Durante uma aparição no podcast That Metal Interview, o guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser falou sobre Devin Townsend, Steve Vai, seus heróis musicais e muito mais.
Quando questionado sobre “Mask”, a colaboração de 2020 com Devin Townsend, e se ele é fã do artista, o músico contou que ouviu falar nele pela primeira vez quando Townsend e Steve Vai trabalharam juntos no álbum Sex & Religion e que achou insano.
“Acompanho a carreira dele, ele é muito criativo. Ele é produtor, músico, performer, tudo. É incrível! E o Paulo Jr. [baixo] foi quem realmente o conheceu anos atrás, eles conversaram. Ele sabia muito sobre o Sepultura”, disse. “Ele era um fã e foi muito legal saber que ele gostava muito de coisas mais pesadas também do Brasil. Aí conseguimos esse contato, e por causa do SepulQuarta, o convidamos para um desses eventos, e foi ótimo”.
De acordo com o guitarrista, Townsend tinha toda a estrutura para produzir a canção, principalmente por conta de seu estúdio. “Ele é um grande mixador também. E o resto do álbum foi mixado pelo Conrado Ruther, um cara que usamos aqui no Brasil, trabalhamos com ele em diversos álbuns”, disse.
“Mas a única música mixada por um cara diferente é a música ‘Mask’, que foi mixada por Devin. Quando ligamos e pedimos a Devin para fazer parte disso, foi bom ter um gosto diferente e uma ideia diferente porque a música é dele”.
Além disso, em outro tópico do podcast, Kisser fala sobre suas influências, como Randy Rhoads, Judas Priest, Glenn Tipton, K.K. Downing e Slayer.
O guitarrista do Sepultura conta que se inspira em vários grandes mestres, mas não apenas do que é mais pesado e progressivo. Além disso, afirmou ser grande fã de jazz e blues.
“Gosto mais de blues como BB King, Buddy Guy. Quando morei no Arizona nos anos 90, tive a possibilidade de ver tantos músicos de blues como Clarence “Gatemouth” Brown, Bo Diddley… É ótimo, eu aprendi muito sobre blues quando morei na América e adoro isso”, disse.
“É a base do que é o heavy metal, a encruzilhada e Black Sabbath, assinar o contrato com o diabo, tem muito em comum. Até música clássica, como, por exemplo, Paganini, que era considerado o violinista de Satanás. Isso tudo se conecta com a tarefa de fazer coisas incríveis no instrumento, e eu amo todos eles, blues e clássico com certeza”.
Ouça o feat do Sepultura com Devin Townsend aqui:
LEIA TAMBÉM: Max Cavalera gostaria de regravar primeiros álbuns do Sepultura: “Tem muito valor nesses sons”