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Entrevista com Felipe Machado

Eu não mudaria a linha mestra da carreira do Viper ou até da minha vida pessoal”

Wikimetal (Daniel Dystyler): Fala moçada mais um programa Wikimetal começando agora, tô aqui Daniel Dystyler junto com Rafael Masini. Fala Rafinha!

Wikimetal (Rafael Masini): Tudo bem? Tamo mesmo começando com uma grande presença né?

W (DD): É um dos nossos maiores amigos e uma das pessoas responsáveis pela criação do cenário de Heavy Metal no Brasil né? Porque não dá para negar que a banda do qual eu e o Rafael, todo mundo aqui que acompanha o Wikimetal já sabe mil vezes que a gente já falou que a gente foi roadie. Não dá para negar que o Viper teve participação importantíssima na criação de todo cenário do Heavy Metal no país e guitarrista fundador e amigo meu pessoal e do Rafael faz tantos anos. Felipe Machado tá aqui com a gente é uma honra tá com você aqui.

Felipe Machado: Imagina, obrigado. Obrigado vocês. Parabéns pela iniciativa de criar esse programa, porque assim durante os anos 90 tinha bastante coisa de Metal. O Metal tava bastante em alta na mídia e hoje em dia não é mais tão fácil você encontrar programas dedicados então é uma iniciativa muito legal o que vocês estão fazendo e a internet é realmente o lugar para ter essas discussões.

W (DD): Legal e é muito interessante você tá falando isso porque a ideia do Wikimetal é exatamente essa. Anuncia-se um show de uma banda grande tipo sei lá, Iron, AC/DC, Metallica e é aquela puta loucura, site fora do ar. Metallica abre uma segunda noite no segundo dia, porque realmente tem uma demanda, todo mundo gosta, noites lotadas. Metallica na primeira noite 80 mil, na segunda noite 60 mil, 140 mil pessoas que gostam de Metal e que nem você falou não tem os espaços. Não tem os espaços é um exagero porque tem assim, a Kiss FM, o Vitão Bonesso, a Roadie Crew, a Rock Brigade, mas são poucos os espaços para a demanda existente.

FM: É verdade, com certeza. Quer dizer o que você ta falando é assim o público é muito maior do que como ele aparece na mídia. É verdade mesmo.

W (DD): Exato. Não fosse assim dava para comprar ingresso para o AC/DC fácil né, mas não dá. Eu varei a noite inteira tentando comprar e consegui às 7 da manhã.

W (RM): Eu varei a noite inteira e não consegui comprar.

FM: É, eu hoje trabalho num grande jornal então tenho algumas facilidades.

W (DD): Não vara a noite.

FM: Mas se tivesse que comprar seria complicado com certeza.

W (RM): É eu queria também só falar que o Dany apresentou o Felipe como grande amigo, grande guitarrista do Viper, mas por ser amigo, por a gente acompanhar o trabalho, o Felipe é um grande jornalista e eu já li 3 livros dele. Sendo o primeiro um romance foi o que cativou minha leitura.

W (DD): Olhos de chuva.

FM: Olhos cor de chuva.

W (RM): Uma autobiografia né Felipe?

FM: Mais ou menos né? Dizem que o primeiro livro é sempre autobiográfico. Depois teve O Martelo Dos Deuses também foi outro romance. Um saiu em 2002, outro em 2007. E depois dois livros mais jornalismo que eram versões em livros dos blogs que era o Ping Pong sobre as Olimpíadas da China e agora o Bacana Bacana sobre a África do Sul. Então legal Rafa, então qual que você não leu? Tá faltando um pra você.

W (RM): Eu não li o das Olimpíadas.

FM: Tá.

W (RM): Eu li o Bacana Bacana.

W (DD): E eu não li O Martelo Dos Deuses.

FM: Então tô devendo, tô devendo.

W (DD): Mas beleza. Ó queria começar fazer uma pergunta que eu já fiz para você e eu quero ver se a resposta vai ser parecida ou igual ou no fundo à medida que a nossa vida vai mudando nossa visão sobre as coisas vai mudando ela vai sendo moldada pelas nossas experiências, obviamente que a experiência que a gente vai adquirindo ao longo dos anos ela vai falando assim “Pô poderia ter feito coisas diferentes ou não”. Então a minha pergunta é bem nesse sentido. Se você voltasse 25 anos no tempo, no começo da carreira do Viper, quais são as coisas que você olhando de hoje você teria feito diferente ou faria diferente?

FM: Bom, assim, hoje em dia é muito mais, hoje é fácil você olhar e ver as coisas que foram erradas, mas na época…

W (DD): Até parece comentarista de futebol falando né?

FM: Exatamente é. Comentário só depois, mas assim enquanto tá acontecendo você não tem um distanciamento necessário para fazer essa análise, agora até consigo ver algumas coisas que foram erradas tal, dá até pra comentar. Mas na época, como você falou, as pessoas eram diferentes, as pessoas são diferentes quando são mais jovens e esse tipo de personalidade da juventude, ela também determina as atitudes e as decisões que você toma naquela época.

