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Death

Death. Crédito: Divulgação

A canção do Death que parece com uma obra autobiográfica de Chuck Schuldiner

“Pull the Plug” é um clássico atemporal, e fala sobre um dos maiores medos de seu vocalista

Texto escrito pelo WikiBrother Gabriel Brandino, do @moshinhell

Death foi uma das principais bandas do metal, e foram os precursores do estilo death metal.⠀

Hoje vamos falar de um dos hinos da banda, o clássico, “Pull the Plug”.

Ela foi composta por Chuck Schuldiner, vocalista, guitarrista, e a grande mente por trás da banda, sempre com composições incríveis e pesadíssimas.

A música fala sobre uma pessoa que está na cama de um hospital, provavelmente em coma ou num estado vegetativo, e que é mantida viva por aparelhos.

Porém, a pessoa em questão, tem completa ciência de tudo ao seu redor.

“As memórias são tudo que me restaram
Enquanto eu me deito e espero para morrer
Mal sabem eles
Que eu ouço suas conversas”.

Ela só não consegue se comunicar, e tudo que ela mais deseja é que eles a deixem morrer em paz.

É uma situação relativamente parecida com o protagonista da canção “One” do Metallica.

“Uma vez eu já tive o total controle de minha vida.
Agora uma máquina decide o meu destino.
Acabe logo com isso, já é muito tarde […]
Me liberte deste mundo solitário
Não há esperança”.

Uma trajetória bastante triste, pois a música nos mostra uma pessoa saudável, totalmente sã de suas atitudes, e que fica completamente impossibilitado e dependendo de uma “máquina” para sobreviver e selar seu destino.

E no final da música, o protagonista dela, nos passa a seguinte mensagem.

“Ficar assim é o que eu temo…
A vida acaba tão rápido, então aproveite sua chance, e faça ela durar”.

O nome da canção “Pull the Plug” é relativo a tirar algo da tomada, como se fosse para puxar o fio e desligar a máquina que o mantém vivo, pois esse não é um tipo de vida que Chuck aprovaria viver.

O protagonista dessa música pode muito bem ser considerado o próprio Chuck Schuldiner.

Isso porque em 1999, quando tinha apenas 32 anos de idade, ele descobriu um tumor no cérebro, que foi retirado com sucesso.

Entretanto, dois anos depois o tumor voltou, e ainda mais agressivo, sendo necessária uma cirurgia de emergência, que foi recusada pelo hospital pelo fato de a família de Chuck não ter o dinheiro da cirurgia disponível.

Chuck recebeu então um remédio experimental para ajudar em sua terapia, porém, ele foi rejeitado pelo seu organismo.

O músico ficou muito mal, e completamente debilitado, mas ainda assim lutando contra a doença.

Porém, ele acabou contraindo uma forte pneumonia e não resistiu, falecendo em 13 de dezembro de 2001, aos 34 anos.

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