Bruce Dickinson, lendário vocalista do Iron Maiden, revelou que há décadas não bate cabeça durante os shows da banda. A prática, que virou marca registrada dos fãs de rock e metal, pode causar sérias lesões. E foi isso que ocorreu no caso de Dickinson.

Durante uma entrevista para o canal Fisio Premium, o vocalista comentou que abandonou o headbanging após desenvolver uma hérnia no pescoço:

“Eu machuquei meu pescoço! Tive uma hérnia [atrás do pescoço] quando tinha uns 23, 24 anos, fazendo headbanging. Eu tinha o cabelo até a cintura, então quando o cabelo fica molhado, traz uma grande carga no pescoço. Então, dei um mau jeito no pescoço, ignorei. Continuei batendo cabeça e depois não conseguia mexer o pescoço.”

Além das fortes dores, Dickinson disse que o primeiro médico que consultou não lidou com a questão da maneira como deveria, piorando o quadro:

“Então, fui ver um médico na Alemanha e ele me deu uma injeção, eu não sabia o que era, não perguntei, mas a dor passou. Em seguida, fui para os Estados Unidos na turnê The Number of the Beast, e aconteceu de novo, mas dessa vez perdi 60% da força no braço esquerdo, eu mal conseguia segurar o pedestal do microfone com esta mão, e eu pensei: ‘o que está acontecendo?’.”

Sequelas afetarão Bruce Dickinson pelo resto da vida

Devido à falta de orientações do primeiro médico e a gradativa piora da lesão, o cantor precisou deixar o headbanging de lado definitivamente. Bruce sente até hoje as sequelas da hérnia, como o próprio diz:

“Se eu tivesse recebido uns bons conselhos do primeiro médico teria sido diferente. Não me aconselharam, não disseram o que causou aquilo, tudo o que fizeram foi me dar uma injeção de cortisona ou algo que não resolveu o problema. O que eu percebi foi que, se eu quisesse continuar cantando, eu tinha que parar com o headbanging porque isso ia ferrar meu pescoço e até hoje eu tenho problemas. E acabei tendo sequelas para toda vida.”

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Formado em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduando em Jornalismo Cultural e de Entretenimento pelo Centro Universitário Belas Artes. Apaixonado por cultura pop e fã de hard rock e heavy metal, já assinou matérias para a Rolling Stone Brasil, Aventuras na História e Recreio. Atualmente, escreve para a Contigo! e é colaborador do Wikimetal.