Entrevista de Eric Campi
Texto de Daniel Dystyler
Às vésperas do lançamento do disco F8, o Five Finger Death Punch conversou com exclusividade com o Wikimetal.
A banda formada por Ivan Moody nos vocais, Zoltan Bathory e Jason Hook nas guitarras, Chris Kael no baixo e Charlie Engen na bateria, lança nessa sexta, 28, o oitavo disco de estúdio da carreira e o Wikimetal teve a oportunidade de conversar com Chris Kael, baixista da banda. Leia a entrevista na íntegra logo abaixo.
WIKIMETAL: Vamos falar do novo álbum!
CHRIS KAEL: É meio clichê, todo mundo fala que o último disco sempre é o melhor, é o favorito, etc. Mas pra gente, isso é verdade. Sob todos os aspectos, musicalmente, a relação dos membros da banda, nunca estivemos tão bem. Ainda mais com alguns de nós vindo de nuvens escuras, lugares sombrios e agora recuperados. O álbum é uma grande representação do momento que estamos vivendo.
WM: E pelos singles, parece que esse álbum é mais pesado. Você também acha isso?
CK: Sim, temos esse sentimento também. Acho que é o mais pesado até agora. As partes pesadas são muito pesadas. As partes melodiosas são bem melódicas, mais profundas, mais balanceadas.
WM: Esse peso foi intencional, né?
CK: Ah, definitivamente! Sempre fazemos as coisas intencionalmente [risadas].
WM: Um dos singles que mais gostei foi “Inside Out” que trata de um tema bem difícil, né?
CK: Sim, a maioria das coisas que falamos no disco são temas difíceis e da vida real. São experiências reais sobre vícios e sobriedade. E falamos em um nível emocional que as pessoas conseguem se conectar e por isso atinge tanta gente.
WM: O Ivan Moody esteve em reabilitação esses tempos e tudo mais. Você acha que esse tipo de experiência fez a banda se reinventar? O Zoltan falou que esse disco é a gravação de um grupo sóbrio.
CK: Ah, sim… Sempre é um desafio. traz a pergunta se a banda é capaz de produzir do ponto de vista artístico sem ter mais aquelas muletas pra se apoiar que um vício te dá. E receber o feedback do público de como a banda está bem, de quão insanos são os shows, ver a reação do público nas primeiras músicas nos deu as ferramentas e a confiança pra saber que não precisamos de vícios ou drogas.
WM: Com foi o processo de composição e gravação das músicas. Foi diferente das outras vezes?
CK: Foi diferente do anterior porque antes, o Jeremy [Spencer, baterista] e o Ivan iam primeiro pro estúdio e já meio que preparavam como ia ser. E sem o Jeremy pudemos arriscar um pouco mais e esticar um pouco mais nossas asas que talvez antes não estavam tão abertas.
WM: Você acha que esse álbum é um renascimento pra banda?
CK: De certa forma.. Acho que não é bem um renascimento, mas é mais como se tivéssemos trocado a pele antiga. Conseguimos mostrar melhor quem a gente realmente é. O 5FDP real.
WM: Vocês planejam tocar muitas músicas novas na nova tour?
CK: Temos tocado “Inside Out” nessa tour com o Megadeth. E dá pra ver que o público tem curtido. Depois que o disco sair e as pessoas conhecerem mais as músicas, devemos incluir outras faixas no setlist.
WM: E como é estar em uma tour com o Megadeth? E tocando depois? Agora vocês são uma banda gigantesca, não?
CK: Você pode dizer que a gente é uma banda grande. Eu não [risadas]! Foi um feeling incrível tocar com o Megadeth e a gente tocar depois foi meio irreal.
WM: Vocês vem pro Brasil?
CK: Espero poder ir ao Brasil logo. A primeira vez que fomos levou 10 anos pra conseguirmos ir. A expectativa era enorme e foi muito legal. Muita energia e mal posso esperar pra voltar. Obrigado por terem feito aquela experiência ter sido tão incrível e quero agradecer aos fãs brasileiros por isso.