O baixista Dan Lilker revelou em entrevista recente ao podcast That Metal Interview que os shows que marcaram seu retorno ao Anthrax após 40 anos foram ‘de arrasar’ e ‘muito divertidos’. Lilker retornou a banda de thrash metal em março, para substituir temporariamente Frank Bello, que precisou se ausentar durante a última turnê.
A série de shows também passou pelo Brasil, com apresentação única durante o Bangers Open Air, antigo Summer Breeze, que ocorreu em abril na capital paulista.
“Todos esses shows foram incríveis. Quero dizer, já toquei muito por lá. Fui a alguns lugares onde nunca estive antes, como Costa Rica, Equador e El Salvador. Mas o bom e velho Chile, a Argentina e o Brasil, eu sabia que seriam de arrasar, porque toquei lá várias vezes com outras bandas. E, sim, acho que tudo foi ótimo. Foi muito divertido. E acho que as pessoas gostaram, cara. Está em todo o YouTube”, contou Lilker.
O músico conta que soube do retorno cerca de cinco semanas antes, e, por isso, teve um bom tempo para praticar em casa. Porém, ele revela que somente um ensaio foi realizado antes do show no México, o primeiro da turnê.
“Até mesmo os outros caras precisavam ensaiar, pois não tinham feito nada desde que tocaram no Milwaukee Metal Fest no verão anterior ou algo assim. Eles passaram cerca de dez meses sem fazer nada, então, mesmo que Frank tivesse feito os shows, eles teriam ensaiado de qualquer maneira”, disse.
Dan também reconheceu as diferenças entre seu estilo e o de Bello. Ele diz achar que o titular tem um tom de baixo agressivo, diferente do seu som, que é um pouco mais distorcido, por ter tocado grindcore, black e death metal por um bom tempo. Apesar disso, ele conta que o maior desafio foi fazer os backing vocals enquanto tocava o baixo.
“Às vezes o fraseado era um pouco diferente. Tipo, cantar ‘What is it? Caught in a mosh’ tocando o riff por baixo, meio que alterna estranhamente. Então tive que desacelerar a coisa toda no meu cérebro e dizer, ‘Ok, você tem que bater o pé aqui ou dizer isso naquela nota.’ E isso é só porque na maioria das bandas em que estive, se estou fazendo backing vocals, geralmente estou apenas gritando ou berrando algumas palavras. Era mais uma coisa de fraseado musical, onde o que você está dizendo e o que você está tocando são diferentes o suficiente para que isso possa te complicar um pouco.”
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