David Draiman, vocalista da banda Disturbed, fez declarações a respeito do uso de inteligência artificial para compor melodias e músicas. Em entrevista recente ao canal do YouTube The Jesea Lee Show, Draiman disse (transcrito via Blabbermouth.Net): 

“Acho que a IA terá muito mais sucesso em criar coisas no estilo pop e EDM do que em criar coisas até mesmo adultas contemporâneas – quero dizer, em extensão ao rock. Porque existe alguma ciência para a estrutura da música, existe alguma ciência em termos de quais notas ressoam mais na mente humana do que outras, mas não existe ciência para determinar aquela combinação mística de notas que, por qualquer motivo, isso o padrão melódico atinge você aqui.’’

E concluiu dizendo: “Você não pode ensinar isso a uma inteligência artificial; ela não pode aprender isso… Ou você tem, ou não. E por esse motivo, acredito que ainda tenho muita fé no futuro. Mas, sim, quanto menos as coisas orgânicas se tornam, mais cauteloso eu fico.”

Confira a entrevista na íntegra:

Uso de IA ainda gera polêmica entre músicos

A produção de músicas, letras, voz e melodias por meio de programas que usam IA, ainda é discutido e divide opiniões no meio musical. Todavia, de um lado tem quem acredite que é o futuro e use em benefício próprio, enquanto outros, não concordam com a influência, além de acreditarem ser um perigo.

A respeito do assunto, Marty Friedman, ex-guitarrista do Megadeth, disse ao site Australian Musician: “Tem que haver algo de positivo nisso. Se você tem medo da tecnologia ou não, isso será uma realidade – ponto final.”

Contudo, Brian May do Queen não vê pelo lado positivo (transcrito via Guitar Player): “Minha maior preocupação com isso agora é na área artística… Não saberemos o que foi criado pela IA e o que foi criado pelos humanos. Eu realmente acho que pode ser tão sério, e isso não me enche de alegria. Isso me deixa apreensivo e estou me preparando para ficar triste com isso.”

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Jornalista, fotógrafa de shows e apreciadora de toda forma de arte. Apaixonada por metal e cinema, exploro as subculturas e escrevo sobre música com a mesma intensidade que sonho em viajar pelo mundo. Do emo ao extremo em menos de 1 minuto.