No último domingo, 16 de junho, a banda Black Pantera esteve em Ribeirão Preto no Hashtag Bar. Ela apresentou o quarto show da turnê de lançamento do seu recente disco Perpétuo. A banda composta por Charles da Gama, Charne da Gama e Rodrigo Pancho, deixou a cidade mais quente mesclando os já consagrados sucessos, com as músicas do novo álbum.
A noite começou e terminou com bandas da cena local, Inanimalia e Módulo Lunar. O trio de Uberaba, bastante simpático, conversou com o público e autografou merchandising antes de começar a tocar. A banda que mistura diversos estilos, rock, punk, hardcore, funk e metal, também reuniu um público de idades variadas.
O mosh do Black Pantera em Ribeirão Preto
Nem bem começou a primeira música e o mosh já se formou na frente do palco. Ela seguiu praticamente em quase todo o show, mas em algumas como em “Mosha” mais animado. Durante uma delas os músicos chamaram apenas as mulheres à frente, para que pudessem aproveitar com mais tranquilidade a tradicional roda de shows de metal.
Nesse último disco a banda continua seu ativismo, sempre tocando em assuntos políticos e se posicionando mesmo em questões polêmicas. Durante a faixa “SEM ANISTIA”, que fala sobre a tentativa de golpe em 2023, a banda aproveitou para declarar a sua total discordancia a PL 1904/2024 que equipara o aborto a homicídio.
Na hora que começou a emotiva “TRADUÇÃO”, a banda pediu ao público para acender as lanternas do celular e chegar mais perto. Apesar de ser uma música diferente do seu repertório habitual, todos cantaram junto a bela e forte homenagem à mãe de Charles e Chaene.
Sempre se posicionando na luta contra o racismo e facismo, antes de começar a música “Fogo nos Racistas”, cantaram um trecho da música do Djonga que usa a mesma expressão. Já na “FUDEU” descreve uma abordagem racista da polícia, com um som cheio de groove e várias referências da música negra.
O show terminou e deixou no público com vontade de mais, porém a banda prometeu que logo voltará à cidade. O Black Pantera segue misturando diversas referências em álbuns engajados, e durante o show cativa a todos presentes. Nada como um show pesado para fechar um domingo comum no interior.
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