Ah, vamos sim! Nós estamos tendo um programa do Anthrax, não é?

W (NM): John, deixe-me falar, honestamente, eu já vi muitos livros de fotografia de rock, e eu não me lembro de ter visto um livro tão bom quanto o seu. Eu admito os fotógrafos, porque eles têm esse dom especial de congelar um momento para sempre, o que é uma coisa muito difícil, e você faz isso extremamente bem, então eu quero te parabenizar pelo resultado do livro, nós não nada que não fosse de tamanha qualidade. Então se você está ouvindo essa entrevista agora, vá até uma livraria, ou entre no Amazon.com e compre esse livro, é o melhor presente de Natal, se você conhece alguém que gosta do Iron Maiden, você vai fazer essa pessoa muito feliz com esse livro como presente de Natal.

JM: Ah, eu adorei que você disse isso, Nando, adorei mesmo. No final das contas, o livro foi montado como um presente para os fãs. O agente, Rod Smallwood, tinha muita convicção de que se isso fosse feito, tinha que ser feito corretamente, e sabe, nós trabalhamos muito para fazer esse livro e realmente dar alguma coisa de volta aos fãs. É uma verdadeira jornada, e eles poderão ver como é estar em turnê com o Iron Maiden, então eu espero que vocês gostem, eu espero que vocês aproveitem a jornada.

W (DD): Sabe, John, eu tive a sorte de estar em Londres em outubro, e eu acho que o último dia da minha viagem para Londres foi o dia em que o livro chegou às livrarias, então eu comprei três livros, para mim e para meus amigos apresentadores do show aqui, eles ficaram muito felizes com o meu presente.

JM: Ah, então foi você que comprou! Muito obrigado.

W (DD): Então você poderia deixar uma última mensagem para todos os fãs do Wikimetal que estão ouvindo?

JM: Sim, cara, sabe, continuem detonando, continuem curtindo o metal, e eu estou muito ansioso para tirar fotos de todos vocês quando estiverem curtindo o Iron Maiden, quem sabe, talvez no ano que vem, ou depois desse, eu não sei o que eles estão planejando. Mas é sempre um prazer vir para o Brasil, é sempre um prazer curtir o som do Iron Maiden, e eu espero que vocês gostem do “On Board Flight 666”.

W (NM): Com certeza, cara. Muito obrigado pelo seu tempo, mais uma vez, e vamos manter contato.

JM: Ótimo, Nando. Eu verei vocês para tomar uma cerveja assim que der, cara.

W (DD): Muito obrigado, John.

JM: Obrigado, cara. Estou indo. Até mais!

W (NM): Até!

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