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The Beatles

The Beatles. Crédito: Divulgação

Beatles: descubra a história por trás de “Eleanor Rigby”

Por 55 anos muito se especulou sobre quem era a misteriosa Eleanor Rigby do sucesso dos Beatles – conheça a história aqui

“Eleanor Rigby”, lançado em agosto de 1966 no álbum Revolver, é um dos maiores sucessos e mistérios dos Beatles. A canção chegou ao topo da UK Singles Chart e atingiu a 11ª posição da Billboard Hot 100, nos Estados Unidos, sem ninguém saber quem é a verdadeira Eleanor Rigby.

Na música escrita por Paul McCartney e John Lennon, acompanhamos a história da solitária Eleanor Rigby e o misterioso Padre McKenzie. De acordo com a música, após sua morte, Eleanor foi enterrada na igreja e ninguém foi ao seu velório. O único que apareceu e que cuidou do túmulo foi o Padre McKenzie.

55 anos depois do lançamento da música e de muita especulação sobre o mistério, Paul McCartney comentou o tema. De acordo com texto publicado na New Yorker, o ex-Beatle baseou “Eleanor Rigby” em uma mulher idosa que conheceu em Liverpool, sua cidade natal. “Descobri que ela morava sozinha, então ia à casa dela para conversar, o que é estranho se você pensar que eu era apenas um jovem inglês.”

Os dois desenvolveram uma amizade ao longo do tempo e a história da mulher inspirou a música que se tornaria icônica. “Me oferecia para fazer as compras dela. Ela me dava uma lista e eu trazia tudo de volta e sentávamos na cozinha dela. Lembro-me vividamente daquela cozinha, porque tinha um rádio de cristal […] Eu a visitava para ouvir as histórias dela, que enriqueceram minha alma e influenciavam as músicas que eu escreveria.”

De acordo com McCartney, a música inicialmente se chamava “Daisy Hawkins”, mas “não parecia certo.” Em entrevistas passadas, o ex-Beatle explicou o nome “Eleanor Rigby” dizendo que tirou o primeiro nome da atriz Eleanor Bron que participou do filme Help!, de 1965, e o último de uma loja chamada Rigby&Evens.

Lápides em Liverpool tinham o nome dos personagens da música

Para a surpresa do músico, existe uma lápide no cemitério de Liverpool para uma mulher chamada Eleanor Rigby: “Não me lembro de ver o túmulo, mas posso ter registrado inconscientemente.” A lápide foi alvo principal de especulação dos fãs de Beatles nos últimos anos.

O túmulo foi descoberto em 1984 e o mistério ganhou ainda mais força porque, próximo da lápide da Eleanor Rigby da vida real, há outra lápide com o nome McKenzie, o mesmo do padre, personagem da música. Porém, Paul confessa não lembrar da lápide e conta que o mais provável é que ele e John Lennon tenham sido inspirados de forma subliminar já que tinham o costume de passar próximo da igreja.

Já o nome McKenzie para o padre seria inicialmente McCartney, porque, segundo ele próprio, “tinha o número certo de sílabas”. Porém algo não estava soando bom para ele. “Eu não estava muito confortável com isso, porque é meu pai – meu pai McCartney – então eu literalmente peguei a lista telefônica e passei de ‘McCartney’ para ‘McKenzie’.”

Ainda segundo o texto de Macca para a New Yorker, a música “foi escrita conscientemente para evocar o tema da solidão, com a esperança de que pudéssemos fazer com que os ouvintes tivessem empatia.”

“Ah, olhe todas essas pessoas solitárias!
Ah, olhe todas essas pessoas solitárias!

Eleanor Rigby
Recolhe o arroz em uma igreja onde aconteceu um casamento
Vive em um sonho, espera na janela
Usando uma máscara que guarda em um jarro ao lado da porta
Para quem será?”

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