Jean Dolabella, baterista e guitarrista do Ego Kill Talent, falou sobre abrir os shows do Metallica no Brasil no podcast ibagenscast, conduzido por Manoel Santos. Ele contou que foi “uma mistura bizarra de sentimentos”.

O músico, que se apresentou em quatro shows da banda, disse que o principal impacto foi voltar aos palcos após a pandemia. “O mundo inteiro puxou o freio de mão, e na área do entretenimento foi muito bizarro o que aconteceu com a gente, o entretenimento depende da aglomeração, mas não podia ter nada, não podia realizar eventos.”

“E junta isso tudo com a coisa de fazer quatro shows em estádio com a maior banda de rock do planeta, então a parada foi muito intensa. Foi tudo muito, muito acima das nossas expectativas, foi tudo muito positivo, muito bom, e acima disso tudo ainda a gente teve um contato muito foda com o Metallica”.

Jean então fala sobre o tratamento do Metallica com as outras bandas. Ele conta que, por se tratar de uma banda tão bem-sucedida, ele e seus colegas esperavam um certo distanciamento entre eles o Metallica – o que não foi o que aconteceu. “A gente foi sempre muito bem tratado desde o começo, a gente se sentiu em casa, eles fizeram questão de deixar a gente assim, não só a gente como o Greta [Van Fleet], também. Quer queira ou não o Greta também é uma grande banda, tá no lugar muito foda, e é uma banda que, tipo o mais velho deve ter 23 anos de idade (risos), mas eles estão num momento muito bom, estão grandes”.

Ele contou também sobre o momento em que o baterista Lars Ulrich entrou no camarim deles: “Se não me engano foi no segundo show, no show de Curitiba, eu estava colocando a calça que eu ia tocar, era tipo quatro da tarde, estava na concentração do shows, os nossos eram às seis e meia. E aí o Lars entrou no camarim (risos). Daí todo mundo fica tipo ‘como lidar com esta parada’, ao mesmo tempo extremamente empolgado com a grandiosidade que isto representa, alguém como o Lars, representando a banda, entrando no camarim e perguntando se estava tudo bem, se a gente estava sendo bem tratado, já foi de cara um choque. E foi muito foda porque rolou uma conexão real, uma conexão de banda mesmo”.

Houve um segundo momento bem especial para o grupo, quando Raphael Miranda, baterista do EKT, entregou um presente para Lars e ele se emocionou. “O Rafa é muito fã do Metallica, é provavelmente a banda da vida dele. E ele fez uma caixa de bateria, ele construiu uma caixa, ele foi atrás da lâmina de metal, da solda, da furação, ele construiu uma caixa de 14 por seis e meio de alumínio de 3mm, uma sonzeira. Ele construiu ela para dar de presente para o Lars. E foi emocionante a parada, eu acho que o cara não esperava um presente assim, não é comum. E o Rafa contou pro Lars que ele é um dos principais motivos que ele toca bateria, foi muito emocionante. E na sequencia entra o James Hetfield, nem tinha dado tempo de assimilar a presença do Lars (risos), foi muito foda”.

Confira abaixo a entrevista na íntegra.

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Jornalista musical há 8 anos, é editora do Wikimetal, onde une suas duas grandes paixões: música e escrita. Acredita que a música pesada merece estar em todos os lugares e busca tornar isso realidade. Slipknot, Evanescence e Bring Me The Horizon não podem faltar na sua playlist.