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Blues Pills

Blues Pills. Crédito: Dana Trippe

Entrevista Blues Pills: últimos singles, novas inspirações e futuro do rock

A banda sueca lançou o último álbum em 2020 e agora se prepara para o lançamento de seu novo álbum, ‘Birthday’

Entrevista e texto por Joana Söt
Pauta por Bia Cardoso

A banda sueca Blues Pills, conhecida por seu som enraizado nas influências do rock dos anos 60 e 70, está de volta com novas inspirações e uma sonoridade renovada.

Em uma entrevista cheia de sorrisos ao Wikimetal, os membros da banda Zack Anderson, André Kvarnström, e Elin Larsson falaram sobre as mudanças em suas influências musicais, revelam histórias interessantes por trás de suas novas músicas e compartilham suas experiências nessa nova fase musical.

Essa fase tem como resultado o álbum Birthday, o quarto da carreira do grupo, que será lançado nessa sexta-feira, dia 02 de agosto.

Wikimetal:  Blues Pills já lançou quatro músicas do próximo álbum e podemos sentir algumas influências diferentes nele. Podem contar pra gente quais foram as principais inspirações?

Zack: No começo da banda, fazíamos um som mais puxado para [as décadas] 60 de 70. Aquele rock mais prog, mais psicodélico que fazia muito parte das nossas referências na época, quando éramos mais jovens. Hoje em dia ouvimos outras coisas, e consequentemente, nosso som acabou mudando.

Elin: Desses quatro singles, temos músicas inspiradas no (David) Bowie, mas também temos inspirações no Gorillaz, por exemplo. 

WM:  Existe alguma música que tenha uma história legal por trás ou que seja a sua favorita?

Zack: As quatro são incríveis para mim. Temos duas mais animadas e duas mais melódicas, música para todos os gostos! 

Elin: Eu gosto tanto de todas, porque são muito diferentes. Eu diria que “Piggyback Ride” e “Top of the Sky” são minhas favoritas. Em “Piggyback Ride” eu sinto uma vontade enorme de dançar e só mexer o corpo e quebrar tudo! (risadas)

Andre: “Piggyback Ride” é uma favorita com certeza.

WM: O que vocês querem causar nos fãs com todas essas referências e músicas?

Zack: Acho que o impacto das nossas músicas é diferente para cada pessoa. Faz parte da arte.

Elin: Queremos que eles sintam! Só isso! (risadas)

Zack: Eu amo quando tocamos em shows e podemos ver nossas músicas chegando em cada pessoa de um jeito diferente. Em “Top of the Sky”, por exemplo, nós escrevemos pensando nos Skywalkers, aquele pessoal que escala prédios pra postar nas redes sociais – e meio que pensamos sobre os limites das pessoas para chamar atenção. Mas já vimos gente chorando ouvindo ela, achando super romântica!

WM: Essa história me lembra o documentário Skywalkers: A Love Story. É literalmente sobre isso (todos dão risada).

Elin: Incrível! Esse pessoal é doido.

Zack: Preciso assistir isso o quanto antes.

WM:  O título Birthday me deixou curiosa. Como foi o processo dessa música?

Zack: Ela tem esse nome porque a ideia dessa letra veio no aniversário da Elin. Nós estávamos no México no dia dos mortos!

Elin: Foi uma época incrível para estar lá. Fomos para Guadalajara.

Zack: Às vezes rola de escrever música sobre literalmente qualquer situação que você vive. Nesse caso foi super legal, nós vimos um desfile de motos que nos inspirou a escrever sobre esse dia assim que voltamos pra casa.

WM: O último álbum dos Blues Pills foi lançado em 2020, durante a pandemia. Vocês acham que a banda mudou desde então?

Elin: Mudou bastante. Me fez sentir renascida. Acho que foi um momento de tanta reflexão, com certeza impactou o modo como criamos as coisas.

Zack: Foi a primeira vez que nós mudamos para cidades diferentes, então sinto que isso teve um grande impacto em como criamos música. De repente, nosso tempo pra criar, escrever e tocar juntos era bem menor.

Elin: Nossa primeira apresentação depois disso tudo foi numa despedida de solteiro. Nós chegamos lá e quebramos tudo! (risadas)

WM:  O primeiro álbum da banda, autointitulado, foi lançado há 10 anos, por isso vocês fazem parte de certa “new wave” de bandas de rock. O que acham das pessoas que dizem que o rock está morto?

Elin: Eles podem se fuder! (todos dão risada) Acho que o gênero não vai morrer nunca. O mundo precisa demais do rock nesse momento, em momentos de crise. Sinto que é uma expressão natural da situação. 

WM: Existem planos de virem ao Brasil?
Blues Pills: Estamos tentando! Seria maravilhoso, de verdade.

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