Billy Corgan líder do Smashing Pumpkins nunca teve medo de falar o que pensa. Dessa vez, em entrevista recente ao Goldmine Magazine (via Music Tech), compartilhou sua opinião sobre o uso de estações de trabalho de áudio digital, especialmente Pro Tools, na indústria. Ele acredita que torna a cultura musical obsoleta de criatividade.
“De muitas maneiras, o Pro Tools tornou a música muito pior. Isso trouxe muitas pessoas para o mundo da música que realmente não tinham nada a ver com isso”, disse Corgan. “…O Pro Tools, como uma espécie de forma de fazer música, em algum nível, nivelou o campo de jogo que permitiu que pessoas que não sabem cantar soassem como se soubessem cantar. E as pessoas que não sabem tocar guitarra agora parecem que sabem.”
O uso de IA na música
Mas o músico não falou apenas do uso de Pro Tools, também compartilhou sua opinião sobre o uso de IA na criação de letras e melodias. “OK, sempre que surge uma nova tecnologia, as pessoas têm razão em dar o alarme”, disse Corgan. “Já podemos ver pessoas usando IA para gerar letras, melodias e mudanças de acordes. Os serviços de streaming já estão comprando empresas para fazer música gerada por IA, para que não tenham que pagar seres humanos. Eles podem simplesmente pegar o dinheiro sozinhos.” Essa é uma preocupação não só Billy, sendo que uma canção gerada por IA quase foi indicada ao Grammy recentemente.
Por fim, Corgan pontuou: “Não quero ser muito técnico, mas ainda usamos amplificadores. Não há modelagem de amplificador; é tudo poder bruto. São guitarras e amplificadores em gabinetes e microfones. Ainda acreditamos na movimentação do ar, enquanto muitos discos de rock são feitos na caixa”. Isso poderá ser conferido no próximo mês já que sua banda desembarca na América do sul. A turnê inclui shows em Brasília no dia 1 de novembro e no dia 3 em São Paulo.
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