O principal ingrediente de um bom show não são os efeitos especiais, as luzes ou explosões… É um bom repertório.”

Como preparação ao show de encerramento da turnê do Viper, nós entrevistamos cada um dos membros da banda para saber o que acharam e o que esperar desse último show. Nossa primeira entrevista foi com o grande Felipe Machado.

WM: Como todos nós sabemos, esse realmente será o último show da To Live Again Tour. Mas o que os fãs realmente querem saber é, será o último show do Viper?

FM: Este é o último show da turnê, mas não significa que é o último show do Viper. A turnê foi muito além das nossas expectativas, tanto é que tivemos que aumentar o número de shows para poder chegar a mais cidades. A repercussão na internet foi ótima, nossos fãs são os melhores do mundo. Nesse momento, no entanto, não podemos afirmar o que vai vir a seguir, até porque o Viper sempre foi uma banda muito intuitiva (para o bem e para o mal). A gente nem pensava em fazer um segundo show em São Paulo, mas foram tantos pedidos que nos sentimos obrigados a satisfazer os fãs e amigos. É uma forma de agradecer o público maravilhoso do show em SP no ínicio da ‘To Live Again’. Após o fim da turnê, o próximo passo é a mixagem e lançamento do DVD/CD ao vivo ‘Viper Live in São Paulo’, que acontecerá no dia 8 de abril de 2013. É provável que a gente faça alguns shows de divulgação, mas com certeza não serão no formato ‘Soldiers/Theatre’ na íntegra. Mas isso também depende muito da agenda de todos os integrantes, tenho meus projetos, o Andre tem a carreira solo dele… Enfim, vamos esperar o DVD sair.

WM: Qual foi, pra você, o ponto alto dessa série de 25 shows?

FM: Difícil dizer, porque foram muitos. O show em São Paulo, com toda aquela produção, público maravilhoso e casa lotada, certamente foi um deles. O primeiro show em Santo André, numa pequena casa de shows, foi incrível porque foi a primeira vez que tocávamos o repertório depois de tantos anos. Shows em Belém, Fortaleza, Porto Alegre… fora dos palcos, o ponto alto foram as viagens com os amigos de infância, as brincadeiras com a equipe… Só tenho duas palavras a dizer: ‘Obrigado, Martin’. O Guilherme sabe o que isso significa.

WM: O que você diria para os fãs que viajaram KMs para ver o show da banda e para aqueles que viajaram KMs para ver vários shows?

FM: Só temos que agradecer a presença dessas pessoas e torcer para que eles tenham saído satisfeitos. Como disse, nossos fãs são os melhores, muito queridos e carinhosos com a gente. Prova disso é o novo site
www.vipermaniacs.com.br, que eles fizeram com muito esforço e trabalho. Ficou incrível. Espero que o show tenha sido exatamente o que eles esperavam, ou melhor.

WM: Qual foi a maior lição e aprendizado que você leva dessa tour?

FM: Difícil dizer que há uma lição, mas eu diria que vale a pena reviver os sonhos. Porque essa turnê foi uma volta ao passado não apenas ao público que pode ouvir as canções daquela época, mas também para gente, que voltou a conviver na estrada após tantos anos. A lição também é que o tempo cria respeito pelas individualidades que cada um de nós temos; hoje entendo bem melhor quem somos e, até, quem éramos. Engraçado ver como cada um de nós tornou-se uma pessoa bem diferente do que era naquela época e, no entanto, igualzinho… Em relação aos shows em sim, aprendi que o principal ingrediente de um bom show não são os efeitos especiais, a técnica dos músicos, as luzes ou
explosões… é um bom repertório. Parece simples, mas é verdade. E as canções do Viper amadureceram muito bem.

WM: O que você acha que teria acontecido com o Viper se o Andre não tivesse saído depois daquele show no Dama Xoc em SP há tantos anos atrás?

FM: Impossível saber, né? Certamente o Evolution não seria exatamente igual se tivesse sido cantado pelo Andre; talvez nem as músicas seriam as mesmas, talvez nem existisse um som como o do Evolution. Se o Andre
não tivesse saído, também não teriam existido as outras bandas dele, talvez o Viper tivesse se mudado para o exterior… Como saber?

WM: Um dos maiores sucessos do Viper, o excelente disco Evolution, foi lançado há exatamente 20 anos. Os fãs podem esperar algum tipo de celebração para comemorar esse grande marco e esse grande disco?

FM: Há motivos para comemorar, realmente, porque é um disco muito legal. Temos algumas ideias, mas não há nada combinado.

WM: Em 2013 já foi anunciado o lançamento do DVD e do CD duplo Live in São Paulo. Como estão os preparativos para esse grande lançamento? O Viper prepara algo especial para essa ocasião?

FM: Ainda está meio longe, por isso não há nada planejado ainda. Mas é claro que vamos fazer alguma coisa, talvez alguns shows, talvez uma nova turnê… no mínimo, acho que a data merece uma grande festa.

WM: Vocês vão realizar algum tipo de gravação no show The Farewell Concert em SP no dia 2 de dezembro para o DVD Live in São Paulo?

FM: Apenas para making of, já que o show que sairá no DVD será o primeiro, filmado pelo Mauricío Eça e com produção da Dogs Can Fly. O segundo show de SP deve entrar como extra, assim como os shows em outras cidades. Filmamos a turnê inteira, então temos muito material para bônus.

WM: A To Live Again Tour foi uma turnê diferente, marcada pela emoção. Ficava claro para os fãs que viram o show, como a banda estava se divertindo no palco e como vocês continuam amigos depois de tantos anos. Qual o ou os pontos do show que mais te emocionavam?

FM: A turnê inteira teve mesmo esse elemento de emoção, até porque mexia com a nostalgia das pessoas. A gente também se divertiu bastante, apesar do cansaço com o formato do show – alguns chegaram a 3 horas de duração. Os momentos mais legais eram algumas do Soldiers, como Nightmares e Soldiers, e as tradicionais do Theatre, como To Live Again e Living for the Night. Também era emocionante ver a galera cantando os refrões de maneira geral, inclusive Rebel Maniac, que marcou uma outra época, mas que a gente não podia deixar de tocar.

WM: A To Live Again Tour vai deixar saudades?

FM: Com certeza! Qualquer coisa, em 2017 o Soldiers faz 30 anos (hahaha). Aguardem a turnê ‘To Live Again… Again’!

WM: Deixe um recado para os fãs do Viper que pedem insistantemente para que a banda não termine depois dessa tour

FM: Fiquem tranquilos! A banda não vai acabar, ela vai continuar funcionando, mas num ‘tempo Viper’, ou seja… não tenho a menor ideia do que vai acontecer.

O show de encerramento da turnê do VIPER acontece dia 02.12 no Via Marquês. Ingressos à venda na Ticket Brasil.

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Categorias: Entrevistas

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