Texto por: Leonardo Ereno

Dois nomes históricos do punk rock entregaram shows cheios de energia e conexão com o público. Com repertórios repletos de clássicos e muita presença de palco, Descendents e Circle Jerks conquistaram o público curitibano na última sexta-feira, dia 13.

Em plena sexta-feira 13, o Tork’n’Roll recebia um grande – e diverso – público. Além daqueles que estavam presentes para prestigiar bandas que marcaram sua juventude, havia também um grande público mais jovem que buscava vivenciar os dois grupos que, além da própria discografia de peso, também foram referência para diversos outros artistas que vieram depois. 

Às 19h30, em um início pontual, Circle Jerks subia ao palco. A banda liderada por Keith Morris (ex-vocalista do Black Flag) fez uma entrada modesta, sem muito alarde. Após uma pequena conversa do frontman com a plateia, o show começou de forma impactante e explosiva. Logo após as primeiras músicas, Morris fez uma pausa para exaltar Joey Castillo, o baterista da banda, que, por sua vez, teve uma exímia performance.

Além de enérgico, o show se mostrou muito dinâmico, com diversas músicas tendo o ritmo acelerado durante o clímax. Com a trilha sonora perfeita e em meio a rodinhas punk e muito crowdsurfing, o público também não deixou a desejar ao sintonizar com a atmosfera caótica proposta por Circle Jerks.

Após um setlist de aproximadamente uma hora, os membros carismáticos da Circle Jerks anunciaram que o público teria um pequeno “intervalo” de meia hora até a próxima atração e se despediram.

Acompanhando a pontualidade do primeiro show, os Descendents subiram ao palco às 21h, abrindo com a música Feel This. Logo de início, a banda mostrou um grande carisma e presença de palco, com destaque para o vocalista Milo Aukerman, que fez questão que todos soubessem que eles estavam genuinamente felizes por estar ali performando.

Além de constantemente ovacionar a banda, o público marcou presença cantando fielmente as músicas Silly Girl e Hope. Apesar do calor intenso provocado pela casa cheia, a energia da plateia só aumentava com o passar das músicas, ao mesmo tempo em que mosh pits e crowdsurfing rolavam soltos. O ápice do show aconteceu durante I’m the One, Suburban Home e Everything Sux, três clássicos que levaram os fãs a um estado catártico e mostrou que Descendents é, de fato, uma grande banda.

Outro ponto a se destacar é a postura performática de Milo que, com sua audácia no palco, estabeleceu uma conexão sincera com o público e mostrou que o show do Descendents não é somente uma apresentação, mas sim uma celebração da história da banda e de tudo que ela representa, tanto para os fãs mais oldschool quanto para os mais novos.Descendents e Circle Jerks definitivamente convenceram e tornaram a noite do dia 13 no Tork’n’Roll inesquecível. Com performances dignas de ápice de carreira, era fácil esquecer que os músicos ali presentes estavam na casa dos 50 e 60 anos. Eles nos mostraram que, quando se fala de punk rock, a idade é um mero detalhe.

Confira as fotos por Sophia Dias de Souza:

Com um time formado por mais de 20 repórteres e fotógrafos, a redação do Wikimetal traz todos os dias notícias, coberturas, entrevistas e outros conteúdos relevantes no mundo do rock e do metal.