W (DD): É a minha pergunta não é nem no sentido de falar o que foi errado ou o que foi o certo. Mas do tipo assim, é justamente por conta da experiência que você tem hoje o que que você acha que você faria diferente?

FM: Diferente. É diferente é bom. Não mudaria assim a linha mestra da carreira do Viper ou até da minha própria vida pessoal. Acho que eu não mudaria nada assim, mas alguns episódios, que eu até lembro que eu conversei com você sobre isso. Teve uma época, por exemplo, o Viper começou com uma brincadeira de criança era muito muito infantil, era os amigos do prédio, eu o Pit e o Yves a gente morava no mesmo prédio, vocês até conheciam a gente dessa época, você me conheciam do Sion o Dany e o Rafa um pouco depois.

W (RM): Aham, dos prédios.

W (DD): Sabe que mês que vem, quando começa o ano letivo de 2011, comparando com o ano letivo de 81, são 30 anos né? Então a gente vai fazer 30 anos que a gente se conhece.

FM: É não vamos contar nossas idades. Mas tudo bem, já contou agora tudo bem. Então, quer dizer a gente era amigo há muitos anos. Então quando começou a banda nessa época todas essas decisões eram baseadas também na coisa que a gente queria mesmo né, na curtição. Pô pintou um convite para um show “Vamo lá!” Não ganha nada. “Tudo bem? E daí né?” Ah, mas precisa ir de Kombi viajar 7 horas pra Presidente Prudente “Ah vamo!” Então no começo tudo era festa.

W (DD): Era diversão.

FM: Era diversão e você aceitava tudo. Depois do primeiro disco que foi o Soldiers Of Sunrise em 87 começou a ficar um pouquinho mais sério porque tinha disco já, foi um dos primeiros discos de Heavy Metal do Brasil, teve uma produção legalzinha que nos diferenciou de algumas bandas dessa geração, na verdade até algumas eram um pouco mais velhas, mas enfim, dessa galera, da galera de São Paulo e esse disco, ele mudou um pouco as coisas que a gente começou a tratar o negócio um pouco mais sério, mas ainda era uma certa brincadeira, ainda a gente era muito novo, primeiro disco eu tinha 16 imagina, o Andre acho que tinha 15, o Pit tinha 18, mas era o único mais velho, o único maior, todo mundo era muito novo e depois em 89 a gente teve realmente o Theatre Of Fate que aí foi um disco realmente sério, veio o Roy Rowland um cara gringo, inglês, para produzir, a gente gastou uma grana pra trazer esse cara, pra fazer uma produção realmente que pudesse sair no exterior. O Soldiers acabou até saindo eventualmente, mas foi porque o Theatre acabou puxando o nome do Viper pra outros países, principalmente Japão e Alemanha. A partir de 89 a gente começou realmente a encarar a banda como um trabalho, quer dizer, a gente fazia faculdade, terminava o colegial, começou na faculdade, mas a banda começou a ser uma coisa que ocupava um espaço grande e a partir daí as nossas decisões passaram a ser mais profissionais também. Pô a gente vai conseguir fazer um disco com qualidade pra lançar fora? Então a gente começou a pensar nesse tipo de coisa. Depois do Theatre Of Fate quando saiu no Japão e teve um certo sucesso o Andre Matos saiu da banda e saiu realmente por uma decisão dele, ele queria na época levar a música clássica, ele é pianista, ele se formou na Santa Marcelina, ele tava acho que se formando, ele namorava uma menina que era violinista, ele queria ir por esse lado, a gente falou beleza Andre então faz o final da turnê e quando acabar a turnê você sai, não vamos falar nada pros fãs por enquanto, você sai e tudo bem. Tudo bem e daí a gente foi armando quem poderia ser o vocalista, o nome natural seria o Pit, porque o Pit…

W (DD): Já fazia backs.

FM: Exatamente, apesar de não ter aquela potência do Andre, aquele timbre super bom que o Andre tem, ele era uma voz mais grave um pouco, mas ele cantava bem, já fazia back, compunha as músicas, porque isso é super importante pra quem tá interpretando, o cara compunha as músicas então ele tinha uma intimidade muito grande com aquelas músicas, aquelas canções, escrevia as letras, não todas, mas assim ele compunha grande parte do material. Então a gente falou assim, bom o Andre saiu, vamos fazer o que? Vamos por o Pit, escolha natural, a gente até pensou será que a gente põe outro vocal, até pensamos tudo, mas depois acabou que ficou o Pit mesmo, começamos a ensaiar o material do Evolution e o Pit ficou. Nessa época o Viper começou a ter uma atenção fora no exterior grande porque o Theatre Of Fate fez um certo sucesso e o Andre esboçou uma tentativa de voltar, “Pô vamos fazer turnê no Japão e se eu voltasse pra banda?” O Toninho nos comunicou isso na época.

