Marilyn Manson voltou a aparecer ao lado do rapper Kanye West. O músico, que tem sido alvo de inúmeras acusações de abuso sexual, se apresentou em um evento de audição do novo álbum do rapper, Donda 2, em que tem participação especial.
O evento aconteceu na última terça, 22, no LoanDepot Park Stadium em Miami, Flórida, Estados Unidos. Além de Manson, West também convidou DaBaby, rapper que gerou controvérsia ao fazer comentários homofóbicos e com ofensas a portadores do vírus HIV.
West não parou por aí. Ele também usou gravações da voz de XXXTentacion, rapper morto a tiros em 2018. Antes de falecer, o artista foi acusado de espancar sua namorada grávida em 2016.
As colaborações de Manson e DaBaby ocorreram na música “Jail”. Nela, Manson faz um backing vocal dizendo “tonight i’m going to jail” (“hoje estou indo para prisão”, em tradução livre).
A parceria de Kanye West e Marilyn Manson no primeiro volume rendeu uma indicação ao Grammy 2022, na categoria Melhor Canção de Rap. Porém, o nome do músico foi retirado devido às acusações de abuso sexual que enfrenta atualmente.
Ao defender Manson das acusações em entrevistas, West criticou o que chama de “controle mental estilo 1984” (referência à obra de George Orwell que inspirou, entre outros produtos midiáticos, o “Big Brother”) e “mentalidade de manada”.
Além do trabalho em ambos discos de West – Donda e Donda 2 -, Manson também participou de um evento católico organizado pelo rapper chamado Sunday Service. Por lá, ele aparece orando e cantando louvores enquanto vestia trajes brancos. O evento gerou confusão entre aqueles que conhecem o trabalho de Manson, pois toda sua carreira foi baseada em criticar a igreja católica, tendo em alguns eventos já rasgado uma bíblia.
Enquanto isso, uma das suas acusadoras principais, a atriz Evan Rachel Wood, divulgou o trailer para o documentário Phoenix is Rising, em que ela conta mais sobre os abusos sexuais que sofreu nas mãos de Marilyn Manson.
Na primeira parte do documentário, que foi exibido no Festival Sundance de Cinema, a atriz relata que seu então namorado, Brian Warner, teria filmado uma cena de sexo real sem o seu consentimento para o clipe de “Heart-Shaped Glasses”. “Tínhamos conversado sobre uma cena de simulação de sexo, mas quando as câmeras foram ligadas, ele começou a me penetrar de verdade. Eu não tinha concordado com isso,” conta.
Essa é a mais recente das acusações feitas por Evan Rachel Wood desde que a atriz nomeou Brian Warner como seu abusador e fez um relato completo de abusos físicos, sexuais e psicológicos cometidos pelo cantor. Em dezembro, Rachel Wood alegou que Warner ameaçou violentar sexualmente seu filho de 8 anos.
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