O lendário vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, em recente entrevista para a Classic Rock, refletiu sobre um dos momentos mais decisivos de sua carreira: sua saída do Iron Maiden em 1994.

O vocalista faltou também do mergulho de cabeça na carreira solo, ao longo dos anos 1990, até seu retorno triunfal para a banda em 1999, junto com o guitarrista Adrian Smith.

Bruce diz: “Eu teria feito de novo (saído da banda) sim! Eu não teria mudado isso, mas eu teria feito melhor, eu teria um plano melhor.” Ele concorda que sair do Iron Maiden foi “uma decisão muito momentânea.”

“Percebi que o Iron Maiden estava seguindo seu rumo e nada e nem ninguém poderia fazer algo para mudar seu trajeto. Naquela época, eu estava criando o que viria a ser o Balls To Picasso, então percebi que não tinha muita ideia do que fazer fora da banda.”

Ele afirma ter ficado em choque quando percebeu seu papel na banda naquele momento: “Eu pensei ‘o que devo fazer quanto a isso?’ Então decidi que, ou eu ficaria pelo resto da vida, ou eu deveria sair logo.”

Sobre conciliar o Iron Maiden com a carreira solo, Bruce diz: “Eu estava em um limbo. Pensei ‘tenho que sair, pois se não, ninguém levará o disco a sério, apenas dirão ‘oh, que danadinho, ele tem um projeto paralelo.’”

 Bruce está prestes a lançar The Mandrake Project, seu primeiro trabalho solo desde Tyranny Of Souls (2005). Confira o mais recente single “Rain Of The Graves”:

A saída do Iron Maiden para o mergulho em carreira solo

Em 1993, após sete discos de estúdio em 12 anos, Bruce anunciou que deixaria a banda. Naquela época o Maiden divulgava o disco Fear Of The Dark (1992). A despedida ocorreu sob o nome Real Live Tour, que também visava divulgar os discos ao vivo A Real Live One e A Real Dead One, gravados em diversos shows da turnê anterior.

Seu último show ocorreu na Inglaterra, em um show filmado pela BBC no Pinewood Studios, em 28 de agosto do mesmo ano. Contando com transmissão mundial via Pay Per View e participação especial do ilusionista de terror Simon Drake, o show foi lançado em vídeo no ano seguinte, sob o título de Raising Hell. Ao final do show, Simon “mata” Bruce. Logo em seguida, ele mesmo é morto por Eddie (mascote da banda), que “empala” o mágico no meio do palco e “degola” Bruce.

Confira a baixo a apresentação na íntegra:

Naquele mesmo ano, foi lançado um single ao vivo para “Hallowed Be Thy Name”, cuja capa ilustra um Eddie demoníaco, no inferno, atravessando Bruce com um enorme tridente (veja abaixo). Esta seria também uma das últimas artes da banda a ser assinada por Derek Riggs. Bruce retornaria para a banda apenas em 1999, junto de Adrian Smith, onde permanece até os dias de hoje.

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