Recentemente, a Coda Collection divulgou uma rara entrevista concedida por Malcolm Young, do AC/DC. A conversa aconteceu em 2003 e nunca tinha sido publicada. O guitarrista faleceu em 2017, aos 64 anos, por consequências da demência que o forçou a deixar a banda.
Durante o bate-papo, Malcolm falou sobre sua família, e, especialmente sobre a influência dos irmãos mais velhos, Alex e George, que tiveram cada um sua própria banda. George tocava nos Easybeats, que ficaram nas paradas em 1967 com o single “Friday On My Mind”. Alex tocava em uma banda chamada Grapefruit, que foi uma das primeiras bandas do selo dos Beatles, a Apple. “Foi o John Lennon que deu a eles o nome de Grapefruit,” revelou Malcolm.
O músico contou um pouco sobre como integrou o irmão Angus Young na banda que mais tarde viria a ser o AC/DC. “Nós nunca tocávamos juntos, de fato. Eu gostava mais dos Beatles e os Stones, e o Angus curtia uma pegada mais pesada, tipo Hendrix e Cream, com a guitarra liderando. Eu costumava ouvir músicas como músicas – a bateria, o vocal, o lado musical da coisa. Eu costumava focar nas cordas, todo o cenário ao redor da guitarra. Em algum momento aconteceu de eu estar formando uma banda. Nós estávamos procurando por um tecladista, mas ao invés disso ficamos com o Angus (risos).”
Malcolm revelou também que o clássico visual de “menino estudante” de Angus Young surgiu como uma ideia para que ele se desenvolvesse em sua performance. Para isso, foi sugerido que ele tivesse algo que causasse alguma impressão familiar nas pessoas. A ideia de vestir um uniforme de escola veio da irmã deles. “Ela passou essa bola pra ele e aquele carinha se tornou maior que a vida,” disse Malcolm.
Perto do final da entrevista, o artista elogiou o vocalista Bon Scott e detonou o primeiro frontman do AC/DC, Dave Evans. “O primeiro vocalista, as pessoas comemoraram quando ele foi embora,” disse Young. “Ele era tão ruim. Bon entrou uma semana depois. Ele tinha músicas, ideias, motivação. Ele é sério. Nós estávamos felizes por ter alguém assim. Estávamos felizes de estar tocando. Ele tinha planos maiores.” Confira a entrevista na íntegra.
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