W (DD): Entre o Theatre e o Evolution né?

FM: É, ele comunicou pra gente isso na época e a gente pô, 21, 22 anos meio de certa forma até assumo um pouco a culpa disso, meio magoado até por ele ter saído da banda, eu assim “De jeito nenhum, porra Andre não, saiu saiu, que agora que a gente vai pro Japão o cara quer voltar, pô aí é muita folga não sei o quê, tal” e aí eu acabei sendo uns dos empecilhos, talvez o maior pra essa volta do Andre, isso eu me arrependo por exemplo, porque o Viper poderia ter virado uma banda por exemplo Helloween, Iron Maiden, uma banda realmente grande porque a banda era muito boa, as composições do Pit eram muito boas.

A partir de 89 a gente começou realmente a encarar a banda como um trabalho”

W (DD): O Andre é hoje um nome né?

FM: O Andre é um vocalista do nível de qualquer outro desses caras. Como vocalista realmente ele é muito bom, do nível desses caras até como Frontman, como artista. E engraçado, depois que a gente não quis essa volta, a gente foi pra Europa, gravamos Evolution e ele acabou junto com Antônio Pirani que era nosso empresário, meio as escondidas uma coisa “meio na moita”, montou o Angra que depois também se transformou numa banda de sucesso, na verdade seguiu uma fórmula que o Viper tinha aberto que era o Metal mais melódico com influência de música clássica, mas também tudo bem, mérito dos caras.

W (DD): Banda boa, né?

FM: Banda boa. Fez sucesso, faz até hoje.

W (RM): Boa. Lançou um CD ano passado muito bom. Sem o Andre né.

FM: Eu não, eu acabei perdendo, perdi contato total. Enfim, essa parte do Andre eu acho que foi um certo erro, poderia ter sido melhor se ele tivesse voltado até porque ele era o vocalista que caberia, eu não sei como seria o Evolution com ele, mas acho que seria uma coisa interessante.

W(DD): E de qualquer jeito a relação hoje com o Andre é super boa né?

FM: Não, logo depois assim, logo depois não, ficou uma época meio “puta…” a gente andou meio se estranhando, a gente também é amigo de infância de muitos anos.

W (DD): O Andre era do prédio do lado né?

FM: Era do prédio do lado, era desde o começo do Viper também, aí depois ficamos amigos tal, mas aí, bom, cada disco do Viper a gente queria fazer de um jeito. A gente via essas bandas Beatles, olha a pretensão, Beatles, Metallica, que cada disco era de um jeito, U2, e a gente falava assim bom cada disco do Viper tem que ser de um jeito também, então se o Evolution foi assim, o próximo tem que ser totalmente diferente.

W (DD): Coma Rage vai ser outra coisa?

FM: Exatamente, então assim o Evolution eu acho realmente que foi o melhor disco do Viper, foi o que a gente atingiu um estilo que foi bem original não acho que tem outras bandas que apareçam.

W (DD): Além das músicas a produção é muito legal.

FM: A produção muito boa. Do Charlie Baurfiend, exatamente.

W (DD): Foram feitos vídeo clipes de um nível realmente internacional né, a música o Everybody Everybody, como chama Rebel Maniac.

FM: Exatamente, os clipes foram muito legais, na época, na hora de fazer o Coma Rage a gente acabou, mudando, revolucionando totalmente o estilo e fomos gravar em Los Angeles, a gente começou a ouvir outras coisas, Soundgarden, não sei o que tal e já fizemos o disco mais diferente ainda, mais pesado. O Pit tava ouvindo muito o The Clash, essas bandas mais pro punk e tal, então as músicas saíram mais pesadas e daí talvez esse tenha sido um erro também.

W (DD): Então tá batendo exatamente com a resposta que você deu da outra vez, as 3 coisas.

FM: Como eu sou coerente.

W (DD): É você é coerente, vamos ver se a terceira você acerta, você tá indo na evolução cronológica, você já falou do Andre, beleza, concordo, não dá pra dizer que foi um erro porque a gente não sabe como seria .

FM: Exatamente, exatamente.

W (DD): É diferente.

FM: Mas o Evolution também é um disco ótimo com o Pit cantando.

W (DD): Isso, o Coma Rage né?

FM: É o Coma Rage.

W (DD): O Coma Rage é a parte que eu discordo eu acho assim, ainda bem que ele é daquele jeito, ainda bem que ele tem aquele peso, eu acho do caramba. E eu acho que o Deth Magnetic, porque eu lembro quando vocês gravaram Coma Rage eu já não era Rude, mas quando você me mostrou a master, antes de ser lançado, você me mostrou as músicas, você falou um negócio pra mim, você falou assim “A gente tá gravando desse jeito meio punk assim porque a gente acha, a gente chuta, que o Metallica, o próximo disco deles, depois do preto, depois do Load, acho que era antes do Load, depois do Black Álbum vai ser nessa linha punk, a gente tá chutando isso”, não sei da onde vocês tiraram isso da cabeça, eu lembro você falando isso pra mim e não foi, o Metallica foi pro Load foi para um lado completamente diferente.

