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Eloy Casagrande com Slipknot

Eloy Casagrande com Slipknot. Crédito: Divulgação/Instagram

Eloy Casagrande sobre entrar no Slipknot: “Sempre foi o lugar onde quis estar”

Baterista também revelou mais detalhes de sua audição com a banda e falou sobre Greyson Nekrutman

Em entrevista realizada na edição de janeiro de 2025 da revista Modern Drummer (via Blabbermouth), da qual é capa, Eloy Casagrande, baterista do Slipknot, deu mais detalhes de como foi o processo de sua entrada na banda, que se iniciou no final de 2023.

Eloy afirmou que a audição era “um grande segredo” e que ninguém poderia saber sobre, nem mesmo o Sepultura, seu antigo grupo. A decisão de fazer o teste estava em suas mãos, e decidiu fazer já que a banda brasileira iria parar.

“Tudo aconteceu no final de 2023, quando recebi uma ligação do empresário do Slipknot me perguntando se estava interessado em fazer uma audição com eles”, disse Casagrande.

“Naquele ano, o Sepultura decidiu parar de tocar, então foi uma decisão muito natural para mim – continuar tocando com outra banda, ao invés de me aposentar”.

“No final de [2023] e no começo de [2024], eu não poderia falar sobre [audição]- era um grande segredo e ninguém poderia saber, nem eles [Sepultura] sabiam – ficou apenas entre eu e o Slipknot”.

Perguntado sobre como é fazer parte da banda, Eloy disse: “Sempre foi o lugar onde quis estar. Cresci os ouvindo, então queria ter a experiência de tocar ao vivo com o Slipknot com uma máscara no meu rosto”.

“No meu primeiro show com eles, estava pensando: ‘Está realmente acontecendo. Meu Deus. Eu não posso acreditar'”.

Como foi o processo de audição?

Assim que foi convidado para o teste, Eloy levou seu kit de bateria a um estúdio em São Paulo, onde gravou vídeos para serem enviados a banda. Segundo ele, tocou seis músicas, sendo que escolheu três, enquanto “Eyeless”, “´Purity” e “Gematria” foram selecionadas pelo Slipknot.

“Meu voo estava marcado para ir à audição, então no final de janeiro [2024], fui a Palm Springs, Califórnia, e passei dez dias com eles lá. Nos primeiros cinco dias, a banda inteira estava ensaiando como se fosse um show. Todo dia, vinham com um setlist diferente, e nós apenas tocávamos essas músicas”, comentou Casagrande.

Casagrande também opinou sobre Greyson Nekrutman

Quando perguntado sobre Greyson Nekrutman, que o substituiu no Sepultura, Eloy diz: “Quando o vejo tocando, consigo me lembrar de mim mesmo no mesmo lugar. Quando entrei no Sepultura, tinha a idade dele. Isso é bem interessante.”

`É um baterista muito bom. Eu costumava vê-lo tocando vídeos que postava nas redes sociais quando ele estava tocando mais jazz e solos de bateria. Um músico brilhante e desejo a ele e ao resto da banda tudo de bom e tenho muito respeito por ele.”, disse Eloy, que revelou ter vontade de um dia reunir todos os bateristas do Sepultura.

Eloy auxiliou Nekrutman durante transição

Logo que foi anunciado, Greyson esteve no estúdio de Eloy em São Paulo para ensaiar e segundo o baterista, ambos tiveram uma “conversa muito boa”, com Casagrande dando dicas e conselhos de como as músicas deveriam ser tocadas.

“Ele tinha apenas duas ou três semanas para aprender todas as músicas, então eu dei a ele alguns conselhos como, ‘Costumávamos tocar essa música mais rápido. Tenha cuidado com esta música porque costumávamos tocá-la mais devagar.’ Não estava ensinando a ele como tocar as músicas porque ele pode tocar qualquer coisa que queira. Ele é um baterista incrível”, concluiu.

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