A banda de metal Avatar tem um nome um tanto curioso. Os suecos, que misturam death metal, rock e metal melódico com uma boa dose de loucura em diversão nas músicas, compartilham o nome de fenômenos da cultura pop.
Em entrevista ao Wikimetal, o vocalista Johannes Eckerström explicou o significado do nome da banda. “Nós surgimos antes que os filmes”, avisou de cara, referindo-se à animação criada por Michael Dante DiMartino e a aventura cinematográfica de James Cameron.
Fundada em 2001 por John Alfredsson (bateria) e Jonas Jarlsby (guitarrista), o Avatar surgiu entre grandes amigos dos tempos de escola. E foi em uma aula de Estudos Religiosos da oitava série que John aprendeu que “avatar” é definido como uma manifestação de uma divindade em forma corporal. “Ele achou aquilo foda. Simples assim”, resumiu Johannes. “E John achou que soava bem e gostava da ideia da letra A maiúscula para ficar em posições nas listas com outras ótimas bandas escandinavas como ABBA e Aqua”.
Existe ainda outro significado para a palavra: é também a representação virtual de alguém ou um ícone representando um ser separado em outro reino, algo que descobriram quando outro colega “nerd de computadores” contou que também estava em uma banda com esse nome por causa do jogo World of Warcraft. “O carinha no jogo também é um avatar, então significa várias coisas”, continuou o cantor. Bom, a outra banda não vingou e hoje só existe um Avatar no metal.
Apesar desse significado inicial, Johannes comenta que depois de certo tempo, o nome escolhido para a banda “se torna apenas um nome”, sem tanta ligação com o motivo inicial para a escolha. “Iron Maiden, por exemplo, é um instrumento de tortura mitológico. Mas o que isso tem a ver com o Egito [em Powerslave] ou o espaço [em Somewhere in Time], sabe?”, ponderou.
Na visão de Johannes, o metal é terreno fértil para esse tipo de temática quando comparado com outros gêneros. “É uma expressão das nossas ideias coletivas. É por isso que muitas ideias espirituais como satanismo e paganismo estão presentes, porque funcionam em um nível muito pessoal na música, tanto no som, quanto nas letras. E essa ideia de [um avatar] ser uma manifestação de Deus é reconhecer seu próprio potencial de grandeza”.
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