FM: É verdade.

W (DD): O Death Magnetic, as bases do Death Magnetic pra mim é o Coma Rage.

FM: Então, tem uma música do Death Magnetic, não sei se é a música 3 ou 4, eu não lembro os nomes que a base é The Shelter.

W (DD): É igual.

FM: É a mesma base “tananan tananan tananan tantz tananan”, a base é muito parecido com The Shelter, eu ouvi e falei “nossa essa base eu conheço”, é mais complicada, mas ela é muito parecida.

W (DD): E tem vários trechos do disco que me lembra o Coma Rage toda hora, até melodia de voz é parecida.

FM: Eu gosto do Coma Rage, mas eu não gosto muito da produção dele, alguma coisa ali me dá uma impressão que ele foi gravado, por exemplo, muito rápido ou muito acelerado, porque assim quando a gente chegou lá, a gente tava em Los Angeles, era uma puta, tava no hotel, os 4, os moleques solteiros em Los Angeles, todo mundo detonando, enchendo a cara, gravando em Hollywood, conhecendo as bandas, White Zombie, Body Count, todo mundo naquela balada, White Zombie era bem mais pesado e tal, então todo mundo num clima mais assim, então a gente na hora de fazer os bpms, na hora de gravar, o Pit assim “Não não põe mais rápido, põe mais acelerado”, e eu lembro “Puts, será Pit?”, daí assim, hoje eu ouço o disco e falo “puta esse disco é muito acelerado”, as músicas são muito boas, Making Love, Blast!, mas eu ouço assim o disco e acho que ele tá meio rushed ele tá meio acelerado, eu acho se as músicas fossem um pouquinho mais lentas, não mais pesadas pra Sabbath, não isso, não Sabbath, mas deveria ser um pouco mais levadas assim.

W (DD): Legal.

FM: Mais tipo Evolution.

W (DD): E aí dar a dica pra você falar a terceira coisa que você falou da outra vez.

FM: A terceira coisa que eu acho que foi um erro.

W (DD): Seguindo a cronologia.

FM: Exatamente, que foi a coisa de cantar em português, que isso daí foi assim a gente sempre quis.

O Viper poderia ter virado uma banda como Helloween, Iron Maiden, uma banda realmente grande

W (DD): Não foi tanto pelo idioma né? Eu vou falar a verdade talvez a comunidade do Metal não goste do que eu vou falar, mas eu adoro aquele disco.

FM: Eu também gosto.

W (DD): Eu gosto pra caramba daquele disco.

W (RM): Eu também gosto.

W (DD): Só que ele não tem nada a ver com o Viper.

FM: Exatamente, só que ele não é um disco do Viper.

W (RM): Sabe de uma coisa ele não tem nada a ver com o Viper de estúdio eu lembro que eu também já não era mais roadie fazia tempo, eu fui num primeiro show…

FM: Num Show da 89 né, era pesado.

W (RM): Era pesado demais.

FM: Era pesadão.

W (RM): Eu falei meu Deus não é o que tá no disco

W (DD): Mas quem ouviu de estúdio fala assim Capital Inicial, Barão Vermelho.

FM: Legião falaram muito, Legião mais pesado. Esse foi outro erro, se fosse dizer um erro porque a gente tava vindo do Coma Rage que era um disco super pesado, vindo de uma turnê na Europa, Estados Unidos, gravando nos Estados Unidos não sei o que, pô de repente a gente grava um disco em português, corta o cabelo, louco né? Suicida?! A gente nunca ligou muito assim pras coisas, engraçado, vocês conhecem a gente né? Não é uma decisão tomada assim muito pensada, uma decisão bastante emotiva, então por isso eu queria voltar naquela história do começo. Apesar da gente ter virado profissional muitas das decisões tomadas ao longo da carreira, inclusive mais pro final, foram muito de base emocional, “Não! Vamos fazer isso porque a gente tá afim! É isso mesmo! Que se foda”.

W (DD): E acho que até a presença do Rafael e eu como Roadies do Viper durante acho que os discos de ouro da banda, o Evolution, o Theatre e o Soldiers mostra um pouco essas decisões emotivas afinal, tinha um laço de amizade comigo tinha a história que o Rafael já contou aqui no programa sobre “Take Hold Of The Flame” que ele conheceu o Osvaldo, ganhou uma palheta do cara e convidou ele pra ser roadie de guitarra sendo que o Osvaldo já tinha um roadie de guitarra.

W (RM): “Ah meu irmão tá sem”, sobrou pra o irmão.

FM: Era muito na base da amizade e das brincadeiras e de tudo e era legal que fosse assim mesmo, foi legal que foi assim. Hoje em dia a banda tá…. assim pra terminar esses erros. Eu acho que a gente deveria ter gravado esse disco talvez com outro nome, um projeto paralelo ou Pit Passarel, Pit Solo, qualquer coisa Víboras, qualquer coisa, qualquer outro nome que não fosse Viper e depois a gente voltaria a fazer o Viper quando tivesse todo mundo a fim de fazer.

