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Capa do álbum 'AfterLife', do Five Finger Death Punch

Capa do álbum 'AfterLife', do Five Finger Death Punch. Crédito: Divulgação

‘AfterLife’ do Five Finger Death Punch é melódico, mas genérico

Trabalho mais recente da banda foi lançado em 2022

Em 2022, o Five Finger Death Punch lançou seu nono álbum de estúdio, AfterLife.

Nessa primeira versão, o trabalho traz 12 faixas, enquanto a deluxe, lançada em 2024, conta com 16.

Os contrastes presentes no álbum são um grande destaque. Enquanto há vocais mais pesados e gritados, os melódicos criam uma atmosfera de equilíbrio, de maneira que as faixas tornam-se presentes e donas de uma qualidade interessante. Uma música que exemplifica isso de maneira perfeita, é a faixa de abertura, “Welcome To The Circus”, com uma bateria cadenciada e riffs de guitarra viciantes.

Ao mesmo tempo, há alguns elementos que incomodam um pouco, por serem genéricos, como a bateria sintetizada em “AfterLife” ou a introdução de “Times Like These” e “Judgement Day”. A mistura do metal com sutilezas de outros gêneros pode ser interessante, mas por vezes, acaba soando forçada. 

As baladas são o maior destaque do registro, em especial, se comparadas à músicas como “Roll Dem Bones”, quarta faixa do disco, que segue em uma linha parecida a outras, de maneira que aparenta ser sempre a mesma música. Isso cria uma sensação de cansaço e mesmice, com poucas variações e novidades.

Os riffs de guitarra tornam-se um elemento fundamental para a ideia de montagem da estrutura das músicas.

Voltando à “Judgement Day”, ela disputa o posto de faixa mais fraca de AfterLife, os elementos eletrônicos e vocais pesados não funcionam, levando à ideia de algo artificial e forçado.

Outra que também não faz muito sentido, é “Thanks For Asking”. Apesar de um riff interessante no violão, o instrumental não combina entre si, muito menos com os vocais, quase como se só funcionassem se estivessem todos separados.

Ao aproximar-se do final do álbum, “All I Know” demonstra-se como uma bela power ballad. Ela é potente, com vocais presentes, podendo ser possível sentir toda a dor e sofrimento de Ivan Moody.

As últimas faixas do álbum são acústicas, versões das já tocadas “Judgement Day”, “The End” e “Thanks For Asking”. Havia necessidade disso? Não, uma vez que, dessas, a única que é uma boa pedida em sua versão normal é “The End”, enquanto as outras são apenas um bônus desnecessário.

AfterLife é inconstante. Tem alguns momentos bons, mas outros ruins, de forma que não há criação de uma linha de composição muito certeira. Ao mesmo tempo, algumas das músicas soam iguais, de forma que há uma percepção de repetitividade.

O destaque do registro é o vocal, que navega entre o pesado e o melódico. No geral, o álbum busca uma espécie de equilíbrio que às vezes alcança e outras falha.

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