Afinal, de onde vem o sinal feito com os dedos que representa um par de chifres e que virou um gesto inseparável de Ronnie James Dio? De acordo com Geezer Butler, veio dele.
O ex-baterista do Black Sabbath participou do The Eddie Trunk Show e afirmou que tem fotos fazendo o sinal desde 1971 e que Dio teria copiado o gesto dele durante a turnê do Heaven and Hell (transcrição via Ultimate Guitar).
“Eu fazia esse sinal para a plateia durante o breakdown da música ‘Black Sabbath’, logo antes da parte acelerada no final,” afirma Butler. “E nos primeiros shows da tour do Heaven and Hell, Ronnie estava dizendo ‘Toda vez que subo no palco, eu vejo as pessoas fazendo o sinal da paz pra mim e isso é uma coisa do Ozzy [Osbourne]. Sinto que eu deveria fazer algo de volta’.” Dio então teria perguntado a Geezer o que era o sinal que ele fazia durante “Black Sabbath” e teria começado a repetir o gesto a partir desse momento. Butler, entretanto, admite que o gesto é antigo e pode ser visto na capa do Yellow Submarine, dos Beatles, de 1966.
O baterista Vinny Appice comentou a polêmica em sua participação no The Jamie Show Show, alegando que Dio costumava contar uma história diferente. “A única história que eu ouvi é que Ronnie costumava dizer que ele aprendeu [o sinal] com sua avó. Era uma coisa italiana – em uma direção você está colocando os chifres em uma pessoa, o que é meio maligno, e no outro você está repelindo o mal, ou algo do tipo. Não sei qual lado é qual. É algo chamado ‘maloik’ e ele sempre disse que sua avó tinha lhe mostrado.”
Vinny, porém, esclareceu que não estava no Black Sabbath quando tudo começou, então ele não sabe qual versão é a verdadeira. Geezer Butler, entretanto, soou um tanto amargurado ao afirmar que existem “várias coisas que [Dio] copiou” dele e que “ele clama ter sido o criador”, e deu exemplos: “O nome Sacred Heart, do álbum do Dio de 1985 – é o nome da escola que eu frequentava. E ele chamou uma de suas músicas de ‘One Foot in the Grave’. Eu falei brincando que esse deveria ser o nome de um dos nossos álbuns e quando ele saiu [da banda], ele usou o nome em uma de suas músicas.”
E a lista continua: “Sempre que eu dava um autógrafo, eu escrevia ‘Magic’, então Ronnie começou a fazer o mesmo e até chamou seu álbum de 2000 de ‘Magica’. Ele era bem danado com essas coisas.”
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