W (DD): Legal, agora a gente vai ouvir um som, que eu vou te dirigir pra você escolher a música.

FM: É, manda.

W (DD): Imagina o seguinte, você tem um shuffle, um mp3 qualquer, que tem dezenas das músicas de Heavy Metal, das antigas ou das novas, mas de Heavy Metal, qual a música que quando cai no shuffle você fala assim “porra não consigo evitar de balançar cabeça nessa música?”

FM: Puta, eu diria isso aconteceu outro dia comigo, às vezes eu tomo banho ouvindo ipad, ouvindo ipod no banho, daí tocou uma música que eu falei assim “meu essa música é muito porrada” que era Metal Militia do Metallica, do primeiro disco Kill ‘Em All – Metal Militia.

W (RM): Estamos aqui com Felipe Machado, guitarrista do Viper. Ótima escolha, porque eu adoro Metallica, essa escolha foi…

W (DD): No nosso programa tem sempre uma briguinha assim, Iron Maiden, Metallica.

FM: Ah, o Rafa é Metallica e você é Iron Maiden?

W (DD): Na verdade os dois gostam de tudo, mas…

W (RM): Felipe, desde o primeiro episódio, do primeiro, eu falo que vou contar a história de que o Theatre Of Fate chamava End Of Fate, até dessas decisões que vocês tinham “Ah como vai chamar? End Of Fate”.

W (DD): Eu comentei com o Rafael que até hoje eu tenho uma camiseta escrita End Of Fate.

FM: End Of Fate, do Rio né? Época do Rio de Janeiro. De Santos!

W (DD): É isso aí. Isso mesmo.

W (RM): Lembra? A gente saia pra vender, os roadies saiam na fila pra vender, a gente saia vendendo as camisetas.

FM: Muito bem, é isso mesmo, tem que trabalhar mesmo.

W (RM): E aí, por que que mudou?

FM: End Of Fate? Essa história, bom eu acho que eu lembro mais ou menos. O comecinho desse disco foi composto quando eu tava nos Estados Unidos, mas a hora que eu cheguei o Pit começou a me mostrar e contar um pouco da ideia do disco e como é que seria, que que eu achava de um disco conceitual e eu achei uma puta ideia e a gente começou a discutir muito e a ideia era que o disco se chamasse End Of Fate – Fim De Um Destino, Fim Do Destino. E daí o disco era End Of Fate e a música era End Of Fate, o Andre cantava, era End Of Fate no estúdio e tal. Na verdade a decisão eu acho que foi do Roy Rowland, na verdade foi uma sugestão que foi do Roy Rowland porque ele achava End Of Fate para uma banda que ta começando uma carreira internacional um pouco pessimista, um pouco deprê, Fim Do Destino, pô primeiro disco da banda que vai sair fora, Fim Do Destino é meio Thrash.

W (DD): Eu lembro que ele falava também que era um negócio que sonoramente era uma coisa que meio que engasgava.

FM: End Of Fate…. End Of Fate… É tinha isso, daí eu lembro que ele sugeriu alguns nomes e a gente acolhia muito o que ele falava porque ele era inglês, ele era britânico, nascido na Inglaterra, então inglês era a língua principal dele. Então ele deu uma “buriladinha” nas músicas, corrigiu algumas coisas que a gente achava que tava certinho, mas que não era muito….

W (DD): Trocou um baterista aqui, ali.

FM: É trocou um baterista, ele realmente não gostou do Val, o Val tocava bateria, ele não gostou.

W (RM): Living For The Night lenta.

FM: Living For The Night ele pediu para ser o inicio lento.

W (DD): Ela era inteira rápida.

FM: Acho que era inteira rápida, foi muito bom. Não, não, Roy, praticamente tudo até o nome mesmo Theatre Of Fate se pensar era um nome legal. Eu lembro que na época a gente tinha um certo medo porque tinha um disco do Mötley Crüe que era Theatre Of Pain, era um pouco antes, mas a gente pensou Theatre Of Pain, Theatre Of Fate, Mötley Crüe essa banda meio Poser e tal, meio Glam tal, meio Hard Rock.

A gente via essas bandas como Beatles, Metallica, que cada disco era de um jeito, e queríamos que cada disco do Viper fosse de um jeito também”

W (DD): Deixa eu contar duas histórias do Theatre Of Fate que são legais, uma engraçada e uma curiosa. A curiosa é a seguinte, você deve lembrar que a ideia era ser uma música só, era uma música que ia emendando nas outras, então quem ouvir hoje, por exemplo, A Cry For The Edge o final tem aquele taran ran ran nan nan tan tan, termina com esse tan tan, que é o começo da música Theatre Of Fate.

FM: Ao vivo até fazia isso, a gente emendava algumas às vezes.

