Em entrevista ao Rock Talks, o baterista David Kinkade, que gravou o álbum Enslaved do Soulfly, fez várias declarações sobre a gravação do disco, a participação de Marc Rizzo e a relação com Max Cavalera.
“Eu pensei que o Marc ia deixar o Soulfly muitos anos antes – ele é um guerreiro – um dos melhores guitarristas com quem já toquei, provavelmente o melhor. Ele carregavas nas costas as partes dele e as do Max em todas a turnês que fizemos.”
“Quando estávamos no estúdio gravando o Enslaved, o Max passava apenas 2 horas por dia com a gente. O esquema no estúdio era curioso: Zeuss [produtor do álbum] e eu chegávamos às 7 da manhã e ficávamos ouvindo e mexendo em tudo que havíamos gravado no dia anterior. O Max chegava umas 11 ou meio-dia, e a gente mostrava pra ele as músicas que ficamos gravando até, algumas vezes, 2 da madrugada. Dormíamos 4 ou 5 horas por noite.”
“O Max ouvia e falava ‘meu, isso é matador’. Ligavamos os instrumentos, tocavamos um pouco. E depois ele ia embora.”
“Toda noite, iamos pra sala de controle, eu, Marc, Tony [Campos, baixista] e Zeuss. O Marc compunha os principais riffs das músicas. Tipo ele compôs sozinho a parte do meio de “American Steel”; o riff principal de “World Scum”; o principal riff de “Plata O Plomo”, a intro que abre o disco “Resistence”, enfim: Basicamente, em todas as músicas, é o Marc Rizzo tirando riffs de sua mente recheada de riffs.”
Para concluir, David Kinkade comenta que “seria justo que nos créditos aparecesse que todas as músicas foram compostas pelo Soulfly. Ou por Marc Rizzo e Tony Campos, já que a participação do Max foi tão pequena.”
Veja a entrevista completa (em inglês). Os trechos citados acima, estão aos 11′ 20″ e aos 25′ 50″:
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