Dee Snider sempre defende aquilo no que acredita de maneira pública, sem meias palavras. Após se revoltar com protestos anti-máscaras ao som de Twisted Sister e se pronunciar sobre leis armamentistas nos Estados Unidos, o cantor compartilhou a opinião sobre a cultura do cancelamento.
Para abordar o tema, Snider lembrou quando foi testemunha contra a censura de álbuns musicais com conteúdo considerado ofensivo em 1985. Na época, um comitê de pais acusava bandas de obscenidade nas músicas e o caso chegou ao tribunal.
“É censura. E a censura mudou bastante. Quer dizer, você pensa em quando eu estava em Washington testemunhando. A propósito, foi um esforço bipartidário – foram os democratas e os republicanos que se uniram para colocar uma coleira no rock and roll. Mas foi definitivamente uma atitude conservadora – foi uma atitude mais conservadora, querer censurar a música”, declarou à rádio WGN 720 (via Metal Sucks). “Agora a censura ainda existe, mas foi da direita mais para a esquerda. Estamos neste mundo virtual onde temos que ter cuidado com o que dizemos e quem ofendemos, e isso é uma coisa muito estranha”.
Atualmente, Snider trabalha no álbum solo Leave a Scar, com previsão de lançamento para julho deste ano. Por causa das fortes reações do “cancelamento” de artistas, o artista pensou em mudar algumas letras. “Eu comecei a questionar as metáforas que estava usando – metáforas, o que seria da arte sem elas, sabe? Onde estão as letras e a escrita sem metáforas?”, continuou. “Mesmo assim, eu pensava, ‘Será que posso falar isso?’ (…) e me censurando por causa do estado atual das coisas.
Alice Cooper também criticou o politicamente correto e a cultura do cancelamento em recente entrevista. Para o músico, esse tipo de pensamento também ameaça a existência da arte.
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