Bruce Dickinson revelou ao jornal Estadão em 2019 que o Rock in Rio 1985 foi a melhor edição já feita na história por todo o caos que a envolveu.
“Havia mais gente do que eu jamais vi em um só lugar em toda a minha vida. Era uma atmosfera de um pouquinho de caos, talvez não tão organizado quanto a maioria dos festivais, mas isso o tornou melhor porque todo mundo estava tão entusiasmado e tão maluco que as coisas estavam acontecendo. Foi um momento fantástico” (via Rolling Stone).
Já em 2020, o vocalista do Iron Maiden deu maiores detalhes à Kerrang! sobre a performance: “Foi um show incrível, mas eu estava muito nervoso. Nem consegui dormir depois. Normalmente levo algumas horas para relaxar, mas desta vez estava tão cheio de adrenalina que não passava. A cerveja não teve efeito. Lembro-me de ficar acordado a noite toda, vendo o amanhecer e ainda estar totalmente cheio de energia nervosa. Você não pode fazer coisas assim com muita frequência ou pode acabar morrendo!”.
“Quando finalmente me acalmei fiquei esgotado. Lembro-me de pensar depois que não poderia ter feito mais, não havia uma única célula em meu corpo que não estivesse exausta. E você pode ver isso nas filmagens. Conquistamos um continente inteiro da noite para o dia com aquele show. Ter o alcance e o perfil que construímos na América do Sul foi simplesmente extraordinário”.
O nervosismo, porém, não foi a única coisa com que Bruce Dickinson sofreu. Além de problemas técnicos, a apresentação ficou marcada pelo sangue derramado no palco. Durante uma interação com o público em “Revelations”, o músico cortou o próprio rosto ao acertar a guitarra nos olhos.
A edição de 1985 do Rock in Rio foi um pouco diferente do que de costume, uma vez que foram dez dias de festival e cada artista, com exceção do Iron Maiden, fez dois shows. Na época, a banda estava em turnê divulgando o álbum Powerslave (1984). O grupo ainda voltou a tocar no evento nos anos de 2001, 2013, 2019 e 2022.
Assista abaixo a performance completa do Iron Maiden no Rock in Rio 1985:
LEIA TAMBÉM: Bruce Dickinson explica por que saiu do Iron Maiden em 1993