ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 04 de abril às 21h. A jornalista tinha escrito que Edu falou que havia soado como Axl Rose. O trecho foi corrigido
Na noite do último sábado, 03, o palco do Tokio Marine Hall recebeu Edu Falaschi em sua turnê que revisita o DVD Rebirth.
Além da performance do vocalista, as bandas Storia e Noturnall também participaram do evento, antecedendo o show principal. A primeira deu início às apresentações, trazendo um power metal clássico.
Seguindo o grupo, foi a vez da Noturnall tocar. Como já é característico da banda, eles entregaram um bom show, que além de contar com boas músicas e alta qualidade técnica, também realizam um show dinâmico, com interações com a plateia. Thiago Bianchi (vocal), Victor Franco (guitarra), Saulo Xakol (baixo) e Henrique Pucci (bateria) trazem tecnicidade e um metal pesado, em perfeita sincronia.
Um ponto alto da noite foi a execução de “Cosmic Redemption”, música que integra o álbum de mesmo nome, lançado em 2023. Além de bastante melódica, ela traz os vocais de Bianchi em perfeita forma, que juntamente com o restante dos instrumentos, cria uma música excelente de se ouvir ao vivo.
Vale também destacar “Shallow Grave”, que traz uma sonoridade diferente da anterior. Sempre interagindo com a plateia, a faixa é mais lenta e ritmada.
Finalizando a sua participação, o Noturnall fez por volta de 50 minutos de show, entregando uma performance que vale a pena ser assistida.
Com a apresentação de Sérgio Sacani, o show principal teve um pouco de atraso. Marcado por um palco cheio de referências e elementos de pirotecnia, Edu Falaschi iniciou com “Nova Era”.
Um dos grandes expoentes do metal nacional, o Angra é a maior banda de power metal do Brasil, sua importância é inegável. Em 2001 lançaram Rebirth, um de seus principais álbuns, trazendo músicas que são definitivamente atemporais, destaque por sua qualidade, além de muito marcantes.
A turnê que o vocalista faz é uma celebração ao DVD lançado e ativa a memória e nostalgia até mesmo daqueles que não estiveram presentes na data exata de sua gravação.
Ter a oportunidade de ouvir as músicas que são performadas com menor frequência é uma chance única para qualquer fã do grupo e de Falaschi.
A banda formada por Raphael Dafras no baixo, Roberto Barros e Diogo Mafra nas guitarras, Jean Gardinalli na bateria e Fábio Laguna nos teclados, que o acompanha, é bastante técnica, e tem papel fundamental no desenrolar do show, com performances diferenciadas.
Entretanto, alguns trechos dos vocais são difíceis de ouvir, como ele já vem apresentando há algum tempo. A principal questão são os agudos, às vezes inaudíveis, outros não atingidos e outros não executados, como em “Angels Cry”, quando ele joga o refrão para o público.
“Heroes Of Sand” foi um bom momento, que empolgou o público, além de estar entre os maiores clássicos do grupo.
Algo que incomoda na performance são os falsetes, como por exemplo, em “Metal Icarus”. Eles soam destoantes e desalinhados do restante da faixa, criando quase como uma barreira invisível entre ele e o instrumental.
Porém, quando aposta em vocais mais graves, por exemplo, como na introdução de “Millenium Sun”, sua voz soa no ponto exato.
Há certos momentos em que ele canta agudos com precisão — como na nota final de “Make Believe” — e é como se ele estivesse, de certa forma, “guardando” sua voz para estes momentos mais especiais.
Antes de “Rebirth”, Edu Falaschi falou a respeito de sua vaquinha para o Rio Grande do Sul. A icônica faixa inicia-se de maneira calma, até que vira uma explosão sonora, em um metal pesado, com bastante potência.
Foram diversos os momentos de empolgação do público — como por exemplo, em “Nothing To Say” — sendo possível perceber faixa após faixa, em níveis diferentes.
Já perto do final do show, tocaram “The Number Of The Beast”, originalmente do Iron Maiden, antecedendo aquela que viria a emocionar o público.
Edu Falaschi é o responsável por dar voz à “Pegasus Fantasy”, na faixa introdutória do anime Cavaleiros do Zodíaco, e recentemente a regravou.
Encerrando o show, Falaschi e sua banda tocaram “Spread Your Fire”, sendo explosiva e veloz, com bastante uso de pirotecnias.
A turnê já está se encaminhando para as suas últimas datas. O bom repertório, com faixas icônicas e memoráveis, é algo imperdível, com o vocalista reforçando a sua importância para o metal brasileiro.
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