Nem mesmo os 11 graus que os termômetros marcavam quando o Dream Theater subiu ao palco, conseguiram esfriar os fãs que foram ao Tokio Marine Hall em São Paulo nesta quarta-feira, 31.
Quando as luzes se apagaram pontualmente às 21h, o barulho da casa lotada já mostrou como seria a integração com o público paulistano que estava ávido por reencontrar a banda de Boston que havia vindo ao Brasil pela última vez em 2019.
O show abriu com “The Alien” do último álbum, A View from the Top of the World (2021). E até mesmo o fato do microfone de James LaBrie não estar funcionando, acabou trazendo um tempero adicional: após o solo de John Petrucci, quando o microfone finalmente passou a funcionar, o público comemorou como se fosse um gol!
Além de “The Alien”, ao longo do show, o Dream Theater ainda tocou mais três músicas do disco novo: “Awaken the Master”, “Invisible Monster” e a faixa-título. Não parece muito, mas juntas somam mais de 45 minutos!
Aliás, a já tradicional longa duração das músicas da banda, permitiu que um meme brinque com a data do show, 31 de agosto: “O show do Dream Theater é tão longo que começa em agosto e termina em setembro.”
“6:00” do icônico álbum Awake (1994) manteve os fãs empolgados e cantando junto com Labrie. A música mostrou também o incrível virtuosismo do baixista e fundador da banda (e tímido) John Myung.
Porém foi em “Endless Sacrifice”, do disco Train of Thought (2003), que tivemos um dos pontos mais altos do show: o impressionante solo de Petrucci em parceria com o tecladista Jordan Rudess, arrancou gritos e aplausos da plateia. E quando Rudess foi com seu keytar para a frente do palco com Petrucci, foi um dos momentos mais marcantes da noite.
“Bridges in the Sky”, música do álbum A Dramatic Turn of Events (2011) que marcou a estreia de Mike Mangini na banda, mostrou o baterista sorrindo e se divertindo o tempo todo. Não apenas nessa música mas no show inteiro.
“About to Crash” do disco Six Degrees of Inner Turbulence (2002) recheou o gigantesco telão com imagens de lindas esculturas. Aliás a produção audiovisual com luzes e clipes durante toda a apresentação causavam um efeito espetacular com lindas imagens sincronizadas com a música, letra e tema.
O clássico “The Ministry of Lost Souls” do álbum Systematic Chaos (2007) com sua pegada mais cadenciada e melodiosa foi outro momento glorioso da apresentação.
Por fim, a última música do show “A View from the Top of the World” com seu começo épico e seus mais de 20 minutos inundou o mega telão com imagens do topo do mundo: escaladas ao Everest, equilibristas em cordas bambas no céu, saltos de paraquedas e outras imagens nos colocaram nas alturas.
Mas o melhor mesmo foi guardado para o final:
O Dream Theater voltou para um bis composto de uma única música (de 20 minutos, é bem verdade). “The Count of Tuscany”, a melhor música da banda dos últimos 15 anos desde o Systematic Chaos, fechou com chave de ouro um show impecável. As imagens da Toscana, da assustadora suposta mansão do conde e a musicalidade do final dessa música, foram de arrancar lágrimas e arrepiar.
E foi com esse final emocionante que o Dream Theater se despediu de São Paulo e partiu para o Rock In Rio aonde terá o desafio de tocar após o Iron Maiden e encerrar o dia do metal, nesta sexta-feira, 2.
Confira o setlist e as nossas fotos exclusivas tiradas pela nossa colaboradora Leca Suzuki:
- The Alien
- 6:00
- Awaken the Master
- Endless Sacrifice
- Bridges in the Sky
- Invisible Monster
- About to Crash
- The Ministry of Lost Souls
- A View From the Top of the World
BIS: - The Count of Tuscany
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