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Blackberry Smoke e show de Lynyrd Skynyrd

Blackberry Smoke e show de Lynyrd Skynyrd com bandeira confederada em 2012. Crédito: Reprodução/Facebook

Blackberry Smoke sobre a Bandeira Confederada: “Não nos ensinaram que celebrava racismo”

Charlie Starr, vocalista da banda, conversou sobre a apropriação do símbolo por grupos de ódio

Em 20 anos de carreira, Blackberry Smoke demonstra o orgulho das raízes do Sul dos Estados Unidos na sonoridade e letras. Charlie Starr, vocalista do grupo, conversou com Wikimetal sobre o álbum You Hear Georgia e o uso da bandeira dos Estados Confederados por parte de alguns artistas locais. 

O símbolo nasceu no período da Guerra Civil Americana, no século 19, e já foi ostentado em apresentações e programas televisivos como forma de orgulho da população local, usada por nomes como Tom Petty, Lynyrd Skynyrd e Keith Richards

Atualmente, porém, a bandeira se tornou símbolo de supremacistas brancos, usada de forma ofensiva em atos antidemocráticos como a recente Invasão ao Capitólio, por exemplo.

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Na infância de Starr, algumas cenas improváveis ao redor do contexto da divisão o marcaram. “Nós éramos criancinhas e comprávamos essas coisas [com a bandeira confederada], não estava na nossa cabeça que estávamos celebrando escravidão, crueldade e racismo, não nos ensinaram isso”, conta sobre excursãoo escolar com souvenirs de guerra. “Fico pensando que é algo estranho para se comemorar de qualquer forma, não apenas comemorando a luta do sul para manter a escravidão, mas também celebrar que nosso país estava lutando. (…) Vamos aprender com essas merdas do passado e seguir em frente”.

Mesmo sem usar a bandeira com o Blackberry Smoke, Starr acha importante explicar o contexto no qual conheceu o símbolo. “Meu ponto desde sempre é que, quando olhava essa bandeira – e obviamente, sou branco – ninguém me ensinou que aquilo significa defender o racismo. Não entrou na nossa mente daquela maneira”, continuou. “Não me entenda mal, eu não vou hastear essa bandeira porque isso machuca as pessoas, então não usamos”. 

Para o músico, porém, a postura da cultura do cancelamento com todos que já usaram o símbolo é descabida. “Chega um momento que é isso, ok, nós entendemos”, argumentou. “As coisas possuem significados diferentes para cada pessoa, isso não é odioso, é apenas a verdade, um fato”.

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