No lançamento de seu segundo álbum solo, Skyscraper em 26 de janeiro de 1988, David Lee Roth não apenas desafiou os padrões musicais, mas também a própria morte.
A capa do álbum mostra o momento tenso durante uma sessão de fotos arriscada no Half Dome, uma imponente formação de granito no Parque Nacional de Yosemite, Califórnia.
Fotografia no limite
Apesar de sua experiência como alpinista, Roth enfrentou a escalada auxiliada, uma técnica pouco familiar para ele.
Acompanhado pelos alpinistas experientes Werner Braun e Ron Kauk, o fotógrafo Galen Rowell se juntou ao grupo buscando a imagem perfeita. O cenário escolhido tinha uma elevação de 4.373 pés (aproximadamente 1,3 km).
Após enfrentar desafios na busca por um local seguro, Kauk instalou pitons em uma escalada classificada como A4, descrita como um “pesadelo de rocha podre e blocos mortais”.
Com Roth tremendo de medo, Braun usou artimanhas para convencê-lo a confiar na estrutura precária.
A tensão atingiu o ápice quando Roth, temendo por sua vida, finalmente subiu na armação instável. A câmera disparou, capturando sorrisos e respirações profundas.
Rowell, em tempo recorde, registrou 20 rolos de filme antes de Roth retornar em segurança. O piton, que parecia segurar a vida do músico, saiu com um simples movimento da mão de Braun. Em reconhecimento, ambos os alpinistas receberam um mosquetão de ouro gravado com as palavras “Diamond Dave.”
O incansável aventureiro
Essa experiência não foi o único encontro de Roth com a morte. O vocalista coleciona aventuras que vão da Amazônia ao Himalaia, enfrentando perigos e superando lesões, incluindo passar dois anos sem um dente molar posterior devido a traumas durante um episódio de dengue.
Mesmo com a família acostumada às idas frequentes ao hospital, Roth continua a desafiar limites, redefinindo não apenas a música, mas sua própria existência.
Ouça o álbum:
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