W (DD): A ideia era emendar o disco inteiro, essa era uma coisa, a outra coisa curiosa, você deve lembrar, eu acho que a gente tava em turnê lá no Paraná, não lembro se era Maringá, Ponta Grossa.

FM: Ponta Grossa talvez.

W (DD): E que foi o SP TV deles lá, Paraná TV noticiando, “Ah hoje a noite vai ter show do Viper, banda de São Paulo que tá aqui no Paraná vai ser em tal lugar, eles estão no lançamento do disco Theatre Of Fate que quer dizer Teatro Do Deserto”.

FM: Puta eu lembro disso, essa entrevista a gente não conseguiu dar, porque assim o baterista era o Guilherme né? Guilherme Martin que era um cara que era muito zueiro, muito engraçado e ele começava a zuar tanto e daí depois dessa, Teatro Do Deserto a gente não conseguiu mais dar entrevista sério, lembra?

W (DD): É, ele perguntava coisas e a gente dava risada.

FM: Qualquer pergunta tinha que gravar de novo, filmar de novo porque a gente não conseguia dar entrevista e o Guilherme era muito engraçado, a gente saia pela rua e ele saia mexendo com as pessoas, era muito engraçado, é uma das lembranças boas.

W (DD): Você lembra, foi nessa turnê, mas não lembro se foi nessa cidade que a gente ficou tomando cerveja a tarde inteira e o show era dez da noite e umas seis da tarde tinha uma entrevista na rádio e a gente foi na rádio, acho que você tava também, o Yves tava e eu fui junto assim só pra acompanhar e o Yves me apresentou na rádio como se eu fosse um saxofonista.

FM: Eu lembro, eu acho que eu não tava nessa entrevista.

W (DD): O Viper agora tem um saxofonista, Daniel Dystyler, e o cara me perguntou assim “Quais são as suas influências?” e eu falei John Barnes que era o ponta esquerda da seleção inglesa.

FM: Bom eu não sabia, então quer dizer que o Viper teve um saxofonista?

W (DD): Teve um saxofonista por uma entrevista.

FM: Não, na verdade depois o Viper teve, não teve saxofonista, mas no Tem Pra Todo Mundo tinha uns metais lá isso daí foi meio…

W (DD): Felipe conta pra gente como é que foi fazer a turnê com um dos meus heróis do Heavy Metal, gravou dois discos antológicos da banda que eu levo tatuada aqui comigo e você tocou com o Paul Di’Anno né?

FM: Paul Di’Anno muito bem. Deixa só antes de eu contar para os caras conhecerem é uma história legal. Essa história do disco ser uma música só a gente tinha tirado de dois discos na verdade o Close To The Edge do Yes e eu tinha um disco do Fates Warning que chama No Exit que as músicas eram todas uma coisa só, então a gente chupou desses dois discos. Mas do Di’Anno foi o seguinte, eu tava meio enferrujadão, o Viper não tava, eu tava parado o Renato Graccia tava tocando com umas bandas, com uns amigos tal e um desses caras tinha o contato do Di’Anno, não lembro como foi o negócio, mas assim o Di’Anno quando viaja ele faz shows com bandas locais, até para baratear eu acho né enfim, o cara ganha o cachê dele, chega lá, ensaia uns dias com as bandas e manda bala e faz a turnê e foi isso que aconteceu aqui. Então a banda do Renato que era o Sexta 13, chamava Sexta 13 que era o Cesão o De Mello, que o De Mello até depois foi tocar com o Viper, o Azeitona no vocal era uma banda assim dos caras ali e faltava um guitarrista para ser dois guitarristas, Iron Maiden tem que ter dois guitarristas né, lógico, não dá para fazer com o pedal oitavador meu, tem que ser ali Dave Murray e Adrian Smith. Daí o Renatão falou assim “Felipe você não quer tocar? Vai ter a turnê com o Di’Anno?”.

W (DD): Hoje dá para chamar mais dois guitarristas porque tem que ter 3 né, Janick Gers.

FM: Pô, é verdade se bem que esse aí não conta muito né? Você gosta né?

W (DD): Não, não gosto muito, mas alguém tem que ficar rodando a guitarra.

FM: Chama o Yngwie Malmsteen,

W (DD): Eu não gosto, eu não gosto.

