Com 30 anos de carreira, Edu Falaschi finalmente está em um projeto solo com o álbum Vera Cruz, lançado em maio, mas pensou em desistir após deixar o Angra, banda na qual permaneceu por mais de uma década.
Em conversa com Nando Machado no quadro The Wikimetal Happy Hour desta semana, Falaschi explicou que teve um ano turbulento quando saiu do grupo de Rafael Bittencourt. “Pensei em desistir várias vezes pelo problema da voz que eu tive no passado”, contou. “Saí em 2012 do Angra, com problema de voz, minha mãe faleceu no mesmo ano. Foi um ano turbulento, horrível”.
O apoio do irmão, Tito Falaschi, e da esposa, Vivian Cabrini, foram fundamentais para a continuidade da carreira do cantor. “Eles falaram, ‘Nem f**endo, você conseguiu construir tanta coisa até aqui, você vai se curar, vai voltar e prosperar’”, relembrou. “De 2005 para frente, foi sempre uma luta, passei por muita coisa e essa coisa de pensar em parar passou mil vezes pela minha cabeça, não foi uma nem duas”.
LEIA TAMBÉM: Rafael Bittencourt, do Angra, elege ‘Temple of Shadows’ como álbum mais difícil da carreira: “Egos inflamados”
Sem citar nomes, Falaschi explica que acredita no poder de boas e más energias na vida de cada pessoa, e fez uma limpa nas redes sociais após esse período. “Encontrei muita gente boa, pessoas queridas que queriam meu bem e fui trabalhando em cima disso”, continuou. “O lance de estar perto de quem emana coisa boa é essencial. (…) Vou confessar uma coisa, teve um momento em que falei ‘vou zerar e apagar do meu celular quem não presta para minha vida’. No dia que fiz isso, abriu um novo leque na minha vida, mudou da água para o vinho”.
LEIA TAMBÉM: Rafael Bittencourt sobre preconceito musical: “Roqueiro gosta de se sentir segregado para se sentir especial”