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Ciça Moreira

Ciça Moreira. Crédito: Divulgação

Entrevista Ciça Moreira: vocalista lança ‘SÍNDRØME’

A artista também comentou sobre representatividade feminina e sua participação no Canta Comigo Teen

Iniciando sua carreira bastante jovem, Ciça Moreira vem ganhando espaço e reconhecimento dentro da cena do rock.

A vocalista, de 18 anos, já lançou 3 álbuns, além de ter participado do programa Canta Comigo Teen aos 13 anos.

Dona de uma voz característica, ela traz um carisma e presença de palco única. Recentemente lançou seu mais novo trabalho, SÍNDRØME (2024), que traz influências que vão desde dubstep e trap, até punk pop e metalcore.

Em entrevista exclusiva com o Wikimetal, a artista comentou sobre o recente registro, a nova geração do rock, representatividade feminina e mais!

SÍNDRØME marca um ponto importante na carreira de Moreira, trazendo uma evolução, se comparando a seus trabalhos anteriores. Ela percebe isso, especialmente, na composição das letras, além de sua voz.

Sobre seu processo de composição, ela explicou: “eu acho que cada música acaba sendo de um jeito diferente”.

“Eu sempre fui uma pessoa que gostava muito de letra, então eu escrevia a letra, depois eu ia pensar numa melodia, depois eu ia pensar numa base harmônica e tal. Mas eu tô começando a experimentar coisas novas.”

Ela relata uma novidade que implementou no projeto: “Tem várias músicas nesse álbum que não são só minhas. E tem algumas músicas que não são minhas, inclusive, que foram outros compositores que fizeram a música que eu escutei. E falei, ‘caramba, quero essa música no meu álbum.’ Foi uma coisa que eu também não tinha feito antes.”

A mensagem que o álbum traz é muito bonita. “Ninguém precisa estar bem 24 horas. Todo mundo passa por problemas. Eu acho que a ideia do álbum é realmente você achar um jeito de, tipo, de mesmo você estando com problemas, você sair dali.”

Muito se é falado a respeito dessa nova geração ter que “salvar o rock”. Mesmo que tenha sentido um pouco de pressão no início de sua carreira, ela conta que, “hoje em dia eu já não sinto tanto isso, hoje em dia eu já entendi que independente do que aconteceu, eu tô feliz fazendo a minha música, independente se eu conseguir fazer o rock ser o estilo número um escutado aí no Brasil, eu tô feliz fazendo as minhas músicas, e enquanto eu tiver pessoas me escutando, pra mim, eu já tô cumprindo o meu objetivo.”

Ao falar sobre a cena do rock, mesmo que a cena tenha uma predominância masculina, ela percebe “uma melhora ao longo dos anos”.

“Antigamente era muito pior. Então a gente vê mais mulheres querendo, sentindo coragem, sentindo a vontade para fazer o rock’n’roll, que eu acho super legal. Hoje em dia a gente vê várias. Mas ainda assim continua sendo um ambiente masculino, a gente consegue ver nos shows das bandas e tal, festivais que eu toco, que às vezes você vai ver no line-up, tem 40 bandas, e nas 40 bandas uma ou duas tem alguma mulher, então ainda é algo muito difícil, mas eu sinto que a gente tá conseguindo aos poucos, a gente falando sobre isso, a gente consegue aos poucos mais meninas aí, mais mulheres roqueiras fazendo música, a gente vai conseguindo isso aos poucos.”

Além de ter conhecido pessoas novas e adquirido conhecimento, a vocalista conta que a sua participação no programa Canta Comigo também foi muito importante para que as pessoas conhecessem seu trabalho.

“Eu lembro que as pessoas começaram a me seguir nas redes sociais, conheceram a minha música. Então, tanto pra divulgar o meu trabalho, tanto pra eu evoluir como artista, como pessoa, o Canta Comigo foi essencial. Eu sou muito grata pela experiência que eu tive lá. Foi incrível, incrível mesmo.”

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