FM: Ia ser um cara de luxo hein, Yngwie Malmsteen para rodar guitarra. Steve Vai também fazia. Daí teve esse convite para os shows então tinha a banda montada ele me ligou e foi assim, decisão: quer fazer ou não quer? Falei “Quando é?” ele falou “Em Fevereiro/Março” sei lá quando foi e eu falei “Quanto tempo é?” ele falou assim “+- uns 20 dias”, daí eu já tava no jornal, já tava aqui no Estadão, na época trabalhando tal daí falei assim “Bom, te dou a resposta mais a noite vou conversar por aqui ver se eu consigo tirar” 20 dias eu não posso chegar aqui e falar “Ô galera tô indo fazer uma turnê com o Di’Anno já volto”. Daí fui conversar com meu chefe na época, falei “Ó tô com férias atrasadas, gostaria de saber se eu posso tirar no mês tal tal tal de tanto a tanto” o cara “Não, beleza”. Liguei para o Renatão e falei “Renatão tô dentro”, daí a gente foi para um estúdio lá no Itaim aqui em São Paulo, começamos a ensaiar, só a banda sem o Di’Anno, com o Azeitona justamente cantando as partes do Di’Anno, os vocais do Iron e eram todas as músicas do Iron Maiden 1 e Killers e tinha mais umas 5 músicas da carreira solo do Di’Anno. Chamava Killers, depois chamou…. era Di’Anno carreira solo, o nome da banda era assim, eram músicas até legais, não eram tão boas quanto as do Iron, mas eram músicas boas, ok, legais, tinha até uma balada bem bonita, esqueci o nome.

W (DD): E ele tocava Ramones também né?

FM: Tocava música do Ramones, acho que era Blitzkrieg Bop. Daí a gente ensaiou umas duas semanas só a gente, daí o Di’Anno chegou, daí o Di’Anno fez uns 3 ensaios.

W (DD): Ele era legal, bacana?

FM: Um cara meio casca grossa o Di’Anno, mas um cara assim super legal, gente boa, Corinthiano fanático e muito gente boa, foi muito legal com todo mundo da banda, um cara super tranquilo, pé no chão, nem um pouco estrela nem nada, daí foi isso assim, a gente ficou bastante amigo, fiquei bem amigo do Di’Anno, ai teve uma coisa bem legal durante os ensaios que teve uma vez que a gente tocou Remember Tomorrow e a gente tinha tirado as músicas iguais né e daí quando acabou ele falou assim “Very good, better than Maiden”, foi melhor que o Iron Maiden, essa deu um certo orgulho.

W (DD): Esse é um elogio hein?

FM: Esse é um elogio porque o cara deve conhecer né porque ele tocou no Iron Maiden.

W (DD): Não sei se você lembra, acho que você não vai lembrar, mas quando acabou o show em São Paulo, acabou o set inicial e daí ia ter o bis, então saíram do palco, a volta pro palco, voltava a banda ele não e você chegava no microfone e falava assim “Transilvania” e aí começava a Transilvania que era a música instrumental não precisava dele no palco, voltava o bis com Transilvania.

FM: Muito bem começava com The Ides OF March. Puta, sensacional esse show, adoraria fazer de novo, mas daí então a gente fez, fizemos vários shows, fizemos uns 8 shows nordeste, sul, fizemos uns 9 shows, foi muito legal. Daí a gente fez uma festa na minha casa no final da turnê, ele era assim um pouco exaltado Jack Daniels aquela coisa, é um tipo de rockeiro de verdade.

W (DD): Leva a parte etílica a sério.

FM: E a gente acaba entrando na onda, Jack Daniels e tal. Teve uma vez que a gente fez uma festa no final da turnê na minha casa, na época eu era casado ainda com a Carol, você conhece e tinha uma mesa de vidro na minha sala e os caras começaram a querer jogar pôquer, daí o Di’Anno começou a querer jogar pôquer, o álcool, Jack Daniels, de repente eles quebram a mesa da minha casa, assim o vidro não quebrou, mas quebrou o pé que era um pé de madeira, quebrou o pé da mesa de jantar da minha casa durante a festa, daí minha mulher você imagina como gostou na época né? Daí ela vamos mandar todo mundo embora, daí eu “Não imagina, não podemos mandar é o Paul Di’Anno”, daí eu levei o tampo da mesa pro quarto e a festa continuou, sobrou até mais espaço.

Ser Heavy Metal é uma parte que eu sou”

W (DD): Pra gente ir para o último bloco eu queria que você escolhesse agora uma música do Viper, eu queria que você escolhesse uma música que você acha que pra você como guitarrista era desafiadora.

FM: Deixa eu pensar, uma música do Viper que era muito desafiadora..

W (RM): Por falar nisso, é verdade existe uma lenda urbana do Viper. É verdade que quando você terminou de gravar Theatre Of Fate o produtor Roy Rowland levantou pessoalmente para ir lá te dar um abraço pra te dar parabéns?

FM: Pode ser, não lembro exatamente, mas pode ser. As sessões do Theatre Of Fate foram bem pesadas.

W (RM): Era uma música difícil?

FM: Era, era bem difícil.

W (DD): Foi lá em Santa Cecília né?

FM: Foi no estúdio da BMG na época. Theatre Of Fate é uma das mais difíceis assim porque tem uma palhetadas e tem vários riffs em terças e tinha outra também que era bem complicada que era a Making Love era bem complicadinha. Tinha muita parte do Coma Rage desse disco novo Love is All era uma música bem complicada também comprida que até o Andre participa tem varias partes, vamos escolher…

W (DD): Making Love.

FM: Making Love.

W (DD): Boa! Making Love.

