Cantora relembrou época em que estava grávida de Frances Bean, filha dela e de Kurt
Em uma nova entrevista à edição britânica da GQ, Courtney Love falou sobre o desejo que Kurt Cobain tinha de deixar o Nirvana. Ela afirmou que a vontade do músico era principalmente motivada pela pressão criada pela mídia.
“O Nirvana começou a se dissipar após o fenômeno ‘Kurt e Courtney’ na Vanity Fair, algo que realmente me afetou”, disse, referindo-se ao artigo de 1992 de Lynn Hirschberg que expunha o casal, quando Courtney ainda estava grávida, os chamando de os novos “Sid e Nancy” (Sid Vicious, finado membro dos Sex Pistols, e a então namorada dele, Nancy Spungen). “Depois disso, o Kurt ficou mais recluso, passou a ensaiar menos e falava sobre acabar com a banda, mas era só o jeito dele de reagir à situação”, continuou.
“Na época, Dave [Grohl, então baterista do Nirvana e hoje líder do Foo Fighters] se afastou porque a minha vida com o Kurt tinha se transformado em uma confusão de advogados, médicos e drogas. Não estávamos pensando no que ia acontecer com o Nirvana ou com o Hole [banda de Courtney]. Tínhamos que salvar nossa filha.”
Durante a entrevista, Courtney também defendeu a posição de Cobain na banda. “Há um mito de que ele não queria fazer sucesso, e isso é uma grande besteira”, disse. “Ele trabalhou muito para formar o grupo certo. Kurt amava o fato deles terem feito Michael Jackson cair nas paradas, mas ele nunca conseguiu aproveitar muito bem essa onda porque queriam tirar nossa filha de nós. (…) O sucesso pode ser muito bacana, mas também te faz aprender as coisas da pior maneira.”
Recentemente, Courtney e a filha, Frances, ganharam um processo que proíbe a divulgação das fotos da cena de morte de Kurt. Em março, ela fez uma participação especial no clipe de “Tattooed in Reverse”, de Marilyn Manson.