Quando o mundo soube da morte de Charlie Watts, aos 80 anos, uma história inusitada ganhou destaque na mídia mais uma vez: o dia em que Watts esmurrou Mick Jagger porque tinha sido chamado de “meu baterista” pelo colega.
Brigas em bandas de rock são normais e esperadas, mas esse evento se torna curioso pela personalidade moderada, humilde e elegante do baterista do The Rolling Stones, sempre contrastante com os colegas de banda ou outros músicos.
A história foi confirmada pelo próprio Watts durante entrevista ao 60 Minutes em 1994. Quando comentou o papel de cada integrante da banda, o músico foi elogioso com todos os colegas, mas demonstrou profunda modéstia ao falar de si. “Sempre me considerei um baterista, mantenho o ritmo e ajudo a todos [para que possam] fazer a parte deles”, disse. “O que eu faço, não sei. Nunca vou me olhar assim”.
Questionado pelo entrevistador sobre o motivo para a briga com Mick Jagger, uma vez que o próprio Charlie se considerava “apenas um baterista”, o músico explicou. “Ele me irritava, se referia a mim como ‘seu’ baterista e uma vez isso me irritou, sempre pensei nele como ‘meu’ cantor. Ambos estão certos, foi o que quis dizer, foi algo que me irritou na época”, disse.
Depois de responder, Watts refletiu sobre o episódio de outra maneira. “Se você parar para pensar, é uma honra, na verdade, alguém dizer ‘Esse é meu…’. Mas me irritou”, deu risada.
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