W (DD): Essa aí foi Making Love do Coma Rage muito bacana o som, a gente já tá chegando no finalzinho do programa queria só perguntar uma última coisa, na verdade é meio que agradecer por uma coisa que você faz, não sei se você faz de propósito ou é sem querer, mas pra gente que é desse meio de Heavy Metal é muito importante. Você tem um blog no Estadão que é muito acessado, o tema do blog não tem nada a ver com Heavy Metal, o tema primário né? Fala mais de relacionamento, do que as pessoas pensam, homem/mulher essas coisas, mas invariavelmente você tá inserindo coisas de Heavy Metal no meio, falando como é que foi o show dessa banda, daquela banda, ou discos novos que foram lançados e que isso sem querer ou querendo acaba fazendo uma das coisas que a gente quer cada vez mais diminuir o preconceito com o estilo e mostrar que não é só o cara que é bêbado, débil mental, cabeludo que gosta de Heavy Metal, você acaba misturando isso no blog que é muito bacana.

FM: Pô muito bom, obrigado. Eu faço isso mesmo inconsciente, porque ser Heavy Metal é uma parte que eu sou. O blog é uma coisa bem pessoal, eu não tenho nenhum tipo de edição, nenhum tipo de editor dizendo o que eu posso escrever o que eu não posso, eu escrevo sobre quem eu sou e quem eu sou o Viper tem uma parte enorme. Então eu acabo tratando esse assunto, vou tratar cada vez mais e também parabéns para vocês que estão fazendo a mesma coisa, só que estão com podcast, tentando organizar assim o negócio que pode levar mais informação para o pessoal que gosta de Metal.

W (RM): E Felipe, você acha que a gente consegue assistir o Viper?

FM: De novo? Puta, difícil né. O Viper deu uma parada depois do Love Is All que foi um disco bem legal, muito bom. Difícil uma banda voltar depois de tanto tempo e fazer um disco bom, mas depois assim cada um começou a fazer… eu realmente me envolvi muito aqui no Estadão com jornalismo, o Pit também passou, largou um pouco e passou a ser mais compositor mesmo tanto no Capital quanto da banda Metonol deu uma renovada no Metonol e tá tocando, o Val tinha acabado de sair, o próprio Ricardo foi fazer outras coisas então a banda deu uma separada mesmo.

W (DD): Hoje nenhum projeto?

FM: Hoje não.

W (RM): Nenhum reencontro só pra gente ver, com o Yves, o Andre?

FM: Sabe qual é o problema? Eu adoraria, só você tem que ensaiar né pra fazer um show você teria que ensaiar dias e dias, porque as músicas eram complicadas, se acha que aquele monte de terças, você acha que é fácil lembrar aquelas notinhas? Os solos?

W (DD): 08 de abril de 2015?

FM: Puta…

W (RM): Com Andre, Yves.

W (DD): 30 anos né?

FM: Tá bom vai, então 2015? Tá bom vai, se eu tiver vivo até lá.

W (RM): Quem na bateria, Renato?

FM: Ah o Renato, provavelmente o Renato que foi o baterista mais estável da gente. O Guilherme acho que não sei se tá tocando mais, o Guilherme virou meio produtor de show internacional. O Val tá tocando guitarra virou meio produtor também.

W (RM): Cassio?

W (DD): O Cassio fez a abertura do 4º episódio do Wikimetal.

FM: Jura! Vocês acharam o Cassio?

W (DD): Eu achei ele.

FM: Tô pra falar que ele tá me devendo uma grana, me dá o telefone dele que ele tá me devendo uma grana.

W (DD): Ele é diretor financeiro agora.

FM: É então agora eu vou cobrar.

W (DD): Beleza, pra terminar então, escolhe uma música do Viper pra gente ouvir, agora uma das que você mais gosta ou quer mostrar pra galera.

W (RM): Escolhe do Vipera Sapiens.

FM: Uau vocês tem esse.

W (RM): Eu tenho.

FM: Então vamos escolher Killing World foi uma boa. Uma pena que não saiu no Brasil.

W (DD): Pra quem não conhece Vipera Sapiens EP que foi gravado junto com o Evolution na Alemanha, boa parte das músicas integraram o disco Evolution e ficaram umas 4 ou 5 músicas que integraram um outro EP que foi lançado um pouquinho depois, mas não foi lançado no Brasil Vipera Sapiens capa branca.

FM: Bem legal.

W (RM): E qual música que tem outra versão?

W (DD): Acid Hearts.

FM: Acid Hearts, não saiu em nenhum lugar, mas tem Spreading Soul uma versão sem cordas, uma coisa só violão assim.

W (DD): É verdade.

FM: E Wasted, saiu uma versão Wasted Again que era uma versão curtinha.

W (DD): É isso aí! Valeu Felipe, brigadão por estar participando do Wikimetal.

W (RM): Por receber a gente aqui no Estado.

FM: Imagina, valeu aí. Depois vamos.. fiquem mais aí que a gente toma uma cerveja mais tarde.

W (DD): Boa.

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