Dead Fish está retornando aos palcos, mas o vocalista Rodrigo Lima aponta uma cobrança desproporcional com artistas fora do mainstream quando se trata de não realizar eventos.
“Eu acho que tá todo mundo da banda doente. Falando sério, geral tá doente mental. A gente voltou ano passado, com [um] baita medo. Depois teve os quatro shows do Hangar e a ômicron comeu solta. Mas a gente exigiu passaporte de vacina e, até onde sei, todos estão bem. (…) É uma situação muito complicada porque nós somos os primeiros a ser afetados e provavelmente os últimos a serem assimilados de volta na vida cotidiana”, disse em entrevista à Abstratti Produtora.
Mesmo seguindo o protocolo de exigir comprovação de vacina, Lima sente que existe mais pressão com alguns segmentos da indústria do entretenimento quando se trata de retomar às atividades.
“Estou vacinado, preciso achar outro caminho. Existe um projeto de aniquilação do meu meio. Outros setores como futebol ou música sertaneja seguiram. Não que eu seja contra, de boa, adoro futebol, só não sei se sou muito fã de sertanejo. Enfim, eles têm direito de continuar trabalhando. Só que eu pagar por isso, depois de dois anos, não dá”, continuou.
Apesar disso, o vocalista está animado com a oportunidade de estar na estrada novamente. “Estou feliz de estar assumindo esse risco, de estar puxando essa corda — mesmo sendo acusado de um tanto de coisas. Vejo que muitas pessoas ficam felizes. Elas vão continuar lá com seus procedimentos de segurança, porque hoje o mundo é outro. A vida mudou, não vai ser mais a mesma coisa”, concluiu.
Neste mês, o quarteto tem shows marcados em Curitiba (dia 25/03, no CWB Hall), Porto Alegre (no dia 26, no Opinião) e em Florianópolis (em 27/03, no John Bull Pub). Mais informações